Uma mãe solo, desesperada por um emprego. Um casal fofo com relacionamento estável. A vida tem certas situações pelas quais não estamos preparados para lidar. Mesmo sendo de mundos diferentes, eles se encontraram e nada nem ninguém poderá impedir es...
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Convidei todos para jantar, mas Nataly precisou ir embora e ficou somente a nossa família. As mulheres foram para a cozinha e os homens na sala conversando.
-Bento está tão nervoso com o teste, e ainda falta tantos meses. – Helena começou. – Ele fica nervoso e me deixa nervosa também. Mas, estou feliz por ele ter escolhido algo. Achava que a música era uma fase, mas me enganei. Só que ele é tão tímido.
-O Ben só precisa dos incentivos certos para conquistar o que deseja. Ele gravou uma música e achei tão linda. Uma pegada mais romântico, ele falou que escreveu e gravou sozinho no quarto dele.
-Tenho um artista em casa e não sabia. – falou empolgada.
-Ele vai se sair bem.
-Vai sim.
-Ele me pediu se você podia acompanhar ele na audição.
-Eu? – Até assustei, pois não tínhamos falado sobre isso em nenhum momento. Além de não ter passaporte e muito menos o visto para entrar em território americano.
-Sim. Meu menino gosta muito de você e se sentiu seguro na sua presença. Você faria isso por mim. Acompanharia ele?
-Eu preciso providenciar os meus documentos e os da Pérola.
-Vamos correr atrás disso. Mas, não fala com ele que te contei. – Sienna riu e eu também. Bia estava distraída, e precisava saber o que se passava na cabecinha dela. Na quinta-feira teríamos um momento com a Alice, mas ela viria mais cedo e talvez ela falasse algo.
Falamos mais algumas besteiras, e eu mesmo constrangida perguntei a Sienna qual seria o melhor contraceptivo para usar durante a amamentando. Ela me deu algumas indicações, mas a melhor opção era um comprimido de uso contínuo. E amanhã mesmo começaria o uso dele. Pois, queria meus amores por completo.
Os dias seguintes foram corridos, e Bene ainda mandou uma equipe para montar o quarto da nossa filha, seria uma obra rápida, mas ele não me deixou entrar no lugar, antes de finalizar. Bufei, mas aceitei a imposição dele.
Bia chegou após o almoço, conversamos um pouco sobre a viagem dela para Londres, mas que não estava muito empolgada. Esperei ela contar sobre tudo que precisaria fazer durante o período da viagem. E quanto menos esperava, ela estava chorando, levantei do meu lugar na mesa e a fiz levantar também a abraçando apertado.
Quando se acalmou suficiente para falar, ela disparou tudo que estava engasgado e que tinha guardado por tempo demais.
Estava chocada com a sua história, mas estava mais ainda com tudo que ela pensou em fazer e chegou a tentar fazer com a própria vida.
Hoje ela estava fazendo terapia, mas ela só ficaria bem de verdade quando saísse do mundo da moda.
-Você está no caminho certo, Bia. E a sua família deveria saber o que você me falou.
-Você sabe o marido que tem. – realmente conhecia meu neném, e sabia que ele não deixaria quem feriu sua irmã sair impune. – E o Bear então. Ele sairia quebrando todos no caminho. – falou. - Eu nunca me perdoaria se eles fossem prejudicados pelas minhas falhas.
-E se você tivesse morrido, eles ficariam muito pior.
-Mas, eu não morri. Sou a metade do que eu um dia sonhei ser. Eu fui quebrada de forma irremediável.
-Um dia alguém vai remendar cada um dos seus pedacinhos.
-Tenho minhas dúvidas.
-Você chegou a encontrar o seu salvador novamente?
-Não. Ele apenas pagou a conta e sumiu sem se despedir ou me dizer seu nome para agradecê-lo adequadamente. – falou. – Às vezes penso que ele foi fruto da minha imaginação.
-E como ele é, na sua imaginação?
-Ele é um homem um pouco mais alto que eu, cabelos raspados, barba aparada, e estava vestido de forma elegante.
-E o que mais? – perguntei curiosa.
-Ele é um homem com o mesmo tom da sua pele. – suspirou. – Mas, quanto mais o tempo passa, eu vou perdendo os detalhes dele. Tenho medo de um dia o esquecer de vez. – Bia ficou triste de repente. – Só queria um dia agradecê-lo mesmo. – Se ela o encontrar um dia, não ficaria só em agradecimento.
O interfone tocou e era a minha amiga Alice, apresentei as duas e entramos em outro assunto, pois eu era a única a saber o segredo da minha cunhada.
Alice ainda estava sofrendo o luto, mas estava tentando o máximo ser forte para seu próprio bem.
Apresentações feita logo estávamos falando assuntos banais e fiquei feliz pelas duas se entenderem rapidamente.
Meus caros leitores(as) o segredo da Bia não será contado neste livro, mas já podem ter uma noção sobre ele. Beatriz terá sua própria história, que será lançado no futuro. E nem preciso dizer quem é seu salvador. rsrsrs.
Beijinhos e nos vemos no sábado para mais uma maratona.
