Capítulo 21

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         A audiência de conciliação foi mais demorada do que eu esperava, mas o acordo proposto foi parcelar o acerto em dez vez para quem tinha valores superior a 10

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A audiência de conciliação foi mais demorada do que eu esperava, mas o acordo proposto foi parcelar o acerto em dez vez para quem tinha valores superior a 10.000 para receber. E eu era uma dessas, visto que meu caso tinha o agravante da licença maternidade interrompida e mais dois meses de estabilidade após o fim da licença. Eu seria indenizada. E tinha direito a mover um processo a parte. O advogado do grupo queria ver sangue e ficou em cima de mim.

Mandei uma mensagem para o Lui, perguntando como estavam as coisas e ele me enviou uma foto da Pérola deitada no peito do Bene com a boquinha aberta e dormindo um soninho gostoso. Que homem filho da puta de bonito, me perdoa dona Helena.

Pedi um aplicativo e morreria uma nota na corrida, o horário não era o dos melhores. Tive a passagem liberada na portaria, assim que o porta-malas foi conferido. Com a chave que eu tenho, abri o portão e por respeito aos meus chefes dei uma batida de leve na porta da frente sinalizando que estava chegando.

Lui veio me receber, ele estava descalço e com uma calça de moletom e uma camisa branca simples. Corei ao lembrar do beijo nele. Ele percebeu e deu um sorriso de lado.

-Correu tudo bem na audiência? – ele perguntou, me dando um beijo no rosto e arrastando o nariz sobre o meu. O homem quer a minha morte.

-Pode se dizer que sim. Considerando que a maioria vai receber o acerto em 10 vezes, incluindo eu. – falei olhando Bene deitado no sofá na mesma posição da foto que Lui tinha me enviado. Ele me encarava vidrado e um tanto receoso. – E a minha pretinha, pegou a mamadeira.

-Então, ela realmente ficou desgostosa com a novidade e foi bem difícil, mas no final ela pegou e está até agora na sesta dela.

-A quanto tempo está sesta?

-Duas horas. – Passei a mão nos cabelos já imaginando a noite para dormir.

-Como médico, você é um péssimo cuidador. – falei brincando e me aproximando dos dorminhocos. – Oi Benício. Quer me dar ela para você descansar.

-Está tudo bem, ela me acalma. – Sorriu para mim.

-Mesmo assim, preciso ir embora agora.

-Fica aqui. – pediu tão receoso que não soube o que responder. – Por favor. Lui pediu um jantar para nós, assim que você ligou.

-Eu não trouxe nenhuma roupa para mim, Bene. – falei o apelido e só me dei conta depois.

-Amanhã te levo em casa para buscar algo para você vestir. – ele levantou ainda com a minha menina no peito. Ajeitou ela no colo e com a mão livre fez um carinho em meu rosto. Ele estava tão vulnerável. - Deixa eu te convencer a ficar para sempre. – e levou a mão a minha nuca e inclinou a cabeça encostando a sua testa na minha.

-O que você quer de mim. O que vocês querem de mim. – fechei os olhos e senti seus lábios cobrindo os meus de forma leve, mas muito intensa. Suspirei e entreabri a boca recebendo a língua atrevida com urgência. Ele tentou aprofundar o beijo, mas minha princesinha resmungou e acordou ambos do nosso transe. Peguei minha filha no colo e olhei confusa para Lui que tinha as mãos dentro dos bolsos da calça, e um sorriso conhecedor no rosto. Os dois me queriam, mas não sabia entender como poderia entrar nesta relação sem alguém sair ferido. – Eu preciso ir.

-Fica Olivia. Vamos conversar. – Lui apaziguou e com a minha filha nos braços eu concordei. Esperava não me arrepender depois.


Valeu ou não a espera por esse beijo?

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Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora