Capítulo 44

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         -Seu pau vai ser gasto com mais frequência agora, irmãozinho

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-Seu pau vai ser gasto com mais frequência agora, irmãozinho. – Bernardo implicou, mas estava tão feliz pela aceitação dele, que o deixaria falar o que quisesse.

-E como. – respondi olhando para a porta fechada na minha frente. – Você tem certeza de que a solução que deu para a Olivia vai ajudar?

-Espero que sim. Eu conferi o documento do carro no sistema e está legalizado e pago, mas se um dia ela tentasse vender, ela poderia até ser presa por receptação ou algo pior.

-Minha vontade é quebrar a fuça desse infeliz. – falei frustrado. – Ele deve ter feito isso de proposito.

-Provavelmente, mas se ela não quer procurar o responsável não há muito mais o que fazer.

-Ele a pediu para aborta a filha, o canalha deu dinheiro e agendou horário em uma clínica clandestina.

-Porra. Isso é que chamo de canalhice. – Seu telefone apitou com uma mensagem, que ele olhou e ignorou.

-Bear, o que está acontecendo com você?

-Nada, por que a pergunta? – sorriu, mas estava forçado.

-Eu sei que sempre cuidou das minhas costas, mas estou aqui para cuidar de você também irmão. Não se feche de novo.

-Bene, você tem problemas para resolver agora, problemas em dose dupla, então não se preocupe comigo, sou um homem feito.

-Você é meu irmão antes de ser um homem feito. – falei. – Não se coloque em segundo plano, minha filha precisa do tio por inteiro. – Sorri e apertei seu ombro. Somos quase da mesma altura, mas ele era uma montanha de músculos e eu era o tipo esguio.

-Aquela fofura me ganhou só com um olhar. Deus, você me fez tio de verdade.

-Sim, titio, parabéns.

Saímos da oficina depois que Olivia trocou número de telefone com meu irmão. Seguimos para o nosso passeio no parque, mesmo a minha cabeça sempre voltando para o fato de Olivia ter um carro com chassi falsificado.

Conversamos sobre a melhor forma de fazer esse boletim, visto que tínhamos na cidade um sistema de rodízio de placas e neste caso precisaríamos usar o final de semana como forma de saída sem levantar suspeitas.

Confiaria no meu irmão que aquela solução seria adequada. Estacionei em uma vaga no setor leste e aproveitamos alguns eventos que estava acontecendo no momento, apresentações circenses e danças, apreciamos as crianças pintando seus rostos e saindo correndo com bolhas de sabão em cima de suas cabeças.

-Quando a Pérola estiver andando seremos nós a correr atrás dela para todos os lados.

-Ela já está virando na cama, não demora muito e vai estar engatinhando e quando piscarmos vai andar e correr.

- O que você pensa para a educação dela, Baby? – perguntei.

-Eu quero dar a ela uma boa escola, mas sei que preciso a cercar com alguns preconceitos que sei que ela vai receber no decorrer da vida. – falou. – A escola é o pontapé para a discriminação, então preciso de um lugar que realmente vai cobrir a diversidade.

-Muito bom. Realmente a diversidade precisa ser levada em conta.

Falamos sobre a parte cultural, e idiomas que ela gostaria que a filha explorasse. Comentei que o Lui tinha cidadania italiana pelo lado paterno e alemão no lado materno. Então nossa filha precisaria aprender esses dois idiomas, além do inglês. Ela falou que ensinaria a filha um pouco de japonês, pois queria manter viva o que o padrasto a ensinou.

-Nossa menina não sabe falar ainda e já planejamos que ela seja poliglota. – rimos juntos.

-E você quais idiomas fala? – ela perguntou.

-Inglês, espanhol, italiano e mandarim.

-Porra. – ela falou. - Vou precisar voltar a estudar para alcançar você. E o Lui?

-Certeza que quer a minha resposta. – brinquei.

-Sim.

-Inglês, espanhol, alemão, italiano, mandarim e francês. Além de falar a linguagem de libras. – Olivia estava de boca aberta, mas assim era meu marido, estudioso ao quadrado.



Mais um capítulo para meus leitores amados. E dedico esse capítulo a uma leitora que comenta sempre nos capítulos. Obrigada, flor.

Votem e comentem. Beijinhos

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora