Voltei para a casa principal e o lugar estava movimentado. Luci falou que hoje teria um luau na propriedade. Toda última sexta-feira do mês, exceto em dezembro, eles fazem isso para os funcionários e seus familiares se divertirem e se socializarem, e sempre era uma noite agradável e cheio de músicas e danças.
Ela criou isso meio que no improviso e já tem mais de 5 anos que as festas acontecem. Só duas ocasiões que não deu para fazer, mas o restante era sempre um evento muito esperado.
Em volta da piscina tinha mesas e cadeiras espalhados, um toldo foi montado para proteger a mesa de comida, a churrasqueira já estava sendo preparada e um palco com instrumentos musicais era a atração a parte.
Uma das esposas de um funcionário se ofereceu para emprestar um carrinho de bebê para colocar minha filha e aceitei.
Assim que ela estava acomodada no lugar, coloquei a mão na massa para ajudar a fazer as iguarias. Já trocando receitas com as mulheres que eram incríveis e me incluíram em todos os assuntos. Me senti acolhida e se fosse convidada novamente, com certeza viria.
As oito horas estava terminando de me arrumar. Lui, Bene e Bento estavam prontos, eu fiquei na cozinha até as sete. Pérola também estava arrumada, os pais me ajudaram com ela. Beijei meus amores e fomos em direção a música sertaneja que tocava. Conversas altas e muita dança. Cumprimentei algumas das pessoas que estavam na casa mais cedo e conheci outras tantas.
Arrisquei dançar um pouco, mas não levava jeito mesmo para aquilo. Abracei e beijei o Bene e o Lui sem ser julgada. Bento estava em um canto conversando com Estela. Bene me contou a história resumida e fiquei encantada pela sua garra e determinação.
Voltamos para o quarto as três da manhã, meus amores tinham bebido demais, mas conseguindo chegar a cama sem ajuda. Deitei a nossa filha no berço e apenas troquei de roupa e apaguei.
No dia seguinte, Estela nos mostrou seu cavalo puro sangue, o nome dele é Valente e foi um presente do seu pai. Ela foi ajudar os responsáveis pelos animais da fazenda a selar cavalos para todos. Eu estava com medo, pois nunca tinha andado, mas estava super ansiosa para aprender.
Luci ficou com a minha filha no colo e cada um já estava montado em um animal, eu fiquei com um cavalo mansinho, seu nome era docinho, Ben riu da minha cara e tivemos que explicar o motivo, já que meu outro cunhado só me chamava assim.
-A partir de agora, você só monta no docinho, Olivia. – Ricardo falou, como se já fosse da família. Ganhei um chapéu do Rui e rodamos por um bom tempo. Consegui guiar o cavalo como se já fizesse isso a muito tempo.
-Aprendeu rápido, Olivia. – Tales falou ao meu lado. Ele estava com roupas simples e calçado com botas e vestido em jeans escuro. Observei que Bene e Lui estavam na frente, mas sempre me observavam para ver se precisava de algo.
-Até me surpreendi. Achei que tomaria um tombo. – brinquei. – Esse é seu cavalo?
-Sim. É o Alvo. – ri.
-De Alvo Dumbledore? – ele riu e confirmou.
– Em minha defesa não foi eu que nomeei, mas a pestinha da minha irmã. Ela estava na fase de livros e tinha lido o primeiro da saga. E obrigou todos nós a ler também. Ela só tinha 5 anos na época.
-Sério?
-Sim. Ela foi avaliada nessa idade e confirmado que ela tinha QI superior ao de uma pessoa normal. Minha irmã tem QI maior do que o meu. – falou com orgulho. Ficamos um tempo em silêncio e fiz questão de quebrar.
-Você conheceu a minha cunhada, Beatriz, de onde? – vi ele se ajeitar no cavalo.
-Estava participando de um simpósio na França, só nos esbarramos por acaso.
-Você tem contato com ela?
-Não, Olivia, não tenho.
-Tales, posso te perguntar algo pessoal?
-Sim.
-Você a conheceu em alguma situação desconfortável? – ele demorou mais tempo para responder. Olhou para frente e prendeu seu olhar com o do meu doutor, que não estava com a cara muito boa no momento, mas com ele me acerto depois. Sacodi a cabeça em sua direção e o adverti com o olhar para continuar o caminho.
-Sim. Ela te contou algo?
-O suficiente. – Respondi. – Ela não sabe seu nome e queria muito te agradecer pela ajuda.
-Eu não a ajudei para ser agradecido, Olivia. Fiz porque era o correto. E gostaria que ficasse por isso mesmo.
-Você não quer encontrá-la?
-Não acho que seria o ideal. – falou e queria respondê-lo, mas ele continuou. – Acompanhei a carreira dela de longe, ela é perfeita no que faz. Foi assim que descobri sobre o relacionamento seu com os seus maridos. – falou sem graça.
-O aniversário dela foi ofuscado por algo que nem era da conta das pessoas.
-Ela estava tão linda. – Ouvi a admiração naquele elogio.
-Sim ela estava. – Respondi, mas não tínhamos muito o que falar depois, ele não me daria essa brecha.
Preciso avisar que estamos em contagem regressiva para o final dessa história. E eu claro já estou me sentindo nostálgica. Foram dois meses de publicações quase que diariamente, ganhei muitos seguidores, tantos votos e tantos comentários que aqueceram meu coração.
Teremos mais três maratonas ainda. Para encerrar com chave de ouro. Depois darei uma pausa e volto no dia do meu aniversário para apresentar o livro do Bear para quem quiser acompanhar. Beijinhos para todos os meus leitores(as).
VOCÊ ESTÁ LENDO
Má conduta( Concluída)
RomanceUma mãe solo, desesperada por um emprego. Um casal fofo com relacionamento estável. A vida tem certas situações pelas quais não estamos preparados para lidar. Mesmo sendo de mundos diferentes, eles se encontraram e nada nem ninguém poderá impedir es...