EPÍLOGO

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-Todos estão esperando um discurso, mas quem realmente deveria estar aqui cortado essa faixa não pode estar presente em vida, mas a sua memória nunca será apagada

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-Todos estão esperando um discurso, mas quem realmente deveria estar aqui cortado essa faixa não pode estar presente em vida, mas a sua memória nunca será apagada. – Olhei em direção a Nicola, Loreta e Beatrice e sorri. - Tio George Alves, outrora Gregorinni, foi um excelente médico, mas acima de tudo um marido apaixonado e um pai exemplar. – falei. – E se hoje estamos iniciando as atividades no La Vitta é graças a ele. Muito obrigada, Tio George.

Caleb cortou a fita e recebemos uma salva de palmas. Foram quatro anos para que a finalização da obra, liberação das licenças necessárias e a chegada de todos os equipamentos para iniciar as atividades nesta data, que era o dia do aniversário da Tia Rita, esposa do Tio George.

Bene foi responsável pelo projeto. Ele e sua equipe dedicaram todos os esforços na projeção e construção no terreno cedido pela família Arantes.

Alonso, Helena, Sienna e Caleb eram responsáveis pelas contratações. E eu fui a responsável por correr atrás de investidores nacionais e estrangeiros. Tio George foi o nosso maior benfeitor.

Meus amores sofreram pela minha ausência em algumas ocasiões, mas a nossa família foi de extrema importância para me ajudar a cuidar da Pérola. Ela desmamou logo que completou um ano, mas meu leite secou recentemente. Bene e Lui não me davam trégua. E confesso que apreciava esse fetiche deles. Mas, a fonte secou por enquanto.

Dei algumas entrevistas e me senti realizada como mulher, profissional, mãe e esposa. Nunca me casei no papel com meus amores, mas carrego no dedo a aliança que eles mandaram fazer especialmente para simbolizar nossa união. Eu era deles e nenhuma outra opinião importava.

Ben veio dos Estados Unidos para a inauguração, ele já estava fazendo um sucesso na internet com suas músicas pop dançante e estava orgulhosíssima dele. Sentia falta é claro, mas ele encontrou seu lugar no mundo. Bia estava casada e feliz à espera do seu segundo filho. Bear estava penando com a sua esposa, mas era bem-feito.

Leon e Victor estavam casados e mais apaixonados do que nunca e com os dois filhos lindos deles, Erick e Maycon. Eu amo todos os meus sobrinhos, e o número só vai crescendo, e juntando com a Pérola causavam o verdadeiro terror quando se encontravam.

Bene terminou o centro de equinoterapia e ele começaria o funcionamento em breve. Estela se formou com honras e conseguiu uma equipe espetacular para trabalhar junto a ela.

Olhando para o passado pude ter uma dimensão de tudo que consegui conquistar até hoje. Tive muitos tropeços, mas tive coisas maravilhosas. Minha filha estava crescendo a olhos vistos e sim minha família cumpriu a promessa, ela era a criança mais feliz da face da terra, mimada ao extremo, mas um doce como nenhuma outra poderia ser.

Um dia reencontrei o André por um acaso do destino. Tinha ido em uma reunião com os responsáveis pelo Hospital Samaritano, onde estávamos realizando a maioria das cirurgias e em breve não precisaríamos mais das suas dependências. O La Vitta estava na fase final para a inauguração.

Ele estava lá, acompanhado de uma mulher, provavelmente a mesma que estava no aeroporto aquele dia. Os dois estavam com uma criança em uma cadeira de rodas, pelo que notei ela sofria de alguma doença da qual nunca saberia nada.

Se algum dia pensei em me vingar dele pelo abandono, ali eu desisti. Aquela criança, uma menina, e irmã da minha filha que provavelmente teve o pai durante toda a gravidez e parto teria que ter atenção 24h por dia. Esperava que ele fizesse por ela o que não fez pela minha.

Não poderia reclamar, a minha filha não teve um pai somente, mas dois que daria a suas vidas por ela.

-Olivia, a sala dois já está pronta para você. – Clarisse me avisou, Lui e Bene me olharam estranho.

-O que foi? – perguntei como quem não quer nada. – Vou ser a primeira a inaugurar a sala de ultrassom, afinal estou com um pouco de cólica. – Menti.

-Achei que tivesse melhorado, Amor. – Lui todo médico me perguntou. Bene, estava com a nossa filha no colo.

-Mais ou menos. Sua mãe me passou um remedinho, e já fiz alguns exames ontem. – Seria atendida pela Dra. Patrícia, ela é a responsável pelo setor de ultrassom do hospital e coordenaria uma equipe com 20 profissionais.

-Ei Olivia, se sentindo melhor? – ela tinha sido informada que eu faria o exame.

-Bem melhor, Patrícia.

-Vai lá veste a camisola e tira a parte debaixo da sua roupa. – Lui desconfiou, mas Bene achou que fosse normal. Fiz o que ela me pediu. Me deitei na maca e ela jogou um lençol sobre a minhas pernas. Passou um gel sobre a minha barriga e mexeu no monitor localizando o que precisava. Lui já chorava e Bene só caiu a ficha quando a doutora ligou o som e os batimentos cardíacos foram ouvidos. Pérola colocou as mãos em suas orelhas, as tampando. – Devo dar os parabéns agora ou depois. – Ela riu e eu também. Tinha pegado os resultados dos exames no dia anterior.

-Nós teremos outro bebê? – Bene perguntou.

-Sim meu amor, parabéns vocês serão pais de novo. – falei. Fui abraçada e beijada por eles, atrapalhando a finalização do exame

-Ouviu, princesa, você foi promovida a irmã mais velha. – Bene falou e beijou a testa da nossa filha.

-Sim, papai. – Respondeu com aquela vozinha infantil que eu amava.

-Eu preciso terminar o exame rapazes. - falou rindo da cara deles.

-Patrícia, não é muito cedo para fazer a ultra via abdômen?

-Sim, Lui. Vou fazer a endo-vaginal. Só queria que vocês escutassem o coração do bebê. – Sorriu e passou para a próxima parte do exame. Verificou o saco gestacional a placenta e começou a fazer as medições. – Opa. Olha isso?

-O que foi? – perguntei.

-Temos dois bebês aqui. – Coisas boas também vem em pares. Sorri.

FIM



Chegamos ao final dessa história. Meu muito obrigada aos que chegaram até aqui. Beijinhos da nossa Pérola


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Má conduta( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora