LUNA DUARTE
— Eu não acredito nisso! — Amanda grita após eu contar pra ela e Isa tudo que tinha acontecido com o JP.
— Fala baixo garota. — Digo depois dela gritar pra Deus e o mundo ouvir.
— Já era de se esperar né, tu é uma piranha safada! — Isa diz jogando uma almofada no meu rosto.
— Quer dizer que tu transou com o cara que some e aparece quando bem quer, e não deu nenhum beijinho no que fica no teu pé vinte quatro horas por dia? — Ouço Amanda falar e enquanto as duas falavam de mim como se eu não estivesse ali, levanto da cama até a varanda.
...
— Isso aqui é perfeito. — Digo olhando a vista que tinha da varanda do quarto dela, a brisa fresca da praia que estava logo á nossa frente invade todo o lugar, fecho os olhos com a sensação boa, logo as duas também vem.
— Eu amo vocês. — Amanda diz olhando pra nós duas.
— Sentimos sua falta, menos a Luna, ela tava ocupada sentando pro chefe. — Nem acredito que falou isso.
— Olha aqui garota, tu me respeita hein.
Todas rimos e nos abraçamos, cresci sem conhecer ninguém da minha família, tinha apenas minha vó, o vazio de não ter irmãos ou primos foi preenchido por Isa e Amanda, elas foram e são essenciais na minha vida.
As duas entram de volta pro quarto, pego o celular vendo uma notificação do Mateus.
Mateus: Janta comigo hoje?
Eu: Simm
Eu: Tô na casa de uma amiga, passa aq?
Mateus: Passo, manda o endereço.
...
Depois de um tempo me despeço das garotas e desço do prédio pra encontrar o Mateus.
— Oi — Sorri ao me ver.
— Oi, tudo bem? — Cumprimento com um abraço rápido mas antes que eu pudesse me afastar, Mateus puxa minha cintura com uma leve rapidez e não me da tempo de dizer nada quando me beija, sua língua vai de contato com a minha e suas mãos segura em cada lado do meu rosto, termina de beijar quando vem deixando dois selinhos rápidos.
Fico sem graça lembrando de como o JP fazia isso muito melhor.
— O que foi isso? — Fico surpresa.
— Não gostou?
— Gostei mas... — Sou interrompida.
— Mas..? — Ele gesticula com as mãos.
— Eu só não tava esperando.
— Eu estava louco pra fazer isso há tempos Luna, podemos ir?
— Vamos.. — Entro no carro ainda sem reação.
Mateus me levou num restaurante que parecia ser caro, quando entramos pela porta de vidro grande, escolheu uma mesa que dava pra vista de fora do local, era tudo muito bonito, ali passamos a noite conversando, apesar do Mateus ser muito gentil, era como se eu não quisesse estar ali, é como se meu corpo estivesse mas a mente não...
Depois de jantar ouvia ele falar sobre as mil e uma coisas que tinha feito no trabalho hoje, minha mente já estava pedindo socorro de tanta informação.
Aproveito uma pausa na sua fala e digo:— A gente pode ir agora? Tá ficando tarde e amanhã tenho aula ainda.
— Claro, deixa eu pagar ali que vamos. — Vejo o mesmo se levantar chamando o garçom, na mesma hora pego o celular e abro na conversa da minha vó pra avisar que já ia chegar.
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DOSE DUPLA
FanfictionLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...