Capítulo 17

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Mamãe me enviou uma mensagem assim que deixou a minha casa, isso foi bem depois do almoço. – Vamos ter uma conversinha em breve, pode esperar a minha visita, bebê.

Deus sabe que amo a dona Helena, mas ela consegue ser o pior pesadelo de todo filho. Ela enxerga as coisas anos antes de acontecer, e não estou exagerando, viu algo entre meu marido e eu, antes de nós mesmo. A minha amizade com o Lui veio do maternal, estudamos na mesma escolinha e na mesma sala a vida toda, exceto na faculdade, pois estávamos em cursos completamente diferente, eu tinha pavor de sangue e passei longe das ciências humanas. No começo achei que ele também se afastaria da área, já que ele tinha mágoas no passado com a profissão dos pais e familiares dele. Mas, errei feio. E ele é um excelente médico diga-se de passagem.

Assim como ele, tenho tios de merda, que são gananciosos e esnobes. Sim, nós somos privilegiados e nascemos em berço de ouro, mas nada justifica algumas atitudes. Ainda acho o Lui corajoso por continuar trabalhando com alguns parentes dele, por mim já tinha mandado todos para a puta que pariu. A família dele é dona de uma conceituada rede de hospitais, o pai dele é um dos acionistas, mas não atua no conselho. Ele tem a própria clínica, e que está em crescimento acelerado. Espero ver meu marido trabalhando somente nela no futuro.

Meus pais trabalham lá também, e são sócios, mas não fazem questão nenhuma de participar da gestão. O negócio do meu pai é somente atender aos seus pacientes, e pronto. Minha mãe é herdeira de um império hoteleiro, mas foi deserdada pelo pai dela, pois não quis ser uma socialite e recusou um casamento arranjado. Ela conheceu meu pai na faculdade e antes do segundo ano já estava morando com o amor da sua vida. O avô a ajudou a bancar o restante do curso e ao morrer nomeou ela como única herdeira. Seu próprio pai e tios entraram na justiça e perderam feio. Ela após a vitória nos tribunais, meteu a empresa nas bolsas de valores e vendeu tudo para um grupo Arabi. Meus avós nunca a perdoaram e nunca se quer conviveram conosco. Já os meus avós paternos eram um amor, e moravam em uma cidade no interior, onde passei boa parte das férias na infância. Pelo menos uma vez por ano vou lá vê-los.

O tempo virou e recolhi meus objetos pessoas, antes mandei um e-mail para toda a equipe, pedindo para irem mais cedo para casa. Estava encerrando o atendimento por hoje.

Peguei um engarrafamento infernal e avisei Lui sobre a minha localização. Por sorte não houve nenhum acidente no caminho. Mas, foi só ver o carro do Lui mau estacionado e o da Olivia na garagem que meu coração acelerou no peito. Algo de errado tinha acontecido.

Subi as escadas da garagem de dois em dois degraus e vi a sala vazia, mas estava com todas as luzes acessas e ouvi antes de ver o som doce da princesinha. Elas estavam em casa, graças a Deus.

-Olivia? – me aproximei da cozinha e vi ela mexendo nas panelas, estava distraída e não tinha percebido a minha presença.

-Ah. Oi Benício. Boa noite. – falou mexendo em uma panela no fogão. – Nem te ouvi chegar.

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora