Capítulo 71

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         Sai do consultório três horas depois, e subi para o escritório do meu pai

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Sai do consultório três horas depois, e subi para o escritório do meu pai. Olivia estava sentada examinando arquivos, e a Pérola estava longe de ser vista. Deixei um beijo em Olivia e fui atrás da minha mãe e de Helena que estavam como babá.

-Contei para a Bia sobre a Olivia e ela ficou louca para conhecer a cunhada. – Helena falava, não tinha me visto ainda na entrada da sala de descanso. O terceiro andar do prédio era dedicado ao administrativo e uma parte continha o refeitório e os vestiários.

-Bia é um amorzinho.

-Ela chega na sexta-feira de Curitiba, está em um trabalho por lá, e falou que aproveitaria para fazer umas comprinhas para a sobrinha. Enviei umas fotos da Pérola para ela. – Olivia iria ficar maluca. Realmente minha filha precisaria de um quarto somente para as roupas que teria. Ri e ganhei a atenção das duas. – Ei Lui, tudo bem com você? – Helena se levantou e veio me abraçar.

-Estou bem sim. – Respondi e dei um beijo em seu rosto. Fui até a minha mãe e fiz o mesmo. Pérola deu um gritinho ao me ver, e fiz um carinho em seus cachinhos.

-Ainda bem que tive poucos atendimentos hoje, deu para cuidar da nossa bonequinha.

-E eu vim mais cedo para roubar um tempinho com a nossa Pérola. – sorri com a empolgação delas.

-Alonso a conheceu hoje. – falei.

-Ele me ligou e foi por isso que saí de casa mais cedo. O Bento até ficou chateado, pois não o levaria para a escola hoje. Mas, ele não quis vir para a clínica comigo. – Balancei a cabeça imaginando. Bento era o caçula da família, então já deveria estar sentindo seu reinado se desfazendo com a chegada de um bebê. Espero que ele não tenha nenhuma implicância com minha filha.

-E onde ele está?

-Alonso, foi em uma reunião no Italian.

-Como assim?

-Seu pai recebeu um e-mail agora pouco informando o encerramento do contrato de atendimento dos nossos pacientes que necessitam cirurgia. – Minha mãe foi a que pronunciou.

-Porra. – Já me levantei irado. – Tudo isso porque saí de lá, mãe. Nós não temos um segundo de paz.

-Lui, calma. – Ela falou, mas tudo que não conseguia agora era ter calma. – Olivia sugeriu que adiássemos as cirurgias por duas semanas, pelo menos os casos não emergenciais. Pois, esses vamos acionar o meio jurídico para realização. Vamos contactar o Hospital Samaritano, o Rede saúde e o Santa Sofia. Faremos os remanejamentos e vai tudo correr certinho.

-E se não conseguimos alocar todos?

-E se conseguirmos? – Helena falou. – Você está sendo pessimista e não gosto disso, Lui. – Recebi a bronca e voltei a sentar. – O nosso problema é que estamos dando mais atenção ao Italian do que ele merece. Sim, eles têm uma excelente estrutura, mas não são os únicos. Iremos aos pequenos e faremos funcionar, por enquanto. Afinal a única coisa que precisamos dos hospitais, são para realização de procedimentos evasivos. Microcirurgias e aplicações podem ser feitas em clínicas com uti, algo que ainda não disponibilizamos.

-Eu estou tentando assimilar tudo isso.

-Nós também, mas tenho fé que vamos superar esse momento. A Bem-estar é um nome de peso na comunidade e merece ser reconhecida.

Conversamos um pouco mais sobre os pontos a serem considerados, e vi que meu horário de intervalo já estava no fim. Precisava voltar para o atendimento. Helena também desceu comigo e a abracei pelos ombros agradecendo por sempre me colocar nos eixos nos momentos certos.

Resolvemos descer pelas escadas e ouvimos um burburinho no andar abaixo. Estavam fazendo comentários sobre a minha chegada com a Olivia. E Deus, hoje eu precisava de paciência para não explodir com mais ninguém. Helena não pensou da mesma forma.

-Qual o seu nome mesmo mocinha? – Vi ela perguntar para uma jovem recepcionista que estava lá a menos de três meses.

-Joice. – ela respondeu engolindo em seco ao me ver do lado da minha sogra.

-Certo Joice e Luciana, certo? – ela assentiu, pois já estava lá a mais de dois anos. – Vocês por um acaso são a mãe, esposa ou namorada do Dr. Lui para discutirem a vida dele de forma tão enérgica?

-Não dra. Helena. – ambas responderam juntas.

-Pois, não parecia. – falou e o dedo atrevido da minha sogra se fez presente. – Guardem as suas opiniões para vocês, pois é somente isso que elas são, opiniões. Não vai acrescentar nada na vida dele e muito menos na suas.

-Eu sinto muito. – Joice falou. Luciana abaixou a cabeça.

-Espero não ter essa conversa novamente com vocês. Fui clara?

-Sim Dra. – responderam juntas. Eu nada falei, mas meu olhar para elas dizia muito.

Passamos pelas duas, pegamos nossas fichas na recepção e seguimoscada um para o seu consultório.



Surtando aqui com os 7k de votos nessa história. Obrigada a cada um dos meus leitores que estão me dando o gás necessário para continuar com as publicações. Como já falei antes, ela já está completa e o Bear vem logo a seguir. 

Votem e comentem. Beijinhos no coração de vocês.

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora