📍𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 | 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒍𝒆𝒙𝒐 𝒅𝒂 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒆𝒊𝒓𝒂...
— Qual foi jacarezinho, o que tá pegando?
— Os cara chegou chefe.
— Porra, não podia avisar pelo radinho? — Encaro o homem na minha frente e saio indo até a área reservada.
Depois que o FP foi embora, ele mesmo organizou maior festa aqui, não sei pra que se nem tá aqui pra comemorar também, disse que não precisava mas pô, o cara era difícil igual a mim.
Contratamos dois dos maiores nomes da cena, e ninguém sabia ainda. A gente especulava, claro. Uns diziam que era pra evitar confusão, outros achavam que era uma jogada de marketing. Mas a verdade é que o mistério só aumentava a expectativa. Quando o anúncio finalmente saísse, eu sabia que a favela ia ferver.
Depois de resolver tudo dei a ordem pra anunciar a primeira apresentação da noite, podia ouvir os gritos de empolgação de todos lá em baixo quando anunciaram Felipe Ret.
Eu me lembro de quando o Ret veio da última vez, o morro todo subiu pro baile, todo mundo dançando e cantando como se nada mais importasse, bagulho sinistro, tenho que dizer que o cara é foda, fora que o faturamento foi alto pra caralho.
De volta ao camarote procurava a Luna com os olhos, logo avisto a mulher toda gata de costas tirando foto com suas amigas, caralho a mulher era um monumento, a roupa marcava perfeitamente seu corpo que parece que foi feito só pra mim.
Vou passando por todos até sentir uma mão no meu braço, viro pra trás e dou de cara com a loira na minha frente.
— Não acredito, só pode ser o destino. — Reconheço a mulher do outro dia no bar, ainda um pouco distante da Luna eu olho pra garota que estava totalmente distraída quando o Ret entrou no palco cantando.
— Tu tá maluca porra? — Falo tirando a mão da garota do meu braço. — Quem te deixou subir aqui? — Pergunto.
— Eu vim com minha irmã e umas amigas, um cara trouxe a gente. — Queria só saber quem foi o arrombado que trouxe essa maluca pra cá.
— É melhor tu ir procurar elas então, porque se eu me bater contigo de novo eu não vou entender legal. — Falo e vejo um riso se formar no seu rosto, não entendi a graça não namoral.
— Você é tão gostoso com toda essa marra. — Ela diz e eu nem falo mais nada pra não estragar minha noite, apenas saio de lá indo em direção aonde a Luna estava.
Chego entrelaçando as duas mãos na cintura da garota, ela se vira assustada e logo abre um sorriso quando me ver, sinto seu beijo rápido mas bom.
— Aonde você foi? — A garota pergunta.
— Fica tranquila preta, sou todo teu agora. — Falo e beijo seu pescoço.
— Vem cá, quero te apresentar uma pessoa. — Vejo a garota sair e acenar pra alguém quando se solta de mim, forço a vista pra ver com quem ela falava, logo a loira ocupa meu campo de visão, já estava pronto pra arrastar essa mandada daqui quando vejo as duas entrelaçando os braços, que porra é essa?
— Essa é a Luara, minha irmã. — A garota fala sorrindo.
Puta que pariu, mas que porra...
Não fui com a cara dessa garota desde o primeiro dia que ficou se oferecendo pra cima de mim lá no bar, só confirmei quando a garota estendeu a mão sorrindo como se não me conhecesse, a minha vontade era de dar um tiro nela aqui mesmo, mas respiro fundo pela Luna.

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DOSE DUPLA
FanfictionLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...