Uma mãe solo, desesperada por um emprego. Um casal fofo com relacionamento estável. A vida tem certas situações pelas quais não estamos preparados para lidar. Mesmo sendo de mundos diferentes, eles se encontraram e nada nem ninguém poderá impedir es...
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A festa entrou madrugada adentro. Não tivemos nenhuma ocorrência de brigas ou situações desgastantes, os convidados tinham sido bem selecionados. Me chateei pela distância que Olivia deu. Lui estava tranquilo quanto a isso, mas eu não fiquei receptivo com a situação.
Quando o último convidado foi embora, e a equipe de limpeza estava trabalhando a todo vapor, entrei para dentro da casa e vi Lui e Olivia sentados no sofá. Ele tinha o braço sobre o ombro dela e fazia um carinho em seus cachos soltos. Sorri, pois amava aqueles dois com a minha vida.
-Ei neném, vem sentar um pouquinho com a gente. – Olivia esticou a mão e fui para o seu lado.
-Não gostei de ficar longe de você na festa, Baby. – falei.
-Amor, também não me senti bem por estar longe. – Fez um carinho em meu rosto. – Mas, o brilho era para a Bia, e a maioria das pessoas aqui presente sabem que vocês são casados.
-Eu não quero ter que esconder o que vivemos.
-E não vamos, Bene. – respondeu. – Mas, temos que ir com calma e ter cautela. Eu estou trabalhando na clínica e já recebo olhares tortos por chegar com o Lui. Ninguém ousou perguntar nada, por receio ou medo. Estou mantendo a cabeça erguida, mas as vezes é bem difícil ser alvo de fofocas.
-Amor, a Olivia tem razão, não estamos escondendo nada, mas também não precisamos impor para as pessoas que aceitem o nosso relacionamento. Somente a nossa opinião importa, lembra?
-Ok. Certo, mas no meu aniversário quero você colada em mim, está me ouvindo. – falei já beijando sua boca e engolindo seus gemidos.
-E vai ser uma festa grande? – falou suspirando ainda de olhos fechados.
-Não tão grande, mas o suficiente para dar o que falar? – repliquei e pisquei em sua direção.
-Deus me ajude.
-Anota aí, Amor. Sete de dezembro.
-Está havendo pulos nessa agenda, Benício. – Lui falou azedo.
-Nosso homem velhinho faz aniversário no dia 30. Uma semana antes do meu.
-Sério que você está me chamando de velho?
-Você é o mais velho, então sim, estou te chamando de senhor.
-Vou mostrar daqui a pouquinho quem é o senhor. – respondeu.
-Nada disso. – Olivia entrou no meio. – Estamos na casa dos seus pais Bene. Hoje vamos apenas dormir abraçadinhos. – fiz um bico e Lui uma careta, mas não conseguiria convence-la do contrário, nossa mulher era teimosa.
Nataly, a assessora da minha irmã, entrou na sala acompanhada de Bia e as duas estavam com expressões estranhas no rosto.
-Bene, a foto de vocês já vazou na internet. – Bia falou e Nataly passou o tablet que tinha em mãos para vermos. A matéria era bastante ofensiva, citando traição no mesmo ambiente que o traído estava.
Outra página já citava relação aberta, e que o neto de Archie Gregorinni tinha uma filha com a mulher da foto, segundo fontes seguras.
Amizades coloridas, mãe de aluguel. Houve tantas informações que o aniversário em si mau foi citado.
Olivia se levantou e andava de um lado para o outro estalando os dedos. Lui a abraçou e falou algo em seu ouvido. Ela circulou os braços em seu pescoço e suspirou. Me levantei também, só nossa opinião importa.
-Nataly, sua equipe estaria disposta a aceitar nós como seus clientes para a contenção de danos? – Lui me encarou e Olivia também.
-Claro Benício. Já deseja emitir uma nota?
-Não. Quero uma equipe aqui ainda hoje. Falarei com nosso advogado e faremos um contrato. E emitiremos em conjunto os fatos para serem esclarecidos de uma vez.
-O que você pretende, Bene? – Olivia Perguntou.
-Não vou dar armas para eles atirarem. Vamos abri de uma vez nossa relação para quem quiser saber. – Falei sério.
Nataly concordou e marcamos a reunião para as duas horas do domingo. Enviei mensagem para o Dr. Silveira e aguardaria a resposta dele.
Meus pais e os pais de Lui já estavam sabendo de tudo e estariam presentes para nos apoiar. Precisávamos descansar o suficiente para a enxurrada que viria logo a seguir.
-Bene. – Olivia falou insegura. – Como fica a Pérola?
-Como assim? – perguntei já sem a camisa que tinha acabado de tirar.
-Eles vão cavar até achar algo para falar. Ela não tem o registro de um pai, o André pode vir em cima de mim e descobrir que não fiz o aborto.
-Acabamos adiando essa conversa, mas agora ela é necessária. Nós dois não podemos colocar ao mesmo tempo os nossos nomes no registro dela, então gostaria de saber se o Lui pode ser o pai na certidão. Ela já é uma Gregorinni de Albuquerque, só passaria a ser no papel também. – Vi seus olhos brilhando com lágrimas. – A partir do momento que você entrou na nossa casa eu sabia que não existia mais Lui e Bene sem a Olivia e Pérola. Nós somos família e nada e nem ninguém vai mudar isso, meu Amor.
-E o André não vai se aproximar, você tem provas contundentes contra a conduta dele. – Vi ela confirmar. – Amanhã já damos andamento na mudança de registro da nossa filha.
Abracei Olivia e Lui ao mesmo tempo. Nada mudaria o quetínhamos formado em tão pouco tempo.
Olha quem chegou com capítulo para a alegria geral.
Já conseguem ter a dimensão do que nosso trio vai receber de agora para frente, certo?
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