Capítulo 26

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📍JOÃO PEDRO | 15 dias depois...


— Fica de boa. — Falo com a arma apontada pro homem que dirigia o caminhão.

O cara já tinha implorado umas dez vezes pra não morrer, e eu não ia matar, só queria roubar a carga, no caminhão junto com ele vou seguindo Andrezinho que guiava o caminhão pro complexo da Penha, onde a carga seria descarregada, enquanto mais três homens estavam atrás no carro.

Quando se aproxima do local, aviso todos pelo radinho pra não demorar nada, tava cansado pra caralho.

— Bora. — Com a arma ainda apontada pro caminhoneiro mando ele abrir as portas, assim que abre vejo rolos de fiação espalhado por todo o caminhão, caralho isso dava muita grana.

— Bora porra, adianta isso ai. — Baiano grita com uns de seus homens que subiram no caminhão e jogavam os pacotes de fiação pros que estavam no chão, os mesmo iam levando pra dentro do galpão.

Não demora muito pra ouvir as sirenes.

— Bora caralho. — FP grita batendo na lateral do caminhão.

Os últimos pacotes eram retirados quando avisto duas viaturas vindo na nossa direção, na mesma hora miro atirando neles que param, vejo descer três do carro, mas que porra é essa?

— Bora JP, sobe porra. — Andrezinho me esperava enquanto todos já tinha metido o pé dali depois de abaixar as portas do galpão.

— Que porra é essa? — Via o mesmo cara que tentou subir na favela esses dias atrás da Luna, só que dessa vez, usava farda.

— Caralho JP, Vamo embora porra! — Desperto da minha distração subindo na moto e metendo bala pra cima deles.



[...]


— Era ele caralho. — Falo pro FP o que tinha visto.

— Então só pode ser ele. — Coço o queixo pensando nessa porra toda.

Ela não me disse nada...

— Que porra tu tem, porque tá tão nervoso? parece que nunca viu os cana. — FP acendia um baseado tranquilamente.

— Nada.

Minha mente não conseguia processar, era uma mistura de ódio com sei lá mais o que, não tinha como ela não saber, só consigo pensar na Luna, na probabilidade dela saber de tudo isso e até ter passado alguma informação, e se ela tá tentando me fuder junto desse merdinha, meu sangue ferve só de pensar.

— Até á noite os cem mil tá na tua conta. — Ele solta a fumaça.

— Tranquilo.

— Tá liberado. — Aperto a sua mão saindo dali.

Eu precisava falar com ela, precisava tirar essa história a limpo, peguei o celular na hora mandando várias mensagens que nem chegavam lá.

— Caralho. — Digo puto passando a mão no rosto.

Tento ligar mas o celular só cai na caixa postal, não sei pra que caralho tem celular se não atende essa porra.

Ando de um lado pro outro no meio da rua, sem saber que caralho eu tava fazendo.

— Foda-se, ela vai me explicar isso direitinho. — Falo pra mim mesmo enquanto pegava a moto indo em direção a casa dela.



[...]


— Luna! — Chamo seu nome pela terceira vez enquanto batia na porra da porta, tava quase derrubando essa porra, vou até a janela pra tentar ver alguma coisa, estretei os olhos vendo a casa um pouco escura mas escuto a porta abrir.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora