Capítulo 18

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Depois de tomarem o primeiro banho juntos entre risadas e carícias, Cedar levou Clara para o seu escritório. Eles chamaram a atenção de todos com quem cruzavam o caminho. Ela não sabia se deveria se sentir envergonhada ou envaidecida.
Sabia que Cedar era muito considerado não apenas por ser o líder de Homeland III, mas também por ser um Conselheiro. Verity e Emerald lhe disseram que era uma posição de alta responsabilidade; Justice e os 5 membros do Conselho geriam e decidiam a vida das comunidades Novas Espécies.
Sentada no seu escritório ela mexia no tablet verificando o desenvolvimento das espécies que eram monitoradas. Seu trabalho ia bem e tinha que confessar que sua equipe era ótima; aprendiam numa velocidade impressionante e logo Painting saberia tanto quanto ela.
Painting...
Gostava muito mesmo daquele homem. Ele a fazia se sentir importante e linda. Se não houvesse Cedar, tinha a certeza que teria se envolvido com ele.
Levantou os olhos para Cedar, que parecia muito compenetrado no notebook. Sua beleza era diferente do seu amigo. Enquanto Painting parecia a representação europeia de um anjo, Cedar tinha uma beleza bruta. Se fosse humano passaria por um latino. Ela amava seus cabelos castanhos exuberantes e os olhos meigos que eram desmentidos pelo rosto duro. Os ombros eram muito fortes e ela se lembrou das suas pernas passadas sobre eles. Seus mamilos enrijeceram com as lembranças e se levantou.
Aproximou-se da escrivaninha e ele ergueu os olhos, que brilharam para ela.
Clara tentou se ver como ele a via. Enquanto se preocupava com o corpo magro e seios pequenos, Cedar se deliciava neles.
— Não acho uma boa ideia ficar aqui no seu escritório.
— E por quê?
Ela deu a volta na mesa e se encostou no móvel.
— Eu fico te secando com os olhos.
— Como é? - ele perguntou, girando a cadeira.
— É uma gíria, quer dizer que eu fico te desejando, te cobiçando.
Ele estendeu as mãos e a puxou para os seu colo.
— E isso não é bom?
— Não no seu local de trabalho.
— Por mim você poderia vir todos os dias.
— Você me paga para trabalhar, esqueceu?
— Pode trabalhar para mim.
— Você quer me dispensar como veterinária?
Cedar escondeu o rosto em seus seios.
— Quero te dar um emprego melhor. - puxou o decote para baixo.
— E o que eu faria?
Ele desceu o bojo do sutiã, libertando um seio.
— Poderia me chupar algumas vezes por dia. - Clara riu e engasgou. — Eu devolveria na mesma moeda.
Cedar sugou um mamilo.
— É?
— Unhum.
Clara fechou os olhos.
— Mais o quê?
— Te dobraria sobre esta mesa e me enfiaria dentro de você forte e duro.
Ele pegou o outro mamilo e deu uma mordidinha.
— Ai...
— Doeu?
— Não. É que está muito gostoso.
Cedar a ergueu e a fez montá-lo.
— Você é tão pequenininha.
— Você que é muito grande.
— Ah, eu sou.
Ele segurou sua bunda e começou a movê-la para trás e para a frente.
Clara deixou que ele controlasse o movimento. Abraçou-o, curtindo o calor entre as suas pernas. Queria que Cedar a possuísse, que terminasse o que começara mais cedo.
Ela lançou a cabeça para trás enquanto Cedar aumentava o ritmo dos movimentos.
— Ah... Cedar, podemos fazer o que você disse?
— Qual parte?
— Que você me dobra na mesa.
Ele não riu, sequer sorriu.
— Eu quero, contudo não desejo te machucar.
— Nós teremos que fazer uma hora ou outra.
— Outra.
Clara revirou os olhos. Queria muito, muito que ele a possuísse.
— Está bem.
Cedar deu um tapinha em sua bunda e a levantou.
— Preciso terminar isso aqui.
Ela ajeitou a camiseta.
— Vou dar um pulo na clínica, então.
Cedar franziu a sobrancelha.
— Não sem mim.
— Como?
— Eu dispensei Emerald. Não posso ir à clínica agora.
—  Eu vou ligar para ela.
— Prefiro que não vá. Hoje não.
— Por que, Cedar?
Ele ficou em pé. Clara não resistiu e o abraçou. Cedar beijou o topo da cabeça dela.
— Hoje foi muito especial para mim. Gostaria que ficasse comigo.
Clara esfregou o rosto em seu peito.
— Se você prefere assim...
— Eu prefiro, doçura.
— Gosto quando você me chama assim.
— Meu amigo Fury chama a esposa assim. Achei que combinaria com você.
— Hum... Me acha doce?
Cedar segurou o rosto dela com ambas as mãos.
— Você é doce, toda suave e me deixa muito feliz.
— Sou afobada e desengonçada.
— Não quero que se menospreze. - ela ficou em silêncio. — Eu não me perdoo por ter feito você se sentir mal.
— Cedar... Hoje você me fez sentir a mulher mais linda do mundo.
— Você é.
Clara deu uma risada, mas experimentou um sentimento que aquecia o seu coração.

Cedar sentia-se cada vez mais cativado por Clara. Ela já se aborrecera com ele, porém não guardara rancor.
Clara recebia com satisfação tudo o que ele lhe oferecia. Não era como as mulheres espécies com quem precisava sempre debater. Ele estava com pressa em terminar seu trabalho para ficar com ela.
Ela não percebera que ele não queria que ela fosse para a clínica. Não queria que ela ficasse com Painting. Precisaria dar um jeito para aquele macho ir trabalhar em outro setor.
Olhou-a em silêncio. Clara estava sentada no sofá, as pernas em posição de índio, estudando em seu tablet. Seu rostinho sério fazia com que ele desejasse provocar-lhe o riso.
Ela levantou a cabeça rapidamente quando alguém bateu à porta. A porta se abriu e Creek entrou. O primeiro olhar da fêmea foi para o sofá.
— Olá, Clara.
— Oi, Creek.
— Interrompi a reunião de vocês?
— Não. - responderam ao mesmo tempo.
Creek continuou olhando para Clara.
— Precisa de algo Creek? - Cedar perguntou.
— Na verdade, não encontrei você no almoço.
— Não almocei hoje. Mas precisa de algo?
— Iria te chamar para ver um filme mais tarde.
— Tenho compromisso mais tarde.
Cedar percebeu que Creek estava interessada na presença de Clara.
— E você, Clara? É um filme de ação.
— Ah, eu tenho compromisso.
Creek olhou de um para o outro. Cedar resolveu intervir.
— Você completou a verificação dos documentos dos humanos novos?
Creek se voltou para ele.
— Dois deles não têm a formação que escreveram no formulário de contratação.
— Já os dispensou?
— Já. Agora só preciso fazer as contratações.
— Você é muito competente nisso.
— Você só fez questão de participar da contratação da Clara, né?
Clara o olhou.
— Sim. - ele respondeu.
— Mas foi uma excelente contratação. Paiting disse que não há professora melhor.
Cedar sentiu vontade de rosnar, contudo se controlou por causa de Clara. Creek continuou.
— Está de folga hoje, Clara?
— Estou.
Creek olhou novamente de um para outro.
— Também estou de folga. Quer ir comigo ao rio?
Clara o olhou e ele negou com a cabeça, o que não passou despercebido à Creek.
— Não, obrigada. Estou revendo alguns casos dos meus pacientes.
Cedar quase ouvia os pensamentos da fêmea .
— Então, tá. Vou colocar um biquini. Se você mudar de ideia, me ligue.
— Tudo bem.
— Até mais tarde.
Creek acenou para os dois e abriu a porta. Parou e se voltou.
— Não estavam mesmo em reunião?
— Não. - Cedar respondeu.
Creek virou-se para Clara.
— Está com problemas? - olhou para Cedar. — Você sabe que as fêmeas são minha responsabilidade.
— Clara não está com problema nenhum.
— Então, por que ela está aqui?
— Não é nada que necessite da sua competência.
— Clara, pode me contar. Cedar é nosso líder, mas voce pode confiar em mim.
Cedar abriu a boca, entretanto foi Clara quem respondeu.
— Estou passando um tempo com Cedar.
— Passando um tempo?
Clara respirou fundo.
— Estamos ficando juntos.
Creek ergueu as sobrancelhas para Clara e depois olhou para Cedar, que ergueu as suas também.
— Sério?
— É sério, Creek. - Clara respondeu.
— Desde quando?
Cedar bufou.
— Creek, está perguntando demais.
Creek ficou vermelha.
— É que eu pensei que ela e Painting...
Dessa vez Cedar não se conteve. Rosnou e Creek deu um passo para trás.
— É melhor você ir, Creek.
— Ah, claro, sim.
A fêmea abaixou a cabeça e saiu. Cedar estava furioso. Não era a primeira vez que relacionavam Clara à Painting.
Clara se levantou.
— Está aborrecido comigo?
— Com você? Por quê?
— Por eu ter dito que estávamos ficando juntos.
— Nós estamos ficando juntos. - ela se aproximou da mesa e ele se levantou. — Meu povo sabe ser indiscreto. Creek não quis nos chatear, só estava curiosa.
Abriu os braços e ela se aconchegou nele.
— Não estou chateada. É que é estranho as pessoas se envolverem na nossa intimidade.
— Você se preocupa muito com esse assunto.
— Não me preocupo demais. É só que... Você é o líder da colônia e é meu empregador.
— E sou muito mais velho do que você.
— Eu não me preocupo com isso.
— Consegue ver? Nós dois temos preocupações que não incomodam o outro.
Clara levantou o rosto.
— E o que devemos fazer?
— Aproveitar o que está acontecendo.
Ela deu um sorriso.
— Com isso eu concordo.
Cedar abaixou-se e a beijou. Adorava o gosto da boca de Clara. E era incrível como ele se excitava tão rapidamente com ela.
Afastou a boca.
— Terminarei o serviço e te levarei para o seu dormitório, está bem?
— Está. - ela beijou seu queixo. — Por que não me disse que não tinha almoçado?
— Eu tinha outra fome.
— Engraçadinho.
— Nunca me chamaram de engraçadinho.
— Eu estou chamando.
— Você pode chamar.
Clara abaixou os braços e apertou suas nádegas.
— Termine o seu trabalho antes que eu fuja daqui.
— Nem pensar. - ele apertou a bunda dela de volta e Clara deu um pulo.
Ela escapuliu dos seus braços, rindo, e correu para o sofá. Cedar voltou para o seu trabalho, ansioso por qualquer experiência que pudesse ter com Clara.

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