Capítulo 81

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         Que a liberação de um corpo é burocrática eu já sabia, mas já passava da meia noite, quando enfim tinha entregado os papeis para a funerária e segui para o apartamento da Alice

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Que a liberação de um corpo é burocrática eu já sabia, mas já passava da meia noite, quando enfim tinha entregado os papeis para a funerária e segui para o apartamento da Alice. Estava muito cansado, e Bene não estava diferente. Bene informou para o Victor que não trabalharia na segunda-feira e meus pais fizeram o mesmo com a clínica, afinal Alice fazia parte do grupo de funcionários.

Alice estava dormindo quando chegamos, Olivia abriu a porta descabelada. Ela me abraçou e selou meus lábios, logo passando para os braços de Bene. Entramos e perguntei como Alice estava.

-Ela está descansando um pouco. Deixei a Pérola no quarto dela, em um colchão no chão. – falou ainda nos braços dele. – E como ficou resolvido as coisas?

-Os corpos já foram para a funerária, mas precisamos saber sobre onde a Alice deseja enterrar seus pais.

-Ela me falou que o cemitério municipal é o mais fácil, mas o velório será aqui no centro comunitário do bairro. O Jarbas, síndico do condomínio conseguiu o local, estamos aguardando somente a confirmação do horário.

-Precisamos do cartório aberto. Porém a Alice vai precisar ir para assinar os documentos. – Bene falou. – Vou acompanhar ela.

-Vocês precisam descansar um pouco. Vão para o meu apartamento e durma um pouquinho. Assim que a Alice acordar, ligo para vocês.

-E você?

-Vou ficar aqui com a minha amiga. – falou firme. – Deve ter uma camada de poeira, mas vocês vão dar um jeitinho. – Fez um carinho no meu rosto e me beijou. – Obrigada, meus amores. – Nos abraçamos no meio daquela sala e sabíamos que estaríamos juntos nas alegrias e tristezas.

-Juntos sempre. – Bene falou. Olivia entregou a chave do seu apartamento e descemos para tomar um banho e descansar por algumas horas. O dia seria longo.

E foi mesmo, os familiares de Alice chegaram e já auxiliavam em tudo que era preciso para o tempo do velório. Amigos, familiares e colegas de trabalho do pai dela lotaram o lugar. Meus pais e meus sogros vieram também, assim como a maioria dos funcionários que trabalhavam com gente.

Alice optou por algo mais curto, pois ela não aguentava mais ter que responder perguntas que faziam e na qual não queria falar. As pessoas não tinham senso. Olivia ficou no apartamento com a amiga, mas o lugar estava muito cheio, então Bene e eu ficamos com a nossa filha no dela. Vez ou outra ela descia para amamentar e saber como estávamos. E aproveitava o tempo e arruma algumas coisas que levaria para a nossa casa. Ela precisava descansar, mas não conseguia desligar sua cabeça da situação da amiga.

-E quanto ao rosto da Alice, amor? Eu entendi bem, ela foi agredida pelo namorado? – Bene perguntou para nossa garota.

-O idiota que estava saindo com ela e que não quis a assumir devido ao seu peso. – falou. – Ele foi um covarde, ela só queria um encontro, mas preferiu a ofender e dar um soco nela do que sair com ela em público. Os dois estavam juntos a mais de três meses.

-Que imbecil. Ela vai denunciar, certo. – Bene falou.

-Ela não quer. – Bene abriu a boca para questionar. – Eu não posso forçá-la a nada, Amor. – Aquela simples palavra o calou. – Alice tem uma baixa autoestima e se sente culpada pela perda dos pais, então preciso ajudá-la a lidar com uma coisa de cada vez. – Completou. – O Igor vai pagar um dia, você pode ter certeza disso.

-Espero que não esteja pensando em fazer justiça por ela.

-Vontade é que não me falta. Mas, sinto que ela vai conseguir fazer isso por ela mesma. – Olhei para o meu marido e dei de ombros. Confiaria nas palavras da nossa mulher.



Demorei mais cheguei com o novo capítulo. Amanhã volto com mais.

Votem, comentem e me sigam. Beijinhos.

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora