Capítulo 43

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Um pouco mais calma, me dei conta que estava no colo de Benício, na frente do irmão dele

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Um pouco mais calma, me dei conta que estava no colo de Benício, na frente do irmão dele. Tentei sai, mas se já tínhamos sido flagrados não conseguiríamos esconder nossa situação.

-Pode perguntar agora, Bear. – Ouvi a pergunta cautelosa do Bene.

-Não tenho nada a perguntar, Benício. – falou. – Estou vendo. Suas atitudes já responderam por si.

-Bernardo, foi algo...

-Eu já disse que não vou perguntar, ok. – Ele foi curto na resposta. – Mas, quero ter uma palavrinha com a Olivia, posso?

-Não – ele respondeu ao mesmo tempo que aceitei. Me levantei do colo dele e apertei sua mão implorando com o olhar para me deixar ter essa conversa de uma vez. Pois, percebi que o irmão era muito importante para ele.

- Bernardo, nós estamos juntos. Lui, Olivia e eu, fim da história.

-Eu não vou falar novamente, Benício. – E se levantou colocando a minha filha no colo dele e indo em direção a porta a abrindo para ele sair. Ele saiu relutante, mas fez questão de deixar um beijo em meus lábios para provar algo para o irmão mais velho.

O silêncio foi esmagador e me abracei como se sentisse frio pelo olhar que recebia daquele homem tão intimidador.

-Sente, Olivia. – falou apontando o local que estava antes. – Vou ser bem direto, pois odeio essa enrolação. – Assenti. – Você conhece a história do Lui e do meu irmão. – Confirmei. – Então eu quero a sua sinceridade sobre onde você entra no meio dela.

E nos próximos minutos narrei o acaso que me fez chegar na vida daquele casal. Bernardo não me interrompeu em nenhum momento, ele era um gigante muito educado.

Falar sobre tudo que aconteceu foi como se estivesse tendo uma perspectiva de outro ângulo da minha vida, depois do meu padrasto, nunca tive tanta ajuda como agora. Eu cresci na periferia mais me forcei a sair dela, estudei e adquiri conhecimento para ser uma excelente profissional, mas o sistema é injusto, nenhuma chance real me foi dada. Talvez se tivesse ficado no Rio teria crescido na primeira empresa que entrei, ou talvez não. Visto que o projeto que criei foi dado para outra pessoa apresentar.

São Paulo era a terra das oportunidades, e aqui estou tendo que me explicar o porquê estava trabalhando de faxineira na casa de um casal maravilhoso, mesmo pós-graduada.

Bernardo não parecia me julgar, mas tampouco falou algo para acalmar meus ânimos. Quando o silêncio se estendeu por mais tempo do que o bom senso pede, ouvi ele se posicionar.

-Minha família é tudo para mim, Olivia. – falou. – Benício é o filho mimado, e uma parte desse mimo veio de mim também, que queria companhia para brincar e crescer juntos. O defendi com afinco, e até as pessoas que viraram as costas para ele quando se assumiu, teve o mesmo tratamento da minha parte. Se não o aceitavam, não precisava me procurar mais. – Acompanhei seu raciocínio. – Agora ele está casado com um cara espetacular, pois o Lui que coloca juízo nele, e você de repente aparece. Então eu quero saber de você, se é isso mesmo que quer? Porque, eu vou continuar a virar as costas e talvez quebrar algumas caras se mexerem com meu irmão e meu cunhado. Preciso ter certeza de que você não vai fugir quando os primeiros obstáculos chegarem, porque vai chegar.

-A Pérola é tudo que tenho, Bernardo. Me foi dado um presente quando descobri que estava grávida. Então eu te entendo quando o conceito é família, mesmo tendo uma infância de merda. Entendo sua defesa ao seu irmão. Eu não posso dizer que não vou fraquejar, porque sou humana e não tenho uma rede de suporte para me auxiliar quando eu quiser. – falei. – Eu fui obrigada a amadurecer rápido demais, a cuidar de uma casa e me sustentar antes de ter idade para se quer votar, mas escolhi lutar ao invés de me vitimizar. Eu aceitei trabalhar na casa deles, porque não posso sonhar em ver a minha filha passando fome.

Suspirei, pois não era fácil lembrar tantas coisas difíceis que passei. Eu poderia simplesmente não provar nada para aquele homem na minha frente, mas Bernardo, era a família de um dos homens que estava envolvida, então se aquilo que estávamos vivendo não desse certo, ele era a pessoa que ajudaria o Benício a se manter de pé.

-Então a minha resposta a sua pergunta é, eu estarei com o Benício e o Lui enquanto eles me quiserem e pretendo lutar cada batalha que encontrar pelo caminho.

Bernardo deu um sorriso de lado e senti que ele acreditou em minhas palavras.

-Bem-vinda a família, cunhada. – falou. Nos levantamos e seguimos para a porta, meus seios já pesavam, minha pretinha queria mama. Bernardo para implicar com o irmão, colocou o braço no meu ombro e abriu a porta para ele ver. Bene estreitou o olhar para ele, mas o choro da Pérola quebrou o clima. Perguntei se podia usar sua sala para amamentá-la e ele deixou. Os irmãos ficaram de fora enquanto cuidada das necessidades da minha filha.


Temos mais um aliado para o nossos amores.

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Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora