Clara fechou os olhos esperando o beijo. Sentiu seus mamilos retesarem, pois lembrava muito bem as sensações que sentiria.
— Você ficou com outro macho e quer que eu te beije?
— O quê? - ela abriu os olhos, sem entender.
— Você mostra que me deseja e compartilha sexo com outro macho. Não sabia que humanas agiam assim.
Clara o soltou, atônita, porém ele continuou segurando-a.
— Do que você está falando?
— Você e Painting. Passaram a noite juntos.
Ela abriu a boca, surpresa.
— Não. Nós não temos nada.
— Na noite da festa, voltou para o dormitório com ele?
— Sim, mas...
— Ele tocou em você? - Clara ruborizou e Cedar continuou. — Tocou?
— Tocou, mas foi só...
— Você o beijou?
— Eu... Não é o que está pensando.
— Beijou?
Cedar afundou os dedos nas costas dela e Clara se encolheu.
— Eu beijei.
Ele a soltou.
— É um jogo perigoso esse que está jogando, pequenina.
— Não estou jogando jogo nenhum!
Ele inclinou a cabeça para o lado.
— Queria se entregar para mim, mas eu não aceitei. Por isso se entregou ao Painting?
Clara arquejou, chocada com a conclusão dele.
— Você... você...
— Não aceito a fêmea de outro. Painting não te falou que somos possessivos? - ele se aproximou dela e Clara recuou. — Se você fosse a minha fêmea se arrependeria de se oferecer a outro macho.
Ela não podia acreditar nele! Ele não só tirara conclusões equivocadas como se comportava como um homem das cavernas! Apertou os punhos.
— E a sua preocupação com a fêmea de outro?- Cedar cerrou as sobrancelhas e apertou os lábios. — Não é o Painting quem tem que me proteger?
As narinas dele inflaram e seus olhos escureceram.
— Não brinque comigo, Clara.
— Não estou brincando, só te fiz uma pergunta válida.
Cedar deu mais um passo e a segurou pelos braços. Clara arfou, pega de surpresa. Ele a empurrou até encostar na porta.
— Me enganei com você. Achei-a uma criança frágil e inexperiente, mas vejo que é uma mulher muito ardilosa.
— Me solte!
— Mentiu sobre sua virgindade? Quis usá-la para tentar a mim e ao Painting?
— Eu nem sabia que você estava ouvindo!
— Será? Não me viu chegando?
— Você só deve estar louco!
— Quer jogar, não é? - seus olhos ficaram ainda mais escuros. — Vamos jogar.
Clara arregalou os olhos quando ele se inclinou sobre ela, segurou suas nádegas e a ergueu.
— Cedar!
Com um braço mantendo-a firme e com a outra mão em suas costas, Cedar se encaixou entre suas pernas e a beijou. Ela demorou alguns segundos para aceitar o que estava acontecendo.
Cedar a beijou com voracidade, apertando-se contra ela. Clara tentou empurrá-lo, contudo ele sequer se mexeu.
Ele mergulhava dentro da sua boca com furor, sugando sua língua , prendendo o lábio inferior com os dentes e chupando-o com um barulho molhado.
Clara não queria, mas estremeceu ao sentir o pênis dele pressionando sua intimidade. A sensação foi tão gostosa que ela quase esqueceu as ofensas que ele fizera.
Cedar continuou beijando-a, enquanto esfregava o membro endurecido nela. Ela enfiou os dedos entre os seus cabelos e correspondeu aos beijos, esfaimada.
Ele girou e caminhou pela sala. Clara abriu os olhos quando ele sentou no sofá, deixando-a montada sobre ele.
Cedar parou de beija-la e a olhou intensamente.
— Eu quero você, pequenina.
Ela suspirou quando ele a beijou novamente, sabendo que deveria se afastar dele.
Nunca fora pega daquele jeito por um homem, nunca estivera de frente com uma masculinidade tão crua.
Clara sentia o volume impressionante entre suas pernas e a perspectiva de ser penetrada pelo órgão tão grande a excitava demais.
Sua calcinha já estava encharcada quando ele enfiou novamente as mãos por dentro da sua camiseta e a puxou para cima. Ele afastou a boca mais uma vez e tirou a peça de roupa. Cedar segurou-a pelas costas e a inclinou, enfiando o rosto entre seus seios. Ele mordeu a frente do sutiã e o rasgou. Clara arfou, mas não o impediu quando ele abocanhou um seio.
Ela gemeu quando ele o lambeu, a língua quente e rugosa provocando um calor imenso em sua pele, os cabelos fazendo cócegas em sua barriga. Cedar passou para o outro seio e enfiou-o quase todo na boca, a sucção fazendo-a arquear as costas e se apertar mais contra seu membro.
Clara quis sentir a pele dele. Puxou sua blusa para cima e ele se afastou, erguendo os braços e ela tirou sua blusa. Ele balançou a cabeça e os cabelos deslizaram pelos ombros. Ela se fixou nos mamilos escuros, da cor do chocolate, na pele bronzeada que parecia tão sedosa.
— Eu também te quero... - murmurou, abraçando-o.
A sensação do peito firme sobre os seios pequenos a fez ficar mais úmida e ela temeu molhar a bermuda dele.
Cedar acariciou suas costas e distribuiu beijos e lambidas no seu pescoço. Excitada demais, Clara começou a se movimentar como se o cavalgasse. Ele gemeu e segurou sua bunda, incitando-a a se mover mais.
Clara subia e descia sobre o pênis enorme, pressionando seu clitóris, ofegando. Cedar colou a boca na sua e trocaram beijos desesperados. Ela rebolou sobre ele, que gemeu longamente.
— Isso... - ele resmungou. — Me cavalga gostoso.
Clara deu um gritinho quando ele esfregou entre suas pernas, mexendo cim o seu clitóris. O gesto com a fricção a deixou meio louca e ela aumentou os movimentos.
Quando achou que não tinha mais como se excitar, ele abriu sua bermuda e enfiou o dedo do meio em sua vagina. Ela sentiu um ligeiro incômodo com a grossura do dedo, mas logo estava se impulsionando contra ele.
Cedar gemia e Clara achou que não aguentaria mais quando ele segurou seu rosto, mirando-a intensamente.
— Abra minha bermuda. - ele ordenou e ela obedeceu prontamente. O pênis estava contido sob a roupa e Clara o segurou, sem parar de se mexer. A circunferência era enorme e ela o puxou para fora. Cedar tirou o dedo da sua vagina e o chupou. — Levante-se.
Tonta de excitação, Clara se levantou. Cedar puxou sua bermuda para baixo junto com a calcinha.
— Cedar...
— Venha cá.
Ele a puxou para ele, ergueu sua perna direita, a colocou sobre seu ombro e a segurou pelos quadris. Clara gritou quando ele lambeu sua vulva. Segurou-o pelos ombros, temendo cair.
Só podia chamar o que ele fez de ataque. Cedar a lambeu, chupou, penetrou-a com a língua e repetiu cada gesto, sendo acompanhado pelos gemidos altos que ela emitia. Ele lambia e chupava seu clitóris como se fisse um doce delicioso.
Desesperada pela liberação, Clara rebolava, esfregando a vulva na sua boca.
— Ai, Cedar... Eu vou gozar... - choramingou. — Eu vou.
Então quando ele esfregou seu ânus com o polegar, Clara explodiu. O clímax veio com violência, fazendo-a gritar como se estivesse agonizando de dor. Cedar a segurou quando suas pernas bambearam. A sensação era de que derretia por dentro, a parede vaginal latejando gostosamente.
Cedar a puxou de volta para seu colo, encostando a testa na dela.
— Quero entrar em você...
Clara abriu os olhos, forçando a mente a funcionar.
— Não... - arquejou.
— Não?
Cedar a segurou em seu colo.
— Agora não... - não queria que a sua primeira vez fosse no sofá de um escritório.
Ele franziu as sobrancelhas.
— Você não quer?
— Quero. Eu quero muito.
Cedar a encarou, confuso. Ficou um longo tempo encarando-a. Então , como se tivesse chegado à uma conclusão, estreitou os olhos que brilharam perigosamente.
— Entendo.
— Você entende? Eu sei que é antiquado, mas é muito importante para mim.
Ele a ergueu e a tirou do seu colo. Clara lamentou em perder o contato com ele. Cedar se levantou, ajeitou o pênis dentro da bermuda e a fechou.
— Se ele é tão importante para você... - encarou-a com o semblante grave. ... porque cedeu a mim?
Clara abriu a boca.
— Você... você está falando do Painting?
Ele ergueu as sobrancelhas e ela viu que agora estava com raiva mesmo.
— Então há outro? - segurou-a e a ergueu. Clara se sentiu muito exposta, nua na frente dele. — Há outro?
Ela ficou muda, chocada. Ele ainda pensava mal dela? Realmente acreditava em tudo do que a acusara? Ela dormia com Painting e estava se entregando a ele. E agora, o quê? Achava que havia um terceiro homem?
Cedar apertou seus braços e ela sentiu dor.
— Está me machucando!
Ele a soltou e se afastou dela. De costas, se apoiou na escrivaninha.
— Me desculpe. Não quis ferí-la.,- falou, sem se virar para olhá-la.
Clara sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Antes ele a fazia se sentir sem atrativos, diminuída, e agora, num pensamento distorcido, a tratava como uma promíscua.
Com as mãos trêmulas, vestiu a camiseta, a calcinha e a bermuda. Sua intimidade estava pegajosa do seu sumo.
Pegou suas coisas e caminhou até a porta. Virou-se para ele, que continuava de costas.
— Você é horrível, Cedar. Me faz sentir um lixo. - ele se voltou para ela. — Não quero nunca mais que me toque e nem que fale comigo. Eu não quero nunca mais te ver! - terminou num soluço e abriu a porta.
Saiu rapidamente e, ao ver Cloud, percebeu que havia se esquecido dele. Ele se levantou da cadeira. Ohou-a com curiosidade, mas não fez comentários. Clara foi para o jipe e ele a ajudou a subir.
Fizeram a curta distância em silêncio e ela segurou o choro até chegar no dormitório.
— Está tudo bem, fêmea? - ele perguntou ao ajudá-la a descer do jipe.
Ela sentiu seus lábios tremerem.
— Tudo bem.
— Certo.
Clara entrou no dormitório agradecendo por não haver ninguém na sala comum. Correu para os seus aposentos , trancou a porta e foi para o quarto. Se jogou na cama e deixou o choro fluir.
Seu corpo ainda sentia a lassidão depois do orgasmo. Encolheu-se na cama e se deixou sofrer.
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CEDAR: Uma história Novas Espécies 5
Science FictionCedar é um dos Novas Espécies, seres humanos criados em laboratórios da indústria farmacêutica Mercille. As Novas Espécies tiveram seu DNA alterado com DNA de alguns animais. Cedar é membro do Conselho das Novas Espécies e atualmente cumpre seu trab...