Donatello - Herdeiros Do Império Bianco-Salvattore

capítulo 68

—Papai, o senhor acha que foi a bruxa da Elena que pegou a minha mãe?

Pergunta Enrico quando volto pro quarto, para tranquilizar ele, Ben estava olhando as câmeras do hospital, pra ver se encontrava alguma coisa.

—Não filho, não foi ela.

—Como o senhor sabe?

—A Elena tá presa, ela não vai mais machucar nem você, nem sua mãe.

—E se ela fugiu?

—Não, ela não fugiu, não é a Elena filho.

A verdade é que nem eu sabia também quem era, nem me passava pela cabeça.

Nesse momento Ben me liga.

—Onde?

"Eu vasculhei tudo, e fiquei atento a qualquer movimentação suspeita, tem um médico que levou uma maca para o último andar do prédio."

—O que tem de suspeito nisso, é um hospital.

"O último andar está inativo, e as câmeras não funcionam lá, por isso não consigo mais te ajudar."

—Já fez o suficiente, como era esse médico?

"Não deu pra ver o rosto direito, já que estava de máscara, mas posso jurar que tem uma tatuagem nas costas, deu pra ver uma parte."

—Parece uma cruz?

"Sim?"

—Ta bom, obrigado.

Era aquele enfermeiro, eu vi a tatuagem quando ele esteve no quarto.

Desligo o celular, nesse momento Betina chega.

—Cuida dele, eu volto já filho.

—Encontrou a mamãe?

—Sim, vou buscá-la.

Saio junto dos meus homens, logo estamos no último andar, estava inativo, era bem grande, e tinha pouca iluminação, então nos dividimos, quando estávamos perto de uma sala ouvimos um grito, era Elisa.

Corro pra lá, quando entramos na sala, a cena que vejo, não sei se eu ficava assustado, preocupado ou feliz, Elisa estava coberta de sangue, com a roupa rasgada, com um pedaço de ferro na mão, e o homem estava estirado no chão, cheio de sangue e a cabeça dele estava praticamente partida.

—Amor!

Ela se vira pra mim, seu rosto estava com sangue também, seu olhar era assustador.

Ela joga o ferro no chão e ele faz um barulho.

—Amor!

Ela corre até mim e me abraça.

—Ta tudo bem, querida.

Digo abraçando ela.

—Me...me desculpe, ele...ele tentou me...me violentar, ele me disse coisas horríveis e...e disse que...que faria o mesmo com meu filho e...

Ela desaba chorar.

—Tudo bem querida, tá tudo bem, você só se defendeu.

—Eu...eu matei ele, eu sou uma assassina...

—Não, você não é...

—Ele está vivo senhor!

Fala Joe, claro que o homem não estava vivo.

—Você ouviu, ele não está morto.

—Mas eu...eu bati tão forte na cabeça dele, e tem tanto sangue...