Capítulo 17

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Cedar nunca tivera sua intimidade tocada pela boca de uma fêmea. Não tivera escrúpulos em pedir aquela carícia à Clara. Ela era tão suave e ao mesmo tempo tão sensual que ele desejara sentir sua boca no seu pênis.
Ela não o estava decepcionando. Clara lambia a cabeça do seu membro em círculos, enfiava a coroa na boca. A boca era pequena e ela mal conseguia enfia-la toda na boca. Mas a sensação era incrível. Ela tentou abocanha o máximo dele e gemeu quando chegou a entrada da garganta. Voltou sugando e ele se contorceu.
Clara lambeu da cabeça à base do membro e ele se surpreendeu quando segurou suas bolas e as lambeu também.
Cedar enfiou os dedos nos cabelos crespos, desfazendo os cachos. Abriu mais as pernas para ela ter mais espaço. Ver sua língua lambendo-o como uma gatinha o fez se arrepiar todo.
Ela voltou a engoli-lo enquanto massageava seu saco. Clara levantou os olhos para ele e perdeu o controle. Começou a mover os quadris enfiando e retirando o pênis e ela gemeu.
Os gemidos de Clara o levaram ao limite do controle.
— Tire a boca, fadinha.- falou com a voz cavernosa.
Ela afastou a boca com um barulhinho molhado.
— Está gostoso.
— Eu vou gozar.- gemeu. — Posso te sufocar. Se ajoelhe, Clara.
Ela o obedeceu e sentou-se sobre os pés, segurando as suas panturrilhas. Cedar segurou o membro, fazendo um movimento de vaivém. Clara arregalou os olhos quando o viu começar a inchar na base do pênis e ele sentiu a pressão na curva da lombar e nos testículos.
Sem tirar os olhos dela, rosnou alto, as presas aparecendo e arqueou os quadris quando o orgasmo chegou. Seu sêmen esguichou contra os seios de Clara num jato forte. Ela abriu a boca, surpresa.
Cedar estremeceu sentindo-se ser drenado. Jogou a cabeça para trás, de olhos fechados e uivou, realizado. Depois respirou fundo várias vezes, procurando controlar a respiração ainda acelerada. O gozo foi tão forte que se sentia enfraquecido.
Alguns momentos depois, sentindo-se dono novamente de si, olhou para Clara. Ela o olhava com um pequeno sorriso e com as sobrancelhas erguidas.
— Foi lindo, Cedar.
— O quê?
— Você... gozando.
Cedar esticou a mão e segurou seu rosto.
— Foi um presente que você me deu. Quero te dar muito prazer, Clara.
— Você já me dá.
Cedar puxou seu tosto e a beijou. Afastou os lábios.
— Deite, que vou te limpar. - ele se levantou e pegou a toalha. Clara se deitou obedientemente.
Ficou parado um instante, admirando o corpo dela. Era tão delicado... — Ainda sente dor?
— Só um incômodo.
— Terei mais cuidado da próxima vez.
— Você teve cuidado.
Cedar ajoelhou na cama e começou  a passar nela, limpando sua semente.
Ela colocou os braços por cima da cabeça e se espreguiçou. Cedar abaixou a cabeça e chupou um mamilo.
— Hum... - ela gemeu. — Gostoso.
— Quero saber tudo o que você gosta.
— Eu estou aprendendo ainda. - Clara segurou seu rosto com ambas as mãos. — Eu nunca fui tão longe com um homem.
— Por quê? Eles não eram habilidosos.
— Não foi isso. Eu queria sentir mais do que um desejo morno. - puxou o rosto dele e lhe deu um beijo leve. — Queria sentir um tesão louco que me fizesse esquecer que sou magricela e sem graça.
— Você não é.
Ela deu uma risadinha.
— Eu sei que sou. - Cedar a cobriu com o corpo. — Queria sentir o que sinto por você.
— Me deseja muito?
— Você sabe que sim. Fico excitada só de te olhar.
— E eu tenho vontade de te devorar toda. - Clara deu outra risadinha e ele sentiu um calor gostoso ao mesmo tempo que medo de perde-la. A possessividade se instalou em seu ser. — Você sabe que agora é minha, não sabe?
— Eu sou sua.

Clara estava emocionada por várias razões. Uma delas era por ter se entregado a um homem tão especial quanto Cedar. Outra razão era por ele fazer questão de considera-la sua. Nos seus namoros nunca se sentira tão desejada.
Cedar a fazia sentir linda apenas em olha-la. Queria ser sua completamente.
Ele enfiou uma perna entre as suas e a beijou profundamente. Beija-lo era uma loucura; era como se ele fizesse amor com sua boca.
— Clara...
—Hum?
— Preciso voltar ao trabalho.
Ela o abraçou com força.
— Não quero.
Cedar riu e ela sentiu a vibração em seus seios.
— Mais tarde você irá para minha cabana.
— Vou, sim.
— Definitivamente.
Ela o encarou.
— Como assim?
— Vou levar suas coisas para a minha casa.
Clara o encarou.
— Não pode.
— Quer que eu peça a outro macho para buscar?
— Não, Cedar. Eu não posso ir para sua casa.
— Por que não?
— Porque... porque a gente começou agora.
— Você gosta de ficar comigo?
— Gosto, claro.
— Quer compartilhar sexo de novo?
— Quero!
— Quer dormir nos meus braços ?
Ela se imaginou pegando no sono agarradinha a ele.
— Seria muito bom, mas... - ele ficou em silêncio, encarando-a. — É melhor nos conhecermos mais.
— Para vivermos juntos?
— Sim.
Cedar fechou os olhos um instante. Quando os abriu Clara viu o castanho misturado com dourado.
— É coisa de humanas?
— Querer que eu vá morar com você é coisa das Novas Espécies?
— Sim. Somos muito possessivos com o que é nosso.
Clara piscou rapidamente. Cedar falava realmente sério sobre ela ser sua.
— É coisa de humanas. Você pode me dar alguns dias... Só para eu me acostumar com a ideia?
Ele respirou fundo.
— Se é importante para você.
— É, sim.
Cedar beijou-a novamente e Clara se deixou levar. Tudo estava sendo muito rápido e ela ainda não acreditava que estava com ele.
Ele abriu as pernas dela e novamente se colocou no meio. Sempre beijando-a , esfregou o pênis na carne úmida. Ela gemeu dentro da boca dele, deliciada com o corpo grande e quente pressionando o seu.
Cedar mexeu os quadris como se a estivesse penetrando. Clara abriu mais as pernas, esperando que ele o fizesse, mas Cedar apenas deslizava o membro duro em sua intimidade. A excitação a fazia se molhar ainda mais, cheia de tesão. Ela afastou a boca.
— Cedar... por favor.
— O que, doçura?
Mesmo envergonhada ela pediu.
— Quero você dentro de mim...
— Ainda não. Você sentirá dor.
— Mas...
— Teremos tempo.
Clara suspirou, muito frustrada. Mexeu-se debaixo dele, incitando-o a continuar.
De repente ouviram batidas na porta. Cedar ergueu a cabeça.
— Deixe. A pessoa irá desistir.
— Deve ser Emerald. A porta está aberta.
Cedar rosnou baixinho.
— Vou atender.
— Não! - ele a olhou, com a sobrancelha franzida.— Não, eu atendo. - Bateram novamente à porta. Clara espalmou as mãos em seu peito e o empurrou. — Deixe eu levantar, amor.
— Pedindo desse jeito...
Cedar rolou o corpo para o lado. Ela levantou com pena. Correu até o guarda-roupa e vestiu uma camisa comprida.
Quando chegou na saleta a porta estava se abrindo. Puxou a camisa mais para baixo. Emerald terminou de abrir a porta.
— Clara, estava preocupada com você.
— Por quê?
— Disse que me ligaria quando chegasse. Seu celular está desligado?
— Ah, desculpe, ele descarregou. Passei no escritório de Cedar e Cloud me trouxe.
As narinas de Emerald inflaram e ela a cheirou. Olhou surpresa para Clara e deu um sorriso.
— Painting está aqui? Que fêmea discreta e esperta é você! - desceu os olhos para seus braços e seu sorriso se desvaneceu. Segurou um braço de Clara. — O que é isso? Ele feriu você?
— Não. - Clara puxou o braço. — Não é nada demais.
O rosto de Emerald enrubesceu.
— Clara, ele... ele forçou você? Se foi isso eu darei queixa ao Cedar. Vou falar com Painting agora mesmo. Esse macho não pode fazer essa loucura.
A mulher se dirigiu ao quarto e Clara a segurou.
— Painting não está aqui.
— Sinto o cheiro de sexo e um macho.
Clara abriu a boca, na dúvida do que dizer.
— Não é o Painting.
— É outro macho? - ela se virou para o quarto e aspirou fortemente. Passou a língua nos lábios e franziu as sobrancelhas. — Eu acho que estou confundindo os cheiros. Parece que é... Não, não pode ser.
A porta do quarto se abriu e Clara viu o queixo de Emerald cair. Cedar saiu do quarto vestido apenas com a bermuda e descalço.
— Emerald.
Clara riria do semblante surpreso da sua escolta se ela mesma não estivesse constrangida.
— Oi, Cedar.
— Clara não precisará da sua escolta hoje.
Emerald olhou para Clara e de volta para Cedar.
— Ela... ela está ferida.
— Eu cuidarei disso.
A mulher estava claramente desconcertada. Olhou novamente para Clara.
— Você está bem?
Mas foi Cedar quem respondeu.
— Ela está bem. Está comigo.
Como se precisasse provar que falava a verdade, estendeu a mão para ela. Clara caminhou até ele e Cedar passou o braço por sua cintura. Emerald engoliu em seco.
— Hã... Tá. Então... Vou indo.
Emerald deu um último olhar para Clara e saiu. Ela olhou para Cedar que a abraçou.
— Não se preocupe. Emerald contará aos outros, mas está tudo bem.
Clara ergueu o rosto para ele.
— Você não acha que vão estranhar você e eu?
— Isso não importa. Sou um espécie como os outros
— E sobre isso? - ela olhou para os hematomas em seus braços que estavam mais escuros. — Não vão falar mal?
— Eu errei. Feri você. Se me julgarem estarão certos.
— Não quero atrapalhar sua vida.
Cedar sorriu e ela o achou lindo e perigoso.
— Você me trouxe mais vida, doçura. Muito mais vida.

CEDAR: Uma história Novas Espécies 5Onde histórias criam vida. Descubra agora