Clara almoçou pouco; seu estômago estava apertado, chateada com o que acontecera com Cedar.
O ciúme dele era ridículo. Ela o amava, já dissera aquilo várias vezes. Ele não precisava se preocupar com Painting.
Não sabia nada de como as Novas Espécies amavam. Para dizer a verdade, Cedar nunca dissera que a amava. Aquele pensamento a perturbou.
Ligou para Emerald e a mulher veio rapidamente. Insistiu em saber se a surpresa para Cedar fora boa. Clara não quis compartilhar com ela o que havia acontecido.
Chegou na clínica e os quatro integrantes da sua equipe vieram falar da preocupação que sentiram por sua saúde. Painting não falou nada, apenas a observou.
Clara aproveitou a tarde para uma aula para a equipe. Todos eram muito inteligentes, porém Painting superava a todos. Ela se orgulhava de tudo que ele havia aprendido.
No final do dia esperou por uma ligação de Cedar, mas ela não veio.
Quando esterilizava seus instrumentos Painting se aproximou.
—Sente-se bem?
Ela o olhou rapidamente.
— Já estou boa. Cedar que exagerou na preocupação.
Ele tamborilou sobre a mesa de exames.
— Cedar te trata bem, não?
— Sim.
— Você merece ser bem cuidada.
Clara enrubesceu.
— Acho que não deveríamos conversar dessa forma.
— Que forma? - ele perguntou baixinho.
— Você sabe.
Painting parecia que diria mais alguma coisa, mas se calou. Clara desligou a autoclave e transferiu os instrumentos para suas caixas. Trabalhou em silêncio e Pait fez o mesmo.
Ela voltou para casa com um aperto no peito. Realmente chateara Cedar, mad ele precidava pensar racionalmente.
Pensou sobre as atitudes de Painting e soube que Cedar ficaria muito aborrecido se soubesse, entretanto não podia dispensá-lo sem um motivo profissional.
Emerald tagarelou todo o caminho por ter passado um tempo com Órion. O garotinho era o predileto dela.
Clara pensou em seus filhos com Cedar. Será que ele queria muitos? A família dela era grande e tumultuada e gostaria que seus filhos pudessem conviver com seus parentes. Suspirou. Definitivamente filhos estavam em seus planos com Cedar.
Verity chegou para assumir a posição de Emerald. Clara foi triste para o Clube, pensando em Cedar.
No refeitório foi chamada para a mesa das mães e deixou que as mulheres dessem palpites no seu casamento. Faltava menos de um mês e ela nem falara com seus pais.
Depois ela e Verity assistiram a novela popular entre as Novas Espécies e voltaram para casa.
Agora Verity só a deixava quando Cedar chegava; fora um pedido dele mesmo. Clara disse que se deitaria cedo e Verity falou que ficaria lendo na sala.
Estava acostumada a dormir sem Cedar, mas ele sempre a acordava quando chegava. Normalmente eles faziam amor e Clara dormia aconchegada nele, porém dormira sem senti-lo a procurando.
Estava triste por tê-lo aborrecido, mas também pela intransigência dele.
Ficou rolando na cama até tarde, chorando. Sentiu-se sozinha e não apenas por causa de Cedar. Estava num mundo novo, excitante e um pouco assustador.
Querendo relaxar, limpou as lágrimas e foi para o banheiro. Tomaria um banho morno e depois tentaria dormir.Cedar passara a tarde toda ruminando sobre sua discussão com Clara. Ficara zangado por horas; não queria estar com ela quando estava tão furioso.
Mais tarde, ficara lembrando que ela sempre dizia que o amava. Ela não sentia nada por Painting, mas ele odiava a proximidade dela com o outro macho.
Lembrou-se da chegada de Clara. Achou-a tão miúda e desinteressante, porém logo ela se tornara quase uma obsessão. Queria estar com ela todo o tempo; parecia que dependia da proximidade dela para ficar tranquilo.
Mas não estava tranquilo agora.
Não ligara para ela pelo simples motivo de não querer perder a paciência. Queria que Painting se afastasse. E só.
Caminhou para casa mais tarde do que costumava. Àquela hora, já a teria buscado na clínica ou jantado juntos.
Apesar de indignado, sentia-se culpado por ter abandonado sua companheira.
Chegou em casa e estava toda apagada. Entrou sem acender as luzes. Chegou na porta do quarto e ouviu o barulho do chuveiro. Por que ela estaria tomando banho tão tarde? Estaria precisando relaxar? Estava triste?
Entrou no quarto escuro e a porta do banheiro estava aberta. Ficou parado no meio do quarto sem saber comi agir. Clara não o atendera, estava sendo abertamente desobediente. Franziu a boca: mas ele poderia convencê-la. Tirou as roupas e, silenciosamente, entrou no banheiro.
Ele a via através do vidro do box, estava de costas e ele se aproximou. Abriu a porta do box e ela se sobressaltou.
— Que susto!
Cedar entreabriu os lábios, alarmado, quando notou os olhos vermelhos e o rosto inchado.
— Você está chorando. - ela não respondeu. — Clara?
— Você não veio...
Cedar sentiu um aperto no peito. Ele a fizera infeliz! Entrou no box , puxou para si e a abraçou.
— Me desculpe. - Clara encostou o rosto no seu peito. — Me desculpe, minha fadinha.
— Eu não queria te aborrecer...
— Nem eu quis te fazer chorar.
Ele se balançou, acariciando seus cabelos. A água caía sobre os dois, mas ele não se importou.
— Eu sou sua, Cedar. Só quero você.
Cedar sentiu-se péssimo. Ele a magoara e ainda assim ela se declarava sua.
— Eu também sou seu.
Ela ergueu o rosto.
— Não fique mais longe de mim...
Cedar segurou o rostinho.
— Não ficarei.
Abaixou a cabeça e a beijou. Clara abriu os lábios, respondendo com igualdade a ansiedade dele. Cedar a afastou da água e a encostou na parede. Clara recuou, certamente por causa do azulejo frio. Ele segurou suas nádegas para afastá-la da parede e sentiu seu pênis encher de sangue ao apertar as bochechas empinadas.
Beijou-a com intensidade, procurando compensá-la por ter ficado sem ele.
Clara afastou os lábios.
— Você acredita que sou sua?
— Acredito, querida, acredito.
— Então não tenha ciúmes do Painting.
— Não fale este nome.
— Cedar, por favor. Eu tenho que ser justa.
— Você tem que ser minha.
Ele ficou de joelhos e abocanhou um seio.
— Ah...- Cedar chupou um mamilo e mordeu de leve a aureola. — Ai... - passou para o outro seio e fez o mesmo. Ela gemeu, acariciando seu cabelo. Segurou-a pelos quadris e ergueu uma perna dela por cima do seu ombro. Clara suspirou e ele foi direto para o clitóris, sugando-o com vontade. — Ai, amor... Que delícia... - Ele enfiou um dedo em sua vagina e ela arquejou, começando a mexer os quadris. Ele sentiu seu membro ficar muito duro e pesado. Clara cavalgou seu dedo entre gemidos prolongados.Ele sabia que ela estava a ponto de gozar. Abaixou a perna dela e se levantou. — Ah, não. Estava tão bom...
—Segure-se em mim. - ordenou, segurando firmemente sua bunda.
Ela segurou seus ombros quando ele a puxou; Clara passou as pernas por sua cintura e o encarou.
— Você é minha, Clara, lembre-se disso. - Cedar segurou o pênis e a penetrou. Ele viu os olhos da sua companheira perderem o foco e estocou para dentro dela com força. Clara deu um gritinho e ele continuou, sem deixar seu olhar. — Toda minha, Clara.
— Toda sua, Cedar, toda sua!
Cedar aumentou os movimentos sem medo de machucá-la. Metia com força chegando ao fundo de sua vagina, fazendo-a gritar a cada movimento. Sentia suas bolas retesarem, prontas para se esvaziarem.
— Quer gozar?
— Sim!
— Quer que eu meta mais?
— Quero! Mete, mete, amor!
Cedar se soltou. Ela jogou a cabeça para trás e ele a prendeu com os dentes, sem morde-la. Sua bunda se contraia a cada estocada e ele queria muito gozar.
Enfiou uma mão entre seus corpos e achou o clitóris inchado. Com um dedo o esfregou, torcendo para que ela gozasse logo; seus testículos doíam, enrijecidos.
Clara deu um grito agudo e suas costas arquearam, enquanto sua vagina latejava e o engolia. Seu pênis começou a inchar.
Cedar pressionou as presas na pele e, com um rosnado alto, foi abalado pelo orgasmo. Suas bolas se esvaziaram forçando os jatos de sêmen. Segurou-a com firmeza, pois sentia suas pernas trêmulas.
Ficaram um tempo agarrados debaixo da água quente, os peitos juntos recuperando a respiração.
Cedar saiu do box e foi para o quarto. Deitou-se na cama por cima dela, se apoiando nos cotovelos.
Beijou-a gentilmente. Nunca uma fêmea havia lhe dado tanto prazer. E ela era sua.
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CEDAR: Uma história Novas Espécies 5
Science FictionCedar é um dos Novas Espécies, seres humanos criados em laboratórios da indústria farmacêutica Mercille. As Novas Espécies tiveram seu DNA alterado com DNA de alguns animais. Cedar é membro do Conselho das Novas Espécies e atualmente cumpre seu trab...