Capítulo 73

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         Subi para um banho junto com Olivia, mas ela estava tão cansada que vi o quanto de tensão estava em seus ombros

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Subi para um banho junto com Olivia, mas ela estava tão cansada que vi o quanto de tensão estava em seus ombros. Ensaboei seu corpo sem segundas intensões.

-Lui, sei que prometi ficar aqui até conseguir alguém para manter a casa organizada, mas quero muito ajudar a clínica.

-O Bene fez um cadastro em uma agência de emprego, vamos tentar arrumar alguém o mais breve possível, não se preocupe com isso, meu Amor.

-Seu pai me contou sobre a sua família. Por que você quis trabalhar com eles? – suspirei, não queria falar sobre esse assunto, mas ela merecia saber.

-Leon é meu primo, e irmão do Alec. – comecei. – Nós dois temos a mesma idade. E por um tempo estudamos juntos. No nosso primeiro contato tivemos um estranhamento, já que não frequentava a sua casa, mas conseguimos resolver sem envolver nossos pais. Chegamos a andar na mesma turma e participar de atividades em grupo, até que um dia ele sofreu um acidente na escola e os pais dele vieram para verificar o filho, eu estava lá quando eles chegaram, meu tio me reconheceu e não falou nada. Meu primo ficou 3 dias afastado, e ao voltar ele simplesmente se afastou de mim. Até foi trocado de turma. O confrontei e ele falou que não iria se misturar com o outro lado da família. Eu tinha dez anos e nem sabia o motivo da rixa, meus pais me preservavam. Foi neste dia que soube um pouco sobre o motivo da divisão, mas não achava justo, pois não tinha culpa daquilo.

Na nossa formatura tivemos uma festa promovida para todas as turmas, meus pais foram, os dele não. Engolindo o orgulho fui até ele e tivemos uma conversa e falamos sobre diversos assuntos, mas nunca sobre o nosso afastamento. Ele foi para Melbourne e eu coloquei uma mochila nas costas e fui viajar com o Bene. Tivemos um ano sabático. Voltei a ver meu primo antes do casamento dele com a Camille, e nos afastamos definitivamente na fatídica noite do seu enlace. Meus familiares me fizeram de palhaço por ter assumido meu romance. – Olivia colocou a mão na boca em choque. – Dei o troco, dando o maior beijo pornográfico na frente de todos os repórteres que cobriam o evento. Fui a primeira página das colunas no dia seguinte, ofuscando o brilho da noiva. – Ri.

-E como foi parar no hospital depois de tudo?

-Meu avô me fez uma proposta irrecusável de salário e não me vanglorio disso, mas o motivo de ter aceitado a vaga foi para saber se um dia eles me aceitariam pelo que eu sou, e não pelo que eu amava. E foi com muito pesar que descobri que eles não amavam ninguém, nem a si mesmo. – Encostei minha testa na dela e fechei os olhos. Agradeci que Olivia não falou nada e não me julgou por ser tão fraco. Apenas passou as mãos por meu pescoço e me abraçou de forma acolhedora.

Saímos do nosso banho e depois de vestidos descemos para jantar a comida que havia chegado. Aquela noite apenas dormimos abraçados, tínhamos muito trabalho para fazer na clínica.

Quinta e sexta foram a repetição da correria, Olivia realmente mostrou seu poder de negociação com os hospitais e agendou reunião com cada um dos responsáveis para a utilização das suas dependências. Alguns dos médicos da clínica não viram com bons olhos as mudanças, mas meu pai deixou claro que aquilo era temporário que em breve teríamos algo definido. E que nem todos as especialidades ofertadas na Bem-estar seria afetada pelo encerramento com o Italian.

Olivia foi apresentada como administradora da clínica, meu pai continuaria como sócio majoritário, mas as resoluções, negociações e gestão financeira passaria pelas mãos da Olivia daquele momento em diante. Sim, houve burburinho e fofocas e meu pai pediu que cada um mantivesse sua opinião para si.

Uma auditória seria feita em breve, a clínica entrava em uma nova era.


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Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora