Capítulo 13

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Primeiro dia, e parece que foi um mês, estou mega cansada e esgotada emocional e fisicamente. Um dia com o Lui e juro que se ele pedisse mostrava para ele todo o meu corpo. O olhar dele sobre meus seios foi algo tão intenso, a pupila dele estava dilatada.

-Será que ele olha assim para todas as mães que vão ao seu consultório? – balancei a cabeça negando. Aquela posse de Clark Kent não o deixaria desrespeitar ninguém. Até a cor dos cabelos dele combinava com o personagem.

Lambi os lábios imaginando-o vestido de Superman para realizar a minha fantasia pervertida. Coloquei o cartão na minha bolsa, conferi o fechamento da casa e fui em direção a garagem com minha princesa no colo. Optei por deixar o carrinho no quarto.

O precioso demorou mais tempo do que o normal para funcionar, e precisava ter calma ou realmente ficaria a pé em breve.

Alice chegou na minha casa, cinco minutos depois de mim, nem os tênis tinha tirado ainda, e já era bombardeada por todo tipo de pergunta indecente. Tinha comentado com ela sobre a forma que aqueles pecados me provocavam e agora ela criou toda uma fanfic em sua cabeça para me unir com o casal.

Aproveitei a companhia que ficou para o jantar e fui tomar um banho rápido. Já saindo do banheiro vestida com pijama em direção a cozinha, onde preparei arroz branco, uma saladinha, purê de batata com um bife de frango que tinha deixado marinando.

-Ele me pediu desculpas pela primeira impressão e me deu um chaveiro personalizado.

-Ahh, que fofo. – ela fez coração com as mãos e fiquei envergonhada. – Já tem a chaves do coração de um deles.

-Não brinca com isso, Ali. – falei apoiando a cabeça na mão esquerda enquanto mexia distraída com a comida no prato. – Os dois são de outro nível. E mesmo que houvesse interesse, não posso me dar ao luxo de me machucar. Além do mais, a última coisa que eu desejo é ser como a minha mãe. Minha filha precisa de exemplo positivo.

-E se eles tiverem a fim de mais do que uma noite. E se eles quiserem muito mais.

-Eu não vou poder embarcar em um relacionamento, sendo estepe. Preciso de bem mais do que isso para ser feliz. – abaixei a cabeça. – Eu até queria um orgasmo, ou dois, mas, quero o aconchego, as surpresas as comemorações bobas. Viajar, curtir um cinema. – Suspirei. – Estou sonhando alto demais.

-E se eles... – fiz sinal com as mãos para ela parar.

-Chega. Eu só tenho um dia de trabalho, não me faça desistir tão rápido.

-Está sendo dramática.

-Estou sendo racional. E vamos falar sobre outro assunto, seu pai conseguiu o mecânico para mexer no meu precioso. – ela fez uma careta.

-Vende essa porcaria para o ferro velho, amiga. Antes que ela te deixe na mão.

-Eu preciso do carro.

-Bem lembrando, precisa do carro e não daquele carro. Qualquer dia ele vai te deixar na mão.

-Vira essa boca para lá. – conversei por mais um tempo com ela e quando foi embora, cai morta na cama. Levantei somente uma vez para a mamada da minha filha e voltei a deitar. O despertador nem esperou um cochilo, e já me chamou para as obrigações.

Dessa vez o precioso demorou quase 15 minutos e já estava em desespero e pronta para chamar um carro de aplicativo, quando o motor rugiu para a vida. Naquele horário peguei um pouco de engarrafamento e cheguei 10 minutos atrasada.

A casa estava silenciosa, e o alarme estava travado, os carros e a moto na garagem, então Benício ainda estava lá. Fui correndo para a cozinha e já comecei a preparar o café da manhã dele. Minha filha ficou quietinha no carrinho, me observando trabalhar acelerada.

-Esse cheiro me acordou. – Bene apareceu na porta da cozinha, descabelado sem camisa e com um short curto que não escondia sua ereção animada. Nem ele percebeu, mas deu a volta na ilha da cozinha, fez um carinho na Pérola e deu um beijo em meu rosto com muita intimidade. – Está fazendo café para quantas pessoas? – brincou, ao se sentar na banqueta que havia no local.

-Não sabia o que gostava de comer, então fiz algumas coisas. Tem salada de frutas, café, fervi o leite, estou assando pão de queijo. Não dava tempo para buscar pães, cheguei atrasada. Compenso a tarde.

-Se tivesse chegado cedo teria um banquete com 5 pratos. – ele sorriu travesso. – Não precisa compensar nada, querida. Você vai é me estragar. Lui e eu geralmente fazemos somente café e passamos na padaria para um reforço matinal.

- Na lista da Tina tinha os alimentos preferidos de cada refeição de vocês.

-O Lui te entregou a lista sem vê. Eu falei com ele que tinha que riscar alguns itens.

-Como assim.

-A Tina era nossa funcionária desde que nos casamos e ela era como uma mãezona, de puxar as orelhas e tudo mais. E tinha essa mania de acrescentar e tirar coisas que gostávamos de comer. – falou. – Quando informou que não ficaria mais devido a distância da nossa casa, ela falou que deixaria uma lista para ajudar quem viesse depois, então ela é exagerada.

-Pelo menos eu tenho um norte do que fazer, ou não fazer por vocês. – Respondi em pé ao lado do balcão.

-Me faça companhia nesse banquete. – Corei, mas aceitei o convite, estava com fome, não tinha tomado café direito em casa. Peguei mais uma xícara e prato no armário e uma tigela para a salada. Tirei do forno os pães de queijo e me sentei ao lado do meu chefinho gostoso. Ops. Vigie os pensamentos, sua doida.

Benício me fez várias perguntas sobre o local que eu morava, se achei difícil o deslocamento até ali, perguntou como foi o dia e a noite da minha filha, contou um pouco sobre o final de semana com seus familiares. Ele tinha assunto para uma vida inteira.

-Meus pais, em breve vão te conhecer. Minha mãe é uma intrometida, e quando contei que você tinha uma filha, ela ficou louca para vir aqui. Queria vir ontem, mas avisei que o Lui precisava descansar para o plantão dele, então não se assuste se ela aparecer aqui, hoje ou amanhã.

-Você tem quantos irmãos?

-O Bernardo é o mais velho com 35, a Beatriz tem 31, e o Bento 16.

-A família BE. – ri com a mão na boca.

-Ei não ria, sou traumatizado com isso. – mas, estava rindo também.

-Quantos anos você tem? – perguntei.

-32. Minha mãe engravidou da Bia logo após terminar o resguardo. Nos dois dividimos a mesma idade durante um mês e meio. Ela roubou meu colo. – fez cara triste.

-Tadinho do bebê. – brinquei e belisquei a bochecha dele. Ele sorriu e fiquei sem graça pela minha atitude. – Desculpe. Passei dos limites aqui.

-Comigo não precisa se preocupar com limites. – e piscou para mim. Minha filha começou a resmungar, então estava na hora da mamada. Não sabia o que fazer, mas ela não dava tempo e começou um choro sentido. Abri dois botões da minha camisa e em pé mesmo comecei a amamentá-la.

-Quanta pressa mocinha linda da mamãe. – falei segurando os dedinhos dela. Quando levantei a cabeça ainda sorrindo, vi o olhar vidrado do Benício em mim. Virei de costas para ele e caminhei para o quarto, fiquei envergonhada.



2/5

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora