Capítulo 48

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📍𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 | 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒍𝒆𝒙𝒐 𝒅𝒂 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒆𝒊𝒓𝒂... 



— Qual foi jacarezinho, o que tá pegando?

— Os cara chegou chefe.

— Porra, não podia avisar pelo radinho? — Encaro o homem na minha frente e saio indo até a área reservada.

Depois que o FP foi embora, ele mesmo organizou maior festa aqui, não sei pra que se nem tá aqui pra comemorar também, disse que não precisava mas pô, o cara era difícil igual a mim.

Contratamos dois dos maiores nomes da cena, e ninguém sabia ainda. A gente especulava, claro. Uns diziam que era pra evitar confusão, outros achavam que era uma jogada de marketing. Mas a verdade é que o mistério só aumentava a expectativa. Quando o anúncio finalmente saísse, eu sabia que a favela ia ferver.

Depois de resolver tudo dei a ordem pra anunciar a primeira apresentação da noite, podia ouvir os gritos de empolgação de todos lá em baixo quando anunciaram Felipe Ret.

Eu me lembro de quando o Ret veio da última vez, o morro todo subiu pro baile, todo mundo dançando e cantando como se nada mais importasse, bagulho sinistro, tenho que dizer que o cara é foda, fora que o faturamento foi alto pra caralho.

De volta ao camarote procurava a Luna com os olhos, logo avisto a mulher toda gata de costas tirando foto com suas amigas, caralho a mulher era um monumento, a roupa marcava perfeitamente seu corpo que parece que foi feito só pra mim. 

Vou passando por todos até sentir uma mão no meu braço, viro pra trás e dou de cara com a loira na minha frente.

— Não acredito, só pode ser o destino. — Reconheço a mulher do outro dia no bar, ainda um pouco distante da Luna eu olho pra garota que estava totalmente distraída quando o Ret entrou no palco cantando.

— Tu tá maluca porra? — Falo tirando a mão da garota do meu braço. — Quem te deixou subir aqui? — Pergunto.

— Eu vim com minha irmã e umas amigas, um cara trouxe a gente. — Queria só saber quem foi o arrombado que trouxe essa maluca pra cá.

— É melhor tu ir procurar elas então, porque se eu me bater contigo de novo eu não vou entender legal. — Falo e vejo um riso se formar no seu rosto, não entendi a graça não namoral.

— Você é tão gostoso com toda essa marra. — Ela diz e eu nem falo mais nada pra não estragar minha noite, apenas saio de lá indo em direção aonde a Luna estava.

Chego entrelaçando as duas mãos na cintura da garota, ela se vira assustada e logo abre um sorriso quando me ver, sinto seu beijo rápido mas bom.

— Aonde você foi? — A garota pergunta.

— Fica tranquila preta, sou todo teu agora. — Falo e beijo seu pescoço.

— Vem cá, quero te apresentar uma pessoa. — Vejo a garota sair e acenar pra alguém quando se solta de mim, forço a vista pra ver com quem ela falava, logo a loira ocupa meu campo de visão, já estava pronto pra arrastar essa mandada daqui quando vejo as duas entrelaçando os braços, que porra é essa?

— Essa é a Luara, minha irmã. — A garota fala sorrindo.

Puta que pariu, mas que porra...

Não fui com a cara dessa garota desde o primeiro dia que ficou se oferecendo pra cima de mim lá no bar, só confirmei quando a garota estendeu a mão sorrindo como se não me conhecesse, a minha vontade era de dar um tiro nela aqui mesmo, mas respiro fundo pela Luna.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora