Meu corpo estava dolorido, e o quarto cheirava a sexo. Sexo quente e sujo que fizemos ontem. Lui já deveria ter saído, iria buscar nossa garota e nossa filha. Me obriguei a levantar e tomar um banho rápido. Coloquei roupas leves, calcei meus tênis e fui para a academia que tinha projetado em casa. Geralmente malho a noite, mas pulei alguns dias e preciso voltar a rotina.
Tenho um personal que passou uma série de atividades e vinha a cada 15 dias para conferir o meu progresso e do Lui. Essa semana minha orelha iria ser puxada. Ri, já iniciando a primeira série, após o aquecimento.
Ouvi o barulho do portão sendo aberto. Já estava derretendo de suor, fiz uma hora e meia e nem tinha visto o tempo passar. Puxei uma toalha da prateira e sequei meu rosto. Bebi o restante da água da garrafa e sai do local no mesmo momento que Olivia entrava com a nossa filha nos braços.
Seu sorriso em minha direção foi tão gostoso e tinha em seu olhar uma mistura de desejo e timidez. Caminhei em sua direção e Pérola soltou um gritinho e esticou os bracinhos para mim.
-Ah meu amorzinho, o papai está todo soado. – Deixei um beijinho em seus dedinhos. – Vou tomar um banho rapidinho e já venho te mimar. – Passei a mão pela nuca de Olivia e a puxei para um beijo intenso e vibrante, roubando o seu fôlego. – Estava com saudades de você, Baby.
-Também estava, Bene. – ela respondeu com os olhos fechados. Nossas testas unidas. – Por isso você acabou com o Lui, por não me ter aqui? – eu não aguentei segurar e estava gargalhando.
-Deus, que homem fraco nós temos. – e pisquei para o Lui que vinha carregando duas bolsas e tinha um olhar azedo para a minha direção. – Só devolvi o troco para ele, querida.
E foi nesse clima gostoso que a convidei para tomar banho comigo, o que foi prontamente negado, fiz uma carinha triste mais não a convenci. Subi as escadas de dois em dois degraus e corri para o banho.
Já vestido para o trabalho, recolhi os lençóis sujos, as toalhas molhadas e fui em direção a cozinha. Olivia ergueu uma sobrancelha em minha direção e eu fiquei sem graça.
Coloquei todas as peças de roupa na máquina de lavar e a quantidade de sabão indicada no rótulo. Pelo menos aquilo eu sabia usar.
-Como vocês sujam tantas roupas? – ouvi ela perguntando ao Lui, enquanto estava fazendo nosso café da manhã. Na mesa já tinha pães e bolos que eles trouxeram da padaria na volta para a casa.
-Eu já coloquei para lavar. – falei a abraçando por trás e deixando um beijo em seu pescoço a vendo se arrepiar. – E digamos que foi uma noite bem agitada para nós. – Pisquei e me sentei na outra banqueta e tirei a minha princesa do colo do meu marido. – Teria sido mais movimentada ainda se estivesse com a gente. – sorri de lado.
-Ou não, já que a Pérola não dormiu muito.
-O que houve, Linda? – Lui perguntou em modo médico.
-Nada de mais, era um pouco de manha, o efeito mimada chegando. – Começamos a rir e com tudo pronto começamos a comer um pouco de tudo que estava sobre o balcão.
Olivia contou sobre os contatos que fez para o trabalho na clínica, comentou também sobre a reportagem que leu e o fato dela ter o nome atrelado ao hospital da família Gregorinni. Explicou que fez anotações sobre tipos de especialidades ofertadas e quais poderiam ser incluídas, mas que teria uma noção maior quando tivesse uma conversa com o Caleb.
Ela estava bem empolgada, e em uma troca de olhares com meu marido, sabíamos que ali estava a CEO que ela nasceu para ser.
Lui subiu para trocar de roupa e fazer suas atividades, agora ele trabalhava somente na clínica e ainda não pretendia buscar outra colocação em hospitais. Mas, seria questão de tempo até as propostas surgirem.
E eu precisava correr para o escritório, já estava bastante atrasado. Como o tempo estava excelente, iria de moto.
-Baby, meu carro está a sua disposição. – falei e deixei um beijo em seu pescoço.
-Já te falei que não vou usar ele. – respondeu, gemendo. Apertei sua cintura.
– Olivia, você precisa de uma surra.
-Só se for uma surra de amor. – respondeu e sorriu. Vou ficar louco com essa mulher.
-Como vou trabalhar agora. – Pressionei sua cintura para sentir o volume em minhas calças.
-Ora, trabalhando. – e riu de mim se afastando dos meus braços. E piscou para o meu lado. – Vocês não sabem mesmo a definição de lento. Eu preciso me sentir confiante para usar ele ou o do Lui. E preciso mesmo que respeite isso. – ela falou e tentou soar tranquila, mas estava nítido sua insegurança.
-Eu sinto muito, Olivia. – falei segurando-a novamente. – Eu sou muito afobado.
-Você é.
-Prometo me policiar mais.
-Quando temos um problema conversamos, certo. – Ela apontou minha frase para mim. – Então é exatamente o que estou fazendo, estou afirmando o meu desconforto para isso. Eu também irei me policiar e tentar ser menos retraída, mas estou aqui e vamos juntos fazer funcionar, com nossos defeitos e qualidades.
-Sim. Você está certa. – e colei minha testa na dela. Lui desceu e me despedi dos meus amores seguindo para o trabalho. Meu dia estava apenas começando.
Olha eu de novo com mais um capítulo para alegrar a noite de vocês.
Lembrando que o desenvolvimento de um relacionamento não é só pegação. Teremos que conhecer todos os lados dos personagens e suas características predominantes. Eu amo cada um com a sua particularidade. E divido ela com os leitores.
Votem e comentem. Beijinhos.
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Má conduta( Concluída)
RomanceUma mãe solo, desesperada por um emprego. Um casal fofo com relacionamento estável. A vida tem certas situações pelas quais não estamos preparados para lidar. Mesmo sendo de mundos diferentes, eles se encontraram e nada nem ninguém poderá impedir es...