Capítulo 24

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Definitivamente não estava preparada para esse tornado na minha vida, um não, dois

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Definitivamente não estava preparada para esse tornado na minha vida, um não, dois. Se era algo bom ou ruim não sabia ao certo. - Eu te avisei que eles te queriam, sua vaca. - A voz de Alice martelava na minha cabeça.

Lui estava com os lábios umedecidos após o nosso beijo. Foi a primeira coisa que reparei ao abrir meus olhos. Ele sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

-Por que eu?

-Porque não você – Bene respondeu e me virei em sua direção. – Olivia, você entrou naquela porta e bagunçou tudo, mas foi uma bagunça boa.

-Benício, eu não fiz nada. Eu nem sei como parei nessa situação com vocês. – Suspirei com o carinho que Lui fazia em minha nuca. Ele gostava de toques, e foi bom sentir esse contato, enquanto processava os sentimentos conflitantes dentro de mim. Insegurança, medo, tensão e o principal culpa.

Culpa era definitivamente um sentimento que estava me dominando, eles eram um casal a mais de 10 anos e se conhecem a vida toda. Sabem cada defeito e qualidade um do outro e eu vou atrapalhar a relação deles.

-Essa ruguinha é de preocupação. – Bene falou brincalhão.

-Não. É de culpa mesmo.

-Culpa? – Lui perguntou.

-Vocês são um casal e nunca entraria no meio da relação de vocês por curiosidade. Mesmo achando vocês muito foda. – Um sorriso brincou nos lábios de Bene.

-Não queremos ser a sua curiosidade, querida. Queremos conhecer a verdadeira Olivia. Essa que tem uma garra imensa, que carrega mais peso nos ombros do que poderia suportar ou precisar, que veio de outro estado sem conhecer nada e nem ninguém. Essa mulher linda, que não gosta de elogios, mas vai aprender na marra a aceitar eles. – e fez um carinho no meu rosto. – Eu não posso te prometer o mundo, mas posso girar em torno do seu.

-Nós não somos perfeitos, Olivia, temos um monte de momentos tensos, e se você aceitar nos conhecer como somos, podemos aprender juntos. – Lui era tão calmo ao falar.

-E se não der certo e se for demais para vocês. – falei sufocada. – Eu não posso me dar ao luxo de cair em uma aventura. Eu preciso pensar na minha filha. – falei olhando para ela que tinha os olhinhos fechados e ressonava no colo do Bene.

-O que me encantou em você foi o quão disponível está para a nossa princesinha, ela vai ser a criança mais amada do mundo. – Sorri, pois era tudo que desejava. Que ela tivesse uma infância incrível e uma juventude melhor ainda.

-Olivia, sei que é muito para assimilar, mas não estamos aqui para rolar sobre lençóis com você. – Minha mente traidora começou a formar imagens pecaminosas, minhas bochechas ficaram quentes e apertei as pernas juntas. Bene riu e Lui continuou. – Reformulando. Não queremos somente rolar sobre os lençóis. Estamos dispostos a assumir você para a nossa família.

-Eu não estou preparada para isso. – falei de uma vez. Lui abriu a boca para perguntar, mas levantei o dedo em um pedido mudo para que pudesse terminar o que queria. – Minha experiência com relacionamentos não foi das melhores, e eu não tive o melhor exemplo materno. Eu prometi a mim mesma que não trocaria de parceiros como vi a minha mãe fazendo a vida toda. Eu preciso preservar a minha pretinha. Então eu não posso entrar em um relacionamento com vocês.

-Olivia... – Bene estava implorando.

-Eu não tenho nada para oferecer para vocês, que já não tenham. – falei baixo.

-Para de se rebaixar. – ele alterou a voz e minha filha resmungou no seu colo, mas continuou dormindo.

-Não estou me rebaixando, estou sendo honesta com vocês. Eu trabalho para vocês. O que todo mundo iria pensar.

-Não deveria se preocupar com o que o mundo pensa. Já te falei isso.

-Como não me preocupar, se até o Bene deixou claro que não gostaria de ter convívio com pessoas preconceituosas. Que se afastou de pessoas que não aprovavam o relacionamento de vocês. O que acarretaria outra mudança, pois pelo que entendi, antes de engatarem no namoro vocês só tiveram relacionamentos com mulheres.

-Sim, Olivia. – Lui respondeu antes de Bene. – O Bene foi o meu único parceiro homem, e antes dele somente as mulheres me chamavam a atenção. E vou ser honesto com você assim como você está sendo. Nós tivemos algumas noites descompromissadas com outras mulheres. Dividimos uma noite com corpos femininos sem rosto e nome para arranhar uma coceira. Nunca falamos antes em trazer essa situação para a nossa vida cotidiana. Temos uma relação saudável e não pretendíamos mudar isso.

-Até você chegar. – Bene completou.


Vou deixar a curiosidade de vocês serem aguçadas.

Em breve volto com mais um capítulo. Desejo um bom final de semana e que comentem bastante. Sugestões serão bem vindas. E críticas também, pois ajuda no desenvolvimento da minha escrita.

Beijinhos

4/4

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora