Capítulo 50

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Clara sabia o que queria. Queria Cedar.
Haviam questões para serem resolvidas; questões que quebraram o seu coração. Mas agora sua razão perdia para o seu coração. Sua intimidade parecia em fogo, tamanho era o desejo por ele.
Admirou-o por um momento. Nu, ele era magnífico. E ele oferecera seu para ser apenas dela.
E se... e se fosse apenas naquele momento? A tentação a dominava. A decisão era sua.
— Clara...
Ela soltou os botões laterais do macacão.
— Me come, Cedar. - sussurrou, os lábios entreabertos e os olhos fixos no rosto dele.
Ele apenas esperava seu consentimento. Arrancou as botas dela e jogou-as longe. Puxou o macacão e a calcinha junto. Clara não teve nem a oportunidade de se preparar para o que viria. Cedar abriu suas pernas e as empurrou até que estivesse com os joelhos dobrados. Olhou para sua vagina e depois para ela.
— Você está molhada.
— Estou.
— Tive medo que não me quisesse.
— Eu te quero, Cedar.
Sem mais nenhuma palavra, Cedar se enfiou entre suas pernas e mergulhou o rosto na sua vulva. Clara arfou quando sentiu a língua morna deslizando no meio dos grandes lábios.Fechou os olhos e se entregou à sensação. Não esquecera como era bom tê-lo ali.
Cedar segurou suas nádegas e as massageou enquanto deslizava a língua sobre a carne quente. Clara pensou que não era exatamente deslizar, mas um verdadeiro ataque. Ele lambia de baixo para cima, tocando rapidamente em seu clitóris. Ela tentou se mexer, porém ele a prendia na cama.
— Ai... - gemeu, sentindo a sensação de prazer se espalhar por todo o seu corpo.
Quando ele se concentrou no clitóris, Clara gritou de puro prazer. Cedar sugava o pequeno botão deixando-o ansiosa pelo gozo.
— Cedar... Cedar...
A cada vez que ela dizia o seu nome, Cedar aumentava a chupada e seu coração acelerou ainda maisClara.  ergueu a cabeça para vê-lo entre suas pernas. Ela era tão pequena perto dele... Segurou a cabeça de Cedar, puxou os seus cabelos e ele gemeu.
Ela enroscou os dedos em seus cabelos, sem se preocupar se o estava machucando. As carícias se tornaram mais intensas.
Quando ele enfiou dois dedos dentro dela não aguentou mais. Gritou, sentindo sua intimidade se contrair num orgasmo delicioso. Puxou o ar com força e seu coração bateu tão forte que parecia que iria explodir.
— De quatro.
Ela abriu os olhos.
— O quê?
— Quero você de quatro.
— Eu não aguento mais.
— Fará mal para o bebê?
— Não, mas...
Cedar segurou suas pernas e a virou. Clara deu um gritinho quando ele segurou seus quadris e a ergueu.
— Empina a bunda para mim. - ele ordenou.
Clara se arrepiou toda com a ordem, entretanto ergueu mais as nádegas para ele.
Cedar encaixou a cabeça do pênis na entrada da sua vagina.
— Diga se eu for duro demais.
Ela balançou a cabeça, assentindo. Acabara de chegar ao clímax, gostaria de descansar um pouco, mas a voz rouca lhe dando ordens a excitou novamente.
Ele enfiou dentro dela de uma vez e Clara gritou.
— Machuquei você?
— Não...
Cedar puxou o membro e estocou outra vez.
— Bom assim?
— Sim. - ele meteu novamente. — Sim!
Cedar iniciou um movimento de vaivém. Não a machucava, porém não estava sendo gentil.
Clara recebia cada estocada com um gemido alto.Ela se sentia impactada todas as vezes que faziam amor, contudo daquela vez era diferente. Até aquela manhã achara que nunca mais estariam junto e agora... Agora Cedar arremetia para dentro dela com ímpeto, os  gemidos dos dois enchendo o quarto.
Ela sentiu que gozaria novamente. Deslizou  pelo lençol e repousou a cabeça no travesseiro. Seus gemidos se tornaram mais e mais altos, misturando-se aos dele.
— Vou gozar, fadinha. - ele avisou.
Clara rebolou, aumentando o seu prazer.
— Eu também. - falou com dificuldade.
Ele acelerou os movimentos, seus quadris batendo contra a bunda dela, o pênis começando a inchar.
Clara deu um grito agudo e longo quando o gozo a atingiu. Cedar parecia estar esperando por ela. Meteu com força e uivou, seu corpo estremecendo, enquanto ejaculava dentro dela.
Clara sentiu a pressão em sua vagina, a prova de que ele chegara ao clímax.
Cedar respirava muito alto, como se estivesse sem ar.
Devagar ele deitou de lado, puxando-a com ele.

Cedar esperou seu coração desacelerar. Sentia o coração de Clara tão agitado quanto o seu. Conseguira dar prazer à sua pequenina.
Há duas semanas estava sem sexo e não se interessara sequer em se masturbar. Só com Clara conseguia dar vazão ao seu tesão.
Beijou o topo da sua cabeça, os cachos crespos lhe fazendo cócegas. Acariciou seu quadril e descansou a mão sobre o ventre arredondado. Fechou os olhos pensando que não aguentaria mais ficar sem ela. Respirou fundo.
— Eu pensei que você havia cansado de mim.
— O quê?
— Meus amigos dizem que sou como um ancião humano, um velho.
— Não entendi.
— Você, Clara, é como uma brisa fresca e perfumada. É como as substâncias curadoras que passavam em minha pele depois de me ferirem. Como um velho como eu conseguiria manter uma fadinha como você?
— Mas... - ela virou o rosto. — Você... não é velho.
— Me sinto assim. - ela ficou em silêncio. — Os médicos que nos examinaram disseram que Brawn era o mais velho entre nós, mas meus amigos dizem que eu pareço  mais velho. Achei que você tinha percebido que eu não era para você.
— Eu pensei isso quando nos conhecemos. Só que eu não era o bastante para você.
Ele cheirou o pescoço dela.
— Você é tudo para mim. - suspirou, sabendo que o assunto seguinte não seria agradável.— Eu sempre tive ciúmes do Painting. Você esteve com ele antes de mim.  Não consigo esquecer isso.
— Foi apenas um beijo.
— Beijo que devia ser meu.
— Você não demonstrava que me queria.
— Fui um estúpido.
O inchaço em seu membro diminuiu e ele o tirou devagarinho. Segurou o ombro de Clara e a virou.
— Você insistiu que Painting deveria permanecer na clínica. Isso me aborreceu demais. - franziu a testa. — Quando eu ouvi o que Emerald disse, fiquei louco.
— Eu nunca trairia você!
— Painting se aproxima mais da sua idade, é mais atraente e muito mais divertido do que eu. Meus ciúmes me fizeram acreditar que você o preferia.
Clara tentou se afastar dele, mas Cedar a segurou.
— Você perguntou de quem era o meu filho!
— Eu estava louco de ciúmes, já disse.
— Não aceito, Cedar. Você nunca, nunca deveria ter pensado isso. - ela tentou se afastar novamente.
— Tente me entender, por favor. Essas duas semanas foram um pesadelo.
— E para mim, não? Você foi o primeiro homem que amei, meu primeiro amante e... Você me feriu.
Cedar a abraçou, sentindo como seu corpo se enrijeceu.
— Eu sei. E quero fazer tudo para que me perdoe.
Clara o encarou fixamente e ele sentiu vontade de beijá-la.
— Eu não estou pronta para isso ainda. - empurrou o peito de Cedar. — Tenho que ir para a clínica. Vamos entrar na floresta hoje.
— Você precisa descansar.
— Eu estou bem.
Uma ideia insana passou pela mente de Cedar.
— Você não quer tomar um banho?
— Quero, sim.
— Então, vá. Preciso falar com Homeland. Lion não está bem.
— O que houve?
— Algum transtorno mental, mas ele nunca aceitou um tratamento.
— Os médicos daqui não podem atendê-lo?
— A doutora Trisha acha melhor que ele seja tratado na Reserva. Tem um irmão de sangue lá, Leo.
— Há irmãos entre as Novas Espécies adultas?
— Sim e temos dois pares de gêmeos. - Cedar acariciou o rostinho dela. — Lion voltará comigo.
Ela enrubesceu, o que o deixou satisfeito. Clara não era insensível à sua partida. Sentou-se na cama ainda acariciando o seu rosto.
— Tomarei um banho rápido. Descanse um pouco.
Ele se levantou da cama e Clara cruzou os braços.
— Cedar, o que aconteceu aqui... Não muda nada.
Ele se esforçou para manter o rosto impassível.
— Entendo. - o rosto dela mostrou surpresa.
Foi para o banheiro e tomou um banho rápido, pensando nas suas próximas  ações. Saiu do banheiro com uma toalha na cintura. Clara o observou, passando os olhos por seu corpo.
Bom. Tenho um ponto a meu favor.
Coloquei o chuveiro no morno, como você gosta.
— Obrigada.
— Se incomoda se eu sair antes de você?
— Não.
— Certo.
Clara entrou no banheiro e ele respirou fundo. Vestiu seu uniforme e calçou o tênis o mais rápido possível. Mexeu no macacão de Clara e pegou seu aparelho celular. Foi para a sala e pegou seu notebook reserva. Ligou o ar condicionado e mexeu no controle da casa, trancando todas as janelas. Deu uma corrida na cozinha e confirmou que havia suco, leite, biscoitos e frutas, como se acostumara a ter desde que Clara mudara para sua casa. Era o bastante até o horário do almoço.
Conferiu se estava tudo fechado na casa e saiu, trancando a porta como não fazia há duas semanas.
Clara ficaria muito aborrecida, porém ele não a deixaria sair.
Ela é minha.

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