Capítulo 25

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         Andava de um lado para o outro no quarto, Lui estava sentado na nossa cama com a cabeça abaixada, e nada falava

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Andava de um lado para o outro no quarto, Lui estava sentado na nossa cama com a cabeça abaixada, e nada falava. A nossa conversa não pode ser finalizada, Pérola acordou e estava agitada, como se sentisse a tensão dos adultos. E só aceitou o colo da mãe. Olivia foi para o quarto e pediu para terminar a conversa em outra hora.

Elas acabaram dormindo depois de uma hora como vimos pelo monitor, tínhamos oferecido o quarto de hospedes, mas a teimosa recusou. Deus, vou ficar louco com essa mulher.

-Para um pouco pelo amor de Deus, Bene. Já estou ficando tonto.

-Como você pode estar tão calmo.

-Calmo é tudo que não estou no momento, mas não sou um homem das cavernas que sai arrastando sua mulher pelos cabelos. – falou e me sentei ao seu lado. – Olivia, tem feridas profundas e precisa de paciência para lidar com todas elas. Somos dois e talvez ela ache demais para suportar, vamos dar a ela o tempo que precisar para lidar com tudo que engloba uma relação desse nível. Eu também estou com medo, mas se ela aceitar, eu vou fazer de tudo para ela ter o melhor de mim.

-Eu também vou dar o meu melhor. E se ela aceitar podemos dar nosso nome para a Pérola.

-Provavelmente somente um de nós vai poder registrá-la, a briga seria muito desgastante dentro dos tribunais.

-Por ser o mais velho, deixo você fazer as honras, mas assim como sua mãe e a minha, também quero essa casa cheia de crianças.

-E você sabe se ela quer isso? – Mas estava rindo. – Já estou imaginando ver ela grávida.

-Ela vai nos matar. – e fiquei sério. – Ela merece alcançar o sucesso profissional primeiro, por enquanto ficamos somente com a Pérola, deixe nossa garota voar e ser profissionalmente reconhecida. E falando em reconhecimento, marca com seu pai e entrega o currículo dela. Vou providenciar um cadastro na agência de emprego especializada para contratar uma governanta e uma ou duas pessoas para auxiliar na limpeza e manutenção da casa. E uma babá para nossa menina, pois não vamos mandar ela para nenhuma escolinha tão cedo.

-Não mesmo, ela vai ter acesso a muitos vírus e bactérias nestes ambientes, por mais moderno que seja a instituição. – Comecei a rir. – O que foi.

-Olha o tanto de coisas que estamos decidindo de novo sem a aprovação dela. A Olivia nos pegou pelas bolas. – e caímos na gargalhada.

Conversamos mais um pouco e preparamos para dormir, mesmo o sono não vindo, fui obrigado a descansar, amanhã não podia ficar fora do escritório novamente. Tinha um projeto para aprovar.

Lui não estava na cama quando acordei, fui fazer minha higienização e desci para ver meus amores. Já estou amando as minhas meninas. Era um caso perdido.

-Bom dia, Amor. – Deixei um selinho em seus lábios, quando vi ele sentado sozinho na cozinha. – Cadê nossas garotas?

-Pérola teve um pouco de febre essa madrugada, a Olivia me chamou e eu mediquei ela. Agora ela está descansando um pouco, pois a teimosa teve uma noite agitada. Mas, no fim me chamou e revezei com ela nos cuidados.

-Você vai trabalhar mesmo assim? Está com olheiras, Amor.

-Preciso ir. Tenho pacientes marcados para daqui a pouco.

-Não dá para remarcar.

-Bene, são crianças. Eu preciso atender.

-Ok. Vou te levar na clínica, não gosto que você dirija assim.

-Não precisa, Amor. Leva a Olivia e a Pérola para a casa delas e eu só preciso de um banho e ficarei bem. – falou.

-Sai do hospital, aquilo suga sua energia.

-Vou pensar. – e sorveu um pouco de café. Ele detestava quando pedia isso. Ele até poderia trabalhar em outro hospital se quisesse, a família dele tinha uma energia pesada demais e fazia ele sempre ficar desgastado, mesmo o cansaço dessa vez não ter nada a ver com o trabalho.


Esse capítulo dedico aos 2k de leitura e 470 votos. Obrigado pela receptividade com os meus bebês.


Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora