Capítulo 48

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         Quantas coisas acontecendo em um único dia

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Quantas coisas acontecendo em um único dia. E se estamos nessa sala com o clima carregado é justamente por culpa do tal Alec.

Sienna é uma mulher que se destaca em qualquer ambiente, com a pele tão clara, cabelos escuros e olhos azuis tão intensos. Era mais baixa do que eu, mas poucos centímetros. No primeiro momento achei que ela seria ríspida e até me destrataria, mas aquele sorriso de lado me confundiu um pouco. Não sabia absolutamente nada sobre o casal a minha frente.

-Então é verdade, que agora tenho uma neta? - Foi a primeira coisa que ela falou ao sentar-se de frente a nós três.

-Sim, mãe, vocês são oficialmente avôs. – Lui falou tão seguro que me senti emotiva, mesmo eles tendo feito tudo ao alcance deles para me sentir bem. – Agora você pode se aposentar. – ela crispou os olhos para ele, mas depois deu uma risada tão gostosa quanto a do filho.

-Posso segurar ela um pouquinho? – pediu para mim.

-Claro que sim. – falei e Bene se levantou e com cuidado depositou nossa princesa nos braços da mulher. Sienna passou o dedo no rostinho dela com admiração e carinho. Vi ela falando baixinho algo que não entendi de onde estava. Caleb sorriu também e passou a mão nos dedinhos dela. O homem era tão alto quanto Lui, mas os cabelos dele era de um tom castanho misturado aos grisalhos e os olhos também eram castanhos. Ele tinha um ar mais sério, mas vi um sorriso naquele rosto que me surpreendeu.

-Promessa é dívida. Pode abrir a minha vaga para outra obstetra. – Todos começaram a rir, e Pérola acordou com o susto. Olhou para os rostos estranhos e ameaçou um choro. – Meu Deus, que olhos lindos tem a menina da vovó. – Coloquei a mão na boca emocionada pelo carinho. – Não chora meu anjinho, ninguém nunca vai fazer mal a você, porque a vovó é louca e vai acabar com a raça de quem tentar.

-Já temos uma babá para a Pérola. – Bene soltou e voltamos a uma nova rodada de risos, mas ainda me sentia insegura naquele ambiente.

-Agora me contém como tudo isso começou? – falou voltando a olhar para nós.

Lui falou absolutamente tudo, e Bene revezou com ele no relato. Respondia sempre que alguma pergunta era direcionada para mim. Caleb agora segurava minha filha e fazia um carinho de leve no rosto dela.

Sienna percebeu que minha filha estava um pouco incomodada, e me chamou para levá-la para um dos quartos para trocá-la e amamentar. Ela queria ficar sozinha comigo.

Peguei a bolsa no sofá e acompanhei-a. Sienna abriu a porta de um quarto espaçoso, com uma cama de casal e algumas medalhas, quadros e prateleiras repletas de livros.

-Esse era o quarto do Lui. – falou assim que entramos. O lugar tinha um tom mais jovial, o dono a muito tempo não estava presente naquele lugar que foi mantido intacto. – Fique à vontade, Olivia. – Falou simpática. Me sentei na cama e abri a bolsa para retirar dela o trocador e uma toalha para auxiliar na troca da fralda. Sienna colocou minha filha com carinho no lugar e me indicou a porta do banheiro para lavar minhas mãos. – Você me deu uma neta tão linda. – Ela falou quando estava terminando de trocá-la.

-Sienna, você tem certeza de que se sente bem com essa situação?

-Uma vez quando o Lui veio nos contar sobre a mudança da relação dele com o Bene, meu marido e eu ficamos muito incomodados com aquilo, pensamos no que as pessoas iriam falar, como iriam agir. Aquele foi o nosso maior erro com o Lui, e olha que colecionamos alguns enquanto ele crescia. – falou. – Fui bem negligente com as necessidades emocionais dele, dando muita atenção a minha carreira profissional e buscando reconhecimento, mas trocaria tudo para ter os momentos que perdi. – Suspirou. – Meu filho não se revoltou, ou fez besteira com a vida dele e devo isso a Helena que o acolheu como o quinto filho dela.

-Por isso ele ama toques e carinhos. – falei sem pensar.

-Sim. O Lui é bastante grudento. – ri e ela também. - Confesso que fiquei surpresa quando aquele projeto de narcisista me ligou para falar sobre você e uma filha que eu nem sabia que existia. Contei para Caleb, mas ele não ficou surpreso, então ele já sabia e manteve a informação para o momento certo. Pedi para me falar, contudo só recebi como resposta um pedido para que eu tivesse a mente aberta, pois nosso filho sabia o que estava fazendo.

-Eu nunca me imaginei vivendo algo assim, Sienna. – falei com a minha filha no colo e abaixando a alça do vestido e do sutiã para amamentá-la. – Eu estava bem relutante e na verdade estou com muito medo, a Pérola é minha maior prioridade. Lui e o Bene não me deram espaço para negar a atração que nos ligava.

-Eu senti a energia de vocês no mesmo momento que o elevador se abriu. Posso até arriscar em dizer que eles vão ao inferno por você se assim quiser.

-Eu não quero o sacrifício deles. Mas, estou amando o carinho e a atenção que eles me dão, e a minha filha também. Eu nunca vivi algo tão intenso como tenho vivido está semana.

-Quero que você saiba, Olivia, que estou surpresa, mas que se sinta muito bem-vinda a nossa família. Eu prometo não ser a sogra chata, mas gostaria muito de poder fazer parte da vida da Pérola. Para mim ela já é a minha neta, não importa o que aconteça. – falou emotiva. – Ela vai ser a criança mais mimada da face da terra. – falou e admirou o ressonar dela ainda mamando.

-Deus me ajude. – Brinquei. Falamos um pouco sobre o que eu desejava profissionalmente, e como pretendia educá-la. Trocamos figurinhas sobre a introdução da mamadeira e chegamos a parte do sexo, na qual fiquei constrangida, mas ela estava sendo toda médica ao conversar comigo sobre prevenção. Pois, tinha comentado sobre não pensar em uma gravidez tão cedo.

-Minha neta merece um irmãozinho. O pai dela, aliás os dois são muito mimados. – Ri, pois realmente o Bene conseguia ser ainda pior que o Lui, que era filho único.

-Por enquanto não falaremos sobre o segundo, ok. – Coloquei minha pretinha em pé e ela arrotou rapidamente. Passei ela para o colo da avó e voltamos para a sala, onde os homens falavam sobre o embuste.

-O Alec, me odeia e não faço ideia do porquê?

-Seu primo é um imbecil, com o pinto pequeno.

-Bene. – Todos nós falamos ao mesmo tempo, ao ouvir o que ele disse.

-O que foi. Ele é o tipo de ser que usa sua fúria para descontar a falta de algo. Dinheiro não é o caso dele, então somente a falta de atributos para fazê-lo ser assim. – respondeu. – Ou ele tem algo muito grande entalado no...

-Bene. – Falamos novamente, mas todos estavam gargalhando agora.

-Se a Helena estivesse aqui, sua orelha estaria ardendo neste momento, Benício.

-Gostaria muito de ter a minha mãe aqui. Aceitaria o puxão de orelhas numa boa. – falou triste.

-Helena sabe? – Sienna perguntou, e me encolhi ao lado dela. Lui esticou a mão para me acolher, mas me sentei no meio dos dois, em respeito ao seus pais.

-Sim, mãe. Ela sabe e não levou muito bem. – Lui respondeu. – Ela pediu um tempo para assimilar as coisas.

-Oh shit. – falou e o marido a olhou estranhando a atitude dela. – Preciso fazer uma visita urgente a minha amiga.

-Deixa ela aceitar no tempo dela, Si. – Bene falou, mas era o mais sentido naquela situação.



Então começando nossa maratona de final de semana. Teremos 5 capítulos hoje e 2 amanhã.

Esse eu dedico a uma leitora que sofre de ansiedade crônica. rsrsrs. Espero que goste deste capítulo, flor.

Votem, comentem e me seguiam. Beijinhos

1/5

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora