Capítulo 54

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         Tentei fazer o meu dia ser o mais produtivo possível, mas sempre me lembrava que agora estava sem a minha maior fonte de renda

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Tentei fazer o meu dia ser o mais produtivo possível, mas sempre me lembrava que agora estava sem a minha maior fonte de renda. Não que eu ficaria falido, longe disso, e não dependia exclusivamente do meu salário. Tinha outros investimentos, mas eu segurei aquele emprego achando que em algum momento eu seria aceito. Ledo engano, minha família não tinha salvação, e era lamentável.

Tive uma breve reunião com meu pai, acertando tudo para que Olivia começasse a trabalhar na clínica. Ele sentiu certo alívio por não precisar mais se preocupar com a parte burocrática. A clínica tinha crescido muito e tinha uma equipe gigantesca para gerir.

Recebi uma mensagem do Leon me perguntando o que houve no final de semana, pois o Alec fez um inferno sobre um filho que eu tinha. Estranhei o fato dele não comentar sobre a minha demissão. Não respondi para ele, e enviei uma solicitação para o meu advogado enviar um comunicado oficial da minha demissão para o hospital. Não sabia o que meu avô estava aprontando ao não comunicar minha saída.

A tarde recebi uma foto da minha mãe com a Pérola no colo em uma loja de decoração e como eu já sabia, ela estava montando um quarto para minha princesa na casa dela. E pensando nisso, precisava fazer o mesmo para ela na minha casa. Mas, o Bene era o decorador então vou deixar por conta dele as compras.

Troquei mensagens com a minha garota, mas precisei atender mais alguns pacientes, não respondi a sua última mensagem. Minha mãe me avisou que estava indo levar elas embora para casa. E Olivia também me avisou o mesmo. Hoje não as veria novamente. Meu dia foi encerrado as cinco, avisei meu marido que já estava a caminho e que o encontrava por lá.

Robert me ligou, e Deus, minha vontade era de tacar a porra do telefone na parede. Depois do meu avô e do meu tio Cristopher, Robert era o terceiro ser mais insuportável de se conviver na família. Tinha pena da esposa submissa dele e de seus dois filhos, ambos precisavam urgente de intervenção ou seriam os próximos na linha de sucessão do mal. Ignorei a chamada e subi para um banho deixando o telefone no sofá emendando uma chamada na outra.

Bene chegou tarde, estava muito ocupado com esse empreendimento que ele pegou.

-Cadê as meninas?

-Foram para o apartamento da Olivia. – ele pegou o telefone e mandou uma mensagem de áudio, tão dramática. Ri dele e o beijei. Meu telefone voltou a tocar.

-Quem é o insistente que meu maridinho está ignorando? – perguntou.

-Robert. – bufei. E fui em direção a cozinha, Olivia tinha deixado comida pronta para nós, mas esperaria o Bene tomar banho.

-Não é ele não, Amor. – falou trazendo o aparelho na mão. – E o Leon

-Farinha do mesmo saco. – respondi.

-Alô. – Bene atendeu sem perguntar se podia, embora não tivéssemos segredos sobre os nossos contatos. – Sim Leon, o Lui está em casa, mas não pode falar agora. – ele fez silêncio por um tempo ouvindo o que meu primo falava do outro lado da linha. -Sim. Nós temos uma filha. Algum problema? – novamente o silêncio – Engraçado seu interesse sobre como vivemos o nosso relacionamento, Leon. Pelo que me recordo, nem convite enviamos para o nosso casamento e isso se estende para o nosso convívio diário, ou seja, nenhum contato. – Novamente ele parou para ouvir o que ele tinha a falar. – E por um acaso o Lui precisa ser proibido de ter contato com vocês, afinal até ontem ele trabalhava na porra do hospital da sua família. – falou. – Sim. O Lui pediu demissão diretamente para o vovô demônio. – Bene zombou. – Se ele não te atendeu antes, tão pouco vai falar com você agora. – Estiquei a mão e pedi para passar o telefone, ele me entregou bufando.

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora