Capítulo 103

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Começamos a semana sendo alvo de mais e mais notícias

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Começamos a semana sendo alvo de mais e mais notícias. O meu avô tentou de tudo para jogar o foco sobre a minha relação novamente, mas Nataly mexeu os pauzinhos e jogou insinuações sobre a overdose da minha tia. Pedi ela para poupar meu primo, pois ele estava no hospital. Ela informou que seria bom ele fazer a saída dele de uma vez, pois o divórcio dele seria estrondoso na mídia. Conversaria com meu primo sobre o assunto.

Conversei com meus amores, e Olivia me contou sobre a ousadia do seu pai, e agradeci por ela não estar em casa sozinha. Ela estava bastante emotiva.

A cercamos com todo o amor possível. Bene ficou com ela no dia seguinte, Bia não poderia. E eu tinha o trabalho voluntário para fazer que ela tinha conseguido com o centro comunitário.

O lugar lotou de pessoas e atendi mais de 30 crianças o dia todo. Foi gratificante. Distribuímos as orientações para todos que quisessem ter desconto na clínica. A Olivia tinha criado formulários específicos para esses pacientes junto a TI.

Meu pai, minha mãe e meus sogros fizeram atendimentos também. E me senti energizado por dar aquelas pessoas a atenção que mereciam.

Aquela noite fui recompensado amando a noite inteira meus amores. O dia seguinte seria a entrevista e precisava me preparar psicologicamente, mas por eles eu iria até o inferno e voltava.

Estávamos prontos para a entrevista, Luise foi de uma simpatia que nos fez super a vontade com seus comentários diretos e um pouco mordaz.

-Porque acha que o relacionamento de vocês foi um assunto amplamente divulgado, Olivia? – Luise perguntou.

-Luise, a princípio tudo que foge a normalidade da conduta moral é amplamente julgada e condenada. Então a falta de algo para noticiar, faz com que o ser humano aponte o dedo em nossa direção. – Olivia respondeu segura. – Não é necessariamente por estarmos em um relacionamento à três, mas é o fato de estarmos bem nesse relacionamento que incomoda uma grande maioria.

As perguntas giraram em torno de ciúmes, curiosidades sobre nosso dia a dia, se entraríamos na justiça para conceder nosso direito ao casamento – o que prontamente dissemos não. Houve a questão da militância sobre os direitos humanos para pessoas que também viviam como nós.

-Não estamos aqui para levantar nenhuma bandeira, Luise. Até porque, nossa sociedade é muito volátil. Temos pessoas que vivem uma vida inteira como casal e por um descuido no caminho destrói tudo que foi construído. Tem outros casos em que começam com tantas flores, mas o perfume só disfarça a podridão que existe por baixo. A Olivia entrou na nossa vida, dita perfeita, mas de perfeita não existia nada. Algo faltava e esse algo era essa mulher que entrou na nossa casa arrastando tudo que achava correto. – Bene falou com aquele jeito brincalhão dele. – E se parar para pensar nem era tão correto assim para os mais conservadores. Lui e eu já tínhamos uma história de 10 anos juntos.

Ela ainda perguntou um pouco sobre as nossas personalidades e defeitos. Respondi alguns deles, e eles pontuaram os meus, rimos nessa hora, pois estávamos bem sincronizados um com o outro.

Luise ainda falou sobre outros casos acontecendo no Brasil e no mundo parecidos com o nosso, falou sobre questões culturais e religiosas mais sem impor nada e nem causar desconforto. E nos desejou felicidades para a nossa família, e agradeceu o tempo que cedemos. Em alguns dias a entrevista iria ao ar.

Fora das câmeras apresentamos nossa filha e enfatizamos novamente sobre manter ela fora das notícias.

Dr. Silveira tinha conseguido nossa primeira audiência para o registro da Pérola e esperava que tudo corresse bem até lá. Com sorte o novo documento dela sairia antes do meu aniversário.

Voltamos para a nossa casa com a sensação de dever cumprido.

Victor teve alta no dia seguinte, e como as meninas novamente marcaram a noite delas, fomos visitá-lo em seu apartamento. Leon estava lá. Cumprimentei meu primo e conversamos um pouco sobre sua situação.

-A Camille aceitou assinar os papéis sem escândalo, em troca pediu para manter suas indiscrições em absoluto sigilo. Fiz um acordo de dar para ela uma pensão por três anos, um apartamento que tenho alugado e o carro que ela usa que está no meu nome. – falou.

-Ela aceitou fácil. Que estranho.

-Digamos que levei na reunião dos advogados as fotos dela junto do nosso primo e ele não gostaria que esse material vazasse na impressa.

-E o apartamento que você mora?

-Estou ficando nele, mas vou vender. Quero algo novo para a vida com o Victor. – sorri, mas Bene foi rápido e alfinetou ele.

-Foi expulso de Nárnia, Leon. – ele recebeu como resposta o dedo do meio do meu primo. E o restante da visita foi uma troca de farpa entre eles, mas já era algo que teria que me acostumar, Victor era uma pessoa importante para o Bene e Leon estava voltando para o meu convívio.

Percebi que a irmã de Victor estava pálida, perguntei se estava tudo bem e ela apenas respondeu que era indisposição de final de gravidez. Mas, sentia um alerta de que algo não estava bem ali. Conversaria com Leon depois.

Ele pediu para ver uma foto da minha filha e mostreialgumas, a minha princesinha era uma fofura e estava orgulhoso dodesenvolvimento dela. 



Entrevista feita. Leon e Lui tentando manter um convívio. E vocês se preparando para se despedir dos personagens. rsrsrs.

Publiquei o primeiro capítulo da história do Leon, "Meu castelo de cartas". Vão lá conferir.

Votem e comentem. Bjs

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora