Capítulo 97

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*Alerta de gatilho – menção a suicídio

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*Alerta de gatilho – menção a suicídio. Nada descritivo, mas podem ser um incomodo para pessoas sensíveis.



Tive uma outra visão ao me sentar à mesa da família Arantes, eles eram bilionários, mas a simplicidade e o acolhimento era algo fora do comum para pessoas com tanto dinheiro.

Os outros filhos do casal apareceram para a refeição em família. Estela uma jovem com idade aproximada ao do Bento. E Rui o filho do meio com seu marido Leandro.

A fartura de comida chamou a atenção, e a dona da casa fez uma oração em agradecimento pelos alimentos e pelos convidados que apreciariam com eles aquele banquete. Segundo foi dito, eles não sabiam do que nós gostávamos e preferiu dar o melhor da sua região. Se todas as refeições fosse assim, sairia daqui com uns cinco quilos a mais.

-Então fui ensinar o Lui a andar a cavalo, e ele subiu de um lado e a sela se soltou o derrubando do outro lado. – Todos a mesa riram da história que Bene contava. Eu tinha 10 anos e tentei subir no animal sem a supervisão de um adulto.

-A culpa é sua, Amor, que nem sabia o que estava fazendo e se achava o espertalhão. – Respondi. – Helena o pegou pela orelha, enquanto Alonso verificava meu braço. Passei o resto das férias imobilizado.

-Você concordava com tudo que eu fazia.

-Sim. Até descobrir que podia te frear. – Respondi e ele piscou para mim.

Aquele era o clima na mesa. Cada um contava uma peripécia da infância. Negócios eram proibidos na mesa do almoço. Foi o que Luci falou. E no jantar só era permitido se tivessem presente parceiros comerciais.

Olivia elogiou a refeição e trocou figurinhas com ela. Tales falava pouco, mas sempre respondia quando era incluído nas perguntas. Rui era o brincalhão, assim como o meu marido. E Leandro, um homem ruivo de olhos castanhos, fazia todas as vontades dele. Foi notável o amor do jovem casal. Estela era tímida, mas percebi uma troca de olhares com o Bento, mas o que dependesse dele, só ficariam no olhar mesmo.

Fomos colocados em uma casa de hóspedes com 3 quartos, e um deles tinha um berço para a nossa filha. Admirei ainda mais o casal pela atenção. Olivia chegou a falar que dormiríamos separados, pois a nossa filha teria que dividir a cama. Não mais.

Deixamos as malas no quarto, tomamos um banho e vestimos roupas leves para conhecer a propriedade. Ricardo foi contando cada uma das instalações que foi agregando. Aquela fazenda, foi herança do seu avô e estava caindo aos pedaços na época. Ele tinha acabado de se formar em administração quando recebeu a terra. Seu pai não gostava daqui, pois a infância dele não tinha sido fácil. E no começo até ele estava querendo se livrar do lugar também, mas resolveu conversar com o senhor que tomava conta do lugar, o homem tinha paixão pelas terras e conseguiu o convencer a investir.

Hoje os filhos e netos dele moram nas terras ao lado e ajudam no funcionamento e capacitação dos novos funcionários que chegam para trabalhar, sejam temporários ou permanentes. Leandro é o neto mais velho do Sr. Domingos e cresceu nelas.

Olivia voltou para dentro da casa com a nossa filha o sol estava muito quente, Bento continuou o percurso e vi ele conversando com a Estela, mas o pai e irmão monitoravam discretamente e sem interferir.

Benício, Ricardo e Tales foram conversar sobre o projeto futuro, após a finalização do resort que ainda nem tinha começado. Foi pedido que ele fosse o responsável e não demandasse para outra pessoa, pois era a idealização da filha dele. Ela embarcaria no próximo ano para a universidade, a garota era um gênio com QI elevado, e pulou algumas séries na escola.



*** Alerta de gatilho***


-Porque escolheu essa área, Estela? – Bene perguntou.

-Pela minha amiga Malu. – falou e pigarreou. – Ela era a pessoa mais doce e compreensiva que um dia poderia conhecer. – Não passou despercebido o Era na frase. – Malu era uma garota alto astral, mas sofria muito bullying devido ao peso. Ela não levava desaforo e resolveu criar um canal no Youtube para rir dos seus próprios ditos defeitos. – falou. – Tinha muitos seguidores, pois as pessoas se identificavam com ela pelo que passava. – Continuou, mas uma sombra passou pelos seus olhos. – Eu via a verdadeira Malu. E ela estava deprimida, e para completar a situação ela ganhou um perseguidor nas redes. E tive acesso a cada mensagem e ofensa que ele proferia para ela. Eu tinha sua senha e vi os conteúdos que estavam sendo enviados no privado. Pedi a ela para denunciar, mas ela negou. – A história não teria um final feliz e sentia isso. – Seus pais nem ligavam e quando avisei a minha mãe, já era tarde demais. – falou. – Ela só tinha 13 anos e não merecia ser massacrada por algo que foge ao controle das nossas mãos. Consegui invadir o sistema do infeliz e implantei provas em seu sistema. – falou como se fosse algo simples para qualquer mortal. – Ele é maior de idade e está pagando pelo que fez com a minha amiga.

-Eu sinto muito pela sua perda. – Bento falou o que estava na ponta da minha língua.

-Eu sinto falta dela e é por ela que me tornarei terapeuta e tentarei amenizar os efeitos da negatividade nas crianças e jovens com acesso irrestrito as redes sociais e conteúdos nocivos. – falou convicta. - Ela foi a única pessoa que se aproximou de mim sem interesses escusos. Todos só me veem como a filha de Ricardo Arantes, nunca como uma jovem com sonhos e anseios. Então, Benício, faça o melhor nesse espaço, pois vou me formar e entrar com tudo para que eu possa ajudar o máximo de pessoas possível.

Todos estavam de boca aberta pelo que ela falou. Ela era uma alma velha presa em um corpo adolescente.



Está aí o avatar da Estela.

Eu sou a escritora de Má conduta e é claro que escreverei a história do Bento também. rsrsrs.

Votem, comentem e me sigam. Logo, logo o Bear está chegando com a história dele. Beijinhos

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora