Capítulo 23

1K 107 10
                                    

Clara estava com seu leitor digital na mão quando Cedar entrou. Levantou os olhos e arfou ao ver seu rosto. Estava feroz , os olhos brilhando muito.
— Oi. - cumprimentou, porém ele não respondeu.
Cedar se aproximou dela, segurou seus ombros e a levantou. Clara abriu a boca para falar, mas ele inclinou a cabeça e a beijou. Surpresa, se afastaria se pudesse, mas seus braços eram uma prisão quente. Desistiu e se entregou ao beijo.
A língua dele digladiava com a sua, excitando-a rapidamente. Abraçou-o, grudando mais seu corpo à montanha de carne rija que Cedar era.
Ele parou de beijá-la e a pegou no colo, indo para o quarto.
Clara passou os braços por seu pescoço, e o beijou, sentindo o cheiro de natureza que ele tinha.
Cedar entrou no quarto e foi direto para a cama. Colocou-a em pé.
— Tire as roupas. - ordenou.
Clara não hesitou; começou a tirar as roupas. Acabara de tomar banho, mas seu corpo ardia como se estivesse num deserto. Jogou a camiseta e o short longe, observando-o tirar as roupas. Sempre sentia água na boca ao ver toda aquela pele bronzeada.
Cedar terminou e se aproximou dela. Abriu seu sutiã e o tirou , lançando-o sobre os ombos . Pegou Clara no colo e a colocou de bruços na cama.
Clara já estava toda molhada. Sempre que Cedar a atacava daquele jeito ela perdia o controle; seu corpo pedia para ser possuído.
Ele puxou sua calcinha e ela não viu o que fizera com a peça.
Cedar abriu sua pernas e a cobriu. Ela suspirou com o peso quente às suas costas. Ele enfiou as pernas entre as dela e as separou. Clara arfou quando ele abriu sua bunda e, sem preliminares, meteu em sua vagina.
Cedar uivou e ela estremeceu. Ele continuou sem falar, contudo entrou e saiu dela como se aquela fosse sua comunicação.
Clara estava presa debaixo de Cedar. Os quadris dele batiam em sua bunda e ela tentava se empinar para senti-lo mais.
— Você é minha, Clara.
— Eu sou.
— Diga novamente.
— Eu sou, Cedar! Eu sou sua!
Ele se apoiou nas mãos e se ergueu, lançando-se mais dentro dela. Clara pensou que não aguentaria tanto prazer.
— Eu sou seu macho. - ele grunhiu. Cedar agarrou o seu cabelo e puxou. Ela lacrimejou e ergueu a cabeça. — Sou seu único macho.
Clara abriu mais as pernas, gulosa por seu pênis. A emoção de ser possuída e desejada encheu seu peito e transbordou em sua voz.
— Eu te amo, Cedar!
Ela sentiu a hesitação dos seus quadris, mas logo ele retomou o rítmo. Cedar se ajoelhou e a puxou, colocando-a de quatro. A mão foi para sua vulva e o dedo começou a brincar com seu clitóris. Clara respirou profundamente, sabendo que não duraria muito.
A outra mão apertava tão forte que ela temeu ficar com hematomas. Quanto mais Cedar estocava, menos forças ela tinha. Forçava sua bunda contra ele, aumentando a batalha entre seus quadris.
Sentiu o prazer galopando dentro de si. Suas pernas e braços tremeram e teve dificuldades em se segurar. Cedar largou seu quadril e passou o braço por ela, segurando-a firme.
— Cedar... Cedar... - gemia o seu nome, enquanto o prazer a consumia.
Ele rosnou e aumentou as carícias em sua vulva. Clara arfou, desesperada. Choramingou, derretendo por dentro, sentindo seu pênis inchar em sua vagina.
— Minha fadinha... Goza para mim.
E ela obedeceu.
Clara soltou um grito agudo quando o prazer explodiu em sua intimidade. Cedar a seguiu. Com movimentos erráticos dos quadris ele anunciou que seu clímax chegava.
Clara gritou novamente quando, sem ela imaginar algo parecido, ele uivou novamente e mordeu seu ombro  na base do pescoço.Cedar rosnou enquanto a enchia com seu sêmen.
Clara estava chocada! Ele a mordera! Com a boca colada em seu ombro Cedar soltava rosnados abafados enquanto estremecia de prazer.
Cedar a fez deitar-se e a cobriu. Apoiando-se nos braços, ele deixou seu corpo repousar sobre o dela. Respirando fortemente,  a soltou e Clara sentiu uma umidade em sua pele.
Ele lambeu as feridas em sua pele e ela ficou muito quieta, sem saber o que pensar e falar.
As lambidas acalmavam sua carne que começava a latejar. Dentro da vagina ela sentia a pressão do inchaço do seu pênis.
Fechou os olhos contendo as lágrimas. Estava assustada. O corpo enorme sobre o seu a dominava fisicamente, sua personalidade se sobrepunha a dela e a masculinidade a consumia. Ele era mais inteligente, mais forte, mais saudável e mais instintivo do que qualquer homem que conhecia. E muito superior a ela. Estava assustada e com medo.
Cedar beijou seu rosto e o acariciou com o nariz.
— Você é minha.

Cedar beijava o rosto de Clara e sentia o aroma suave de flores silvestres que vinha da sua pele. Ele a reivindicara de uma vez, passando por cima da necessidade dela de um tempo maior de relacionamento. Jamais deixaria que Painting a seduzisse e a tomasse para si!
— Eu estou te reivindicando agora, Clara. Você é minha companheira.
— Cedar...
— Não quis te ferir. Meu instinto animal me fez te marcar. - ela não respondeu. Cedar segurou seu rosto e o virou para beija-la. Não sabia o que ela sentiria ao sentir a gosto do seu próprio sangue, porém ela correspondeu ao beijo. Cedar ainda estava duro, mas seu pênis desinchava. Moveu-se dentro dela devagar. — Quero te proteger e cuidar. - ele percebeu as lágrimas em seu rosto e se assustou. — Te fiz chorar? - Clara fungou e mais lágrimas escorreram por seu rosto. Cedar deitou de lado e a abraçou.
Clara segurou os braços que a abraçavam.
— Você me mordeu... - sussurrou.
— Eu te marquei. Todos saberão que você é minha.
— Me machucou...
Ele beijou atrás da sua orelha.
— Eu gostaria de não te machucar, mas precisava fazer isso.
— Me machucar?
— Te reivindicar.
— Por quê?
— Porque eu te quero mais do que à qualquer pessoa.
— Qualquer pessoa?
— Mais do que à ONE. - ele sentiu que seu pênis estava livre e se retirou dela. Virou-a para olhá-lo de frente. — Eu levarei suas coisas agora para minha casa.
— Eu não sei...
— Não disse que é minha?
— Eu sou.
— Agora todos saberão que é minha companheira.
— Você está me pedindo em casamento?
— Já estamos casados, mas podemos passar pela celebração humana.
Ela o encarou, comnos olhos arregalados.
— Minha família...
— O que tem?
— Preciso dizer a eles.
— Diga.
— Eu sou independente e tudo, sabe, mas eles ficariam chateados se eu me casasse sem contar para ninguém.
— Faça isso. Eu cuidarei dos papéis de acasalamento e do casamento civil. - alisou seu rosto. — Você quer uma cerimônia de casamento?
Ele gostou da ideia. Vira outros espécies se acasalando e alguns foram casados por pastores ou padres. Clara ficaria linda vestida de noiva.
— Cedar, você está falando sério? Não temos um mês de namoro!
— Na primeira vez que te compartilhamos sexo eu já sabia que seria minha companheira.
Ela abriu a boca e ele não resistiu. Enfiou a língua, dominando sua boca.
Clara nunca se negara a ele. Nunca. Ela se entregava completamente. Era sua.
Por sua mente passaram os comentários de Emerald. Soltou-a.
— Você tinha interesse por Painting?
Ela ficou vermelha.
— É só meu amigo.
— Precisou decidir entre ele e mim?
— Não! - ela franziu a testa. — De onde tirou essa ideia?
Cedar não falaria sobre Emerald.
— Nunca pensou em ficar com ele?
Clara ficou ainda mais vermelha.
— Antes... eu pensei.
Ele a encarou.
— Pensou em ficar com ele?
— Eu estava confusa. Você me tratava tão mal... Eu queria te tirar da cabeça.
Cedar sentiu-se mal, entretanto se odiaria se por causa dele ela escolhesse o outro macho.
— Sei que não compartilharam sexo, mas ele te tocou?
Clara engoliu em seco quando ele rosnou, mas respondeu.
— Sim.
— Como?
— Nós nos beijamos.
Cedar deu um rosnado alto e expôs suas presas. Sentiu um ódio visceral. Levantou da cama e começou a andar de um lado para o outro. Sua respiração acelerou e ele apertou os punhos querendo correr e encontrar Painting. Estraçalharia aquele macho! Ele a olhou.
— Preciso sair.
— Não, Cedar. Vem cá.
— Se eu ficar perderei o controle.
— Se sair eu perderei o controle.
Ele foi até a cama e colocou um joelho sobre o colchão. Segurou o rosto dela com uma mão. Passou o polegar em seus lábios; só em pensar em Painting enfiando a língua ali, sentia vontade de estripar o macho.
— Nunca mais... nunca mais beijará outro.
— Não quero beijar outro.
Cedar sentou na cama. Precisava ouvi-la. Estava furioso, entretanto Clara era sua companheira.
Ela segurou seu braço e o puxou.
— Deite aqui e me abrace. - ele engoliu o ódio e deitou ao lado dela. Clara passou os braços por seu pescoço e se apertou nele. — Eu te amo, Cedar.
Cedar sentiu o coração aquecer. Ela o amava. E não queria outro macho.
Abraçou-a também e sossegou.

CEDAR: Uma história Novas Espécies 5Onde histórias criam vida. Descubra agora