Capítulo 15

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LUNA DUARTE

Eu me sentia leve, depois de alguns shots e dançar pra caralho parecia que todos os problemas tinham sumido, por um momento esqueci de tudo, do Mateus, do JP, do que minha vó disse esses dias, continuava dançando até começar a sentir vontade de ir no banheiro.

— Preciso fazer xixi! — Digo as meninas que ainda dançavam, e não me deram muita atenção quando começam a se beijar. — Caralho, será que ainda tem aqueles banheiros públicos aqui? — Falo sozinha.  Saio andando um pouco tonta mas consciente, aguentava muita bebida, passando por dentro da multidão e atraindo olhares de algumas mulheres e homens, consigo sair do meio daquela gente e não avisto nenhum banheiro público, de longe vejo uma rua escura com alguns carros e tenho a brilhante ideia de ir até lá.

Vou atrás de alguns carros e quando estava desabotoando o short, ouvi uma voz masculina.

— Oi, tá perdida? — Eu não conhecia o homem que era o dobro do meu tamanho, tinha uma tatuagem no pescoço e parecia ser bem mais velho.

— Não. — Digo quando tento dar alguns passos mas ele vem se aproximando.

— Calma ai, tu já vai? bora se divertir um pouco... — Sinto seu rosto se aproximando quando cheira meu cabelo, sinto sua respiração nojenta perto o suficiente, o coração acelera na medida em que ia descendo pro pescoço.

— Me deixa em paz caralho. — Empurro as mãos contra seu peito que não tem muito efeito por ele ser forte e bem mais alto do que eu.

— Gosta de brutalidade? — Ele me vira encostando meu corpo nocarro e segura meu rosto contra o vidro da janela, sinto seu corpo encostando no meu, eu não sabia se gritava ou chorava, fui consumida pelo medo em questão de minutos, a voz parecia ter fugido, fico imóvel quando com o seu pé ele abre minhas duas pernas afastando, meu coração parecia que ia sair pela boca.

— QUE PORRA É ESSA!? — Eu já chorava compulsivamente quando ouvi a voz do JP vindo de trás.

— Relaxa ai JP, a gente só tá se divertindo. — Ele diz quando se afasta de mim.

— Se divertindo é o caralho! — Viro no mesmo instante e não consigo encarar seu rosto de vergonha, então abaixo a cabeça e limpo as lágrimas do rosto.


JOÃO PEDRO

Tinha perdido a Luna de vista depois da Natália aparecer na minha frente, puta que pariu só aparece na hora errada, passei um tempo palmeando o local mas nada de ver ela, até que vi Juliana com uma garota que sempre estava com ela, era sua amiga Isabelle.

— Qual foi, cadê a Luna? — Chego nas duas perguntando.

— Disse que ia no banheiro. — Sua amiga responde enquanto dançava.

— Mas não mandei colocar hoje. — Paro de falar quando as duas se atracam e começam a se beijar, até estranho na hora mas depois nem dou bola, saio andando por umas ruas que tinha ali pra ver se encontrava a garota.

Minutos depois consigo achar a Luna mas não do jeito que imaginei, vejo um cara em cima da garota e já fico puto mas logo estranho quando vejo que estava empurrando seu corpo contra um carro, chego gritando com o mesmo e ele solta ela rapidamente, ainda teve coragem de dizer que estava se divertindo, que filho da puta... Vejo a garota limpando o rosto que estava vermelho, e sinto uma raiva percorrer por todo meu corpo.

— Luna, vem cá. — Ela vem caminhando ainda sem me olhar, paro na sua frente e seguro seu rosto olhando seus olhos que estavam vermelhos indicando que estava chorando.

— Ele te machucou? — Ela apenas nega com a cabeça, sinto uma raiva só de pensar o que poderia ter feito pra ela se eu não tivesse chegado a tempo, imediatamente coloco ela atrás de mim.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora