Capítulo 47

4.3K 449 27
                                    

         Precisei de atender uma emergência pouco antes de sair do hospital

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Precisei de atender uma emergência pouco antes de sair do hospital. Meu celular tinha uma chamada não atendida do Alec, ignorei e não retornei.

Olivia e Bene estavam me esperando a mais de uma hora, cheguei já pedindo nosso almoço e sendo atualizado do dia deles que não foi um simples passeio no parque como tinha sido programado. A ida a oficina do Bernardo foi uma surpresa, mas agradeci que o carro era carta fora do baralho. Precisava providenciar um novo para ela. Bene e eu trocamos olhares rápidos, mas aquilo seria um presente difícil de convencer ela a aceitar.

-Alec, nos viu no parque. – Bene soltou de uma vez. Bufei, pois sabia agora o motivo da ligação do meu primo.

-Ele não vale um tópico na conversa. – falei e bebi um pouco do meu suco.

-Realmente não vale, mas você precisava saber, pois conhecendo o sujeito, vai transformar um cisco de areia em uma imensa bola de neve.

-E com certeza vai mesmo. Deve ser por isso que me ligou.

-Lui. – Olivia segurou minha mão sob a mesa. – Ele nos viu beijando.

-Meu primo é um cuzão. – falei apertando brevemente seus dedos. - Não vale nada.

-Ainda sim é sua família.

-Minha família são vocês. – Falei abrindo ali meu coração para Olivia. – Eu estou muito certo do que quero, querida. – Levei os dedos dela a minha boca e depositei um beijo neles, e vi um sorriso lindo nascer em seu rosto. Pérola queria atenção e a peguei no colo. Revezamos com ela para terminar o nosso almoço.

-Então o anel do poder vai ser destruído, Amor. – Bene soltou, assim que terminou de contar a história do carro da Olivia.

-Não estou vendo a graça nisso, Bene. – ela falou séria. Mas, não consegui deixar de me sentir feliz por se ver livre da lata velha. Aquilo era uma bomba relógio. Bene ainda falou sobre a reação do irmão e ficou feliz, a aprovação dele era algo que importava muito para o meu marido.

Meu telefone voltou a toca, e era minha mãe na linha. Naquela altura já deveria saber sobre Olivia e a nossa filha.

-Ei, mãe. Tudo bem?

-Eu que te pergunto, Lui. – falou direta. – Eu tenho uma neta e fico sabendo pela boca dos outros.

-Mãe, podemos conversar pessoalmente. – falei e olhei em direção a Olivia, ela estava tensa, por perceber o conteúdo da conversa.

-Devemos sim. – respondeu. – Estou te esperando. Já saiu do hospital?

-Sim. Estou terminando de almoçar e chego aí em 30 minutos.

-Ok. E meu filho, eu te amo.

-Também amo você, mãe. – falei embargado. – Minha mãe já sabe. – informei. – Estou indo vê-la agora.

-Nós vamos juntos. – me senti emocionado com o apoio, mas já tinha isso do Bene a minha vida inteira. Olhei para Olivia e ela segurou a minha mão.

-Sim, Lui, vamos juntos. Mesmo estando com muito medo.

Pedi a conta, Bene estava com a Pérola nos braços, segurei o bebê conforto em uma mão e com a outra entrelacei a cintura da minha garota. Percebi alguns olhares, mas foi o comentário na saída que me fez para os passos antes de terminar de sair do lugar.

-Repete o que você disse. – falei me impondo a hostess. Ela ficou pálida naquele momento, e não repetiu sua fala. O gerente que era um amigo dos meus pais ouviu minha pergunta e pediu para saber o que estava ocorrendo naquele momento. – Sua funcionária fez um comentário bastante indelicado com a minha namorada e pedi a ela para repeti, e ter certeza de que não tinha entendido errado. – Bene estava bem sério, pois ouviu a malícia na voz da mulher. Olivia estava constrangida, mas continuou no meu abraço.

-Lui, peço desculpas pelo transtorno, mas pode ter sido um mal-entendido. – ele pediu. – O que foi dito?

-Michele, certo? – ela afirmou, pois o nome estava em uma plaquinha em sua roupa. – A Michele, fez um comentário desnecessário sobre a Olivia ter chegado com o Bene e está saindo daqui comigo. – falei. – Somos um trio e ela tem o direito de entrar ou sair com os dois ou um de cada vez a hora que ela quiser, ok. Você deveria guardar a sua opinião para si. E espero que a próxima vez que estiver na companhia de um dos meus companheiros ou com os dois, eu seja respeitado e eles também. Espero que tenha sido claro.

-Lamento profundamente pelo ocorrido, Lui. O recado foi dado e ficou muito claro, certo Michele.

-Sim. Peço desculpas a vocês. – falou constrangida. Apenas acenei, apertei a mão do Getúlio e segui com eles para a saída. Geralmente este tipo de atitude era típica do meu marido, mas pela Olivia moveria o mundo.

Entreguei o ticket de estacionamento e logo o meu carro e do Bene chegaram, pedi a Olivia para ir comigo e Bene foi com a Pérola, meu carro só tinha dois lugares.

Não combinamos nada e ele apenas me seguiu em direção ao condomínio que minha mãe residia no Jardim Europa. Olivia ficou o tempo todo em silêncio, mas aceitou que eu segurasse sua mão no meu colo. Não sabia como em uma semana minha vida tinha mudado tanto, a ponto de estar indo novamente aos meus pais e pedirem para entender a escolha que tinha feito para minha vida naquele momento.

Meu pai já sabia, mas minha mãe estava realmente surpresa pela provocação do Alec. Eu que deveria ter contado, não ele.

Estacionei em uma das vagas do lugar que pertencia aos meus pais, Bene estacionou no outro. Descemos juntos e seguimos para a entrada do bloco deles. Olivia precisou se identificar, pois ainda não tinha registro dela no sistema. Fomos para a cobertura e em nenhum momento soltei a mão da minha garota enquanto o elevador subia. Bene tinha uma Pérola dormindo tranquilamente alheia a tensão dos adultos.

Minha mãe estava na porta nos esperando e não estranhou me ver chegando de mãos dadas com a minha mulher.

-Boa tarde. – ela falou séria, e encarando Olivia. Apertei seus dedos como um sinal de que estávamos juntos.

-Boa tarde, ... – Não tinha falado o nome da minha mãe para Olivia.

-Sienna. – falou e esticou a mão para cumprimentá-la. – E você é?

-Olivia, senhora. Prazer conhecê-la.

-Apenas meu nome. – falou e deu um sorriso de lado. Ela era tão vaidosa quanto Helena. – Olá Benício.

-Oi Si. – ele respondeu simples. Bene estava disposto a ir para a guerra para ter nossa relação aceita.

-Entre crianças. – Falou dando espaço para nós. Meu pai estava sentado no sofá com uma revista nas mãos e se levantou quando chegamos. Apresentei a Olivia para ele, vi sua admiração para a nossa bebê nos braços do meu marido.

-Sente-se. – falou e seguimos para o local. O clima estava muito tenso, mas precisávamos passar por isso de uma vez.


Aiaiai. Como será essa conversa? 

Me contem nos comentário suas opiniões. Volto somente no sábado para a nossa maratona. 

E vamos com mais uma dedicatória. Beijinhos

Não esqueçam de vota. Beijinhos e bom restante de semana para todos vocês

Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora