📍𝑳𝒖𝒏𝒂 𝑫𝒖𝒂𝒓𝒕𝒆 | 12h37 pm.
Eu não sei que porra eu tinha na cabeça quando falei aquilo pro JP, fazia dias que não sabia nada dele, também nem queria apaguei o número e decidi que nunca mais quero olhar pra cara dele, não depois dele invadir minha casa e me ameaçar daquele jeito.
Tinha acabado de chegar do curso, tirei a farda jogando em cima da cama, logo em seguida a calça também, peguei o celular vendo algumas mensagens, vou cantarolando indo pro banho, hoje o dia parecia tá em paz.
Depois de um banho demorado, vesti uma roupa fresquinha e partiu almoçar, meu estômago revirava só com o cheiro da comida.
— Como você conseguiu esse número? — Ouvia minha vó no telefone enquanto descia as escadas, parei no caminho só pra tentar ouvir com quem ela falava.
— Não ligue de volta. — Foi a única coisa que ouvi.
Pude ver seu semblante mudar quando apareci no seu campo de visão, ultimamente tenho a impressão que ela sempre estava me escondendo algo, isso me irritava.
— Oi querida.— Ela diz assim que me ver.
— Oi, quem era? — Pergunto.
— Ligaram errado, vamos almoçar? — Sai andando naturalmente em direção a cozinha.
— Tem certeza? — Digo pegando um prato e colocando meu arroz.
— Sim. — Fala.
É claro que não acredito, mas decido ignorar porque agora ia matar quem tava me matando, termino de fazer meu prato de pedreiro e sento pra comer.
— Você recebeu alguém aqui esses dias? — Pergunta enquanto também se sentava.
— Não, porquê? — Dou uma garfada na comida levando a boca, puta que pariu muito bom, eu amo panqueca de frango.
— Nada, a vizinha disse que ouviu uma gritaria esses dias, não me importei, imaginei que fosse você e as meninas. — Lembro na hora do JP.
— É, foi isso mesmo, elas vieram aqui essa semana. — Minto.
As câmeras da rua não pode ouvir nada, que já corre pra fazer fofoca, eu em.
— Vamos ao shopping mais tarde? Preciso comprar um... — Não deixo ela terminar de falar.
— Vamos. — Concordei na hora porque precisava comprar uma bolsa nova.
[...]
— Não era só uma bolsa? — Minha vó pergunta depois de eu entrar na quinta loja, não consigo resistir a uma roupa nova, meu bolso chora.
— Tô aproveitando os preços vó. — Digo analisando uma roupa na vitrine.
Aproveito que ela saiu olhando outras roupas pela loja e vou em direção a sessão das lingeries precisava dá uma renovada urgentemente, tiro uma foto de algumas mandando no grupo das meninas, posso ouvir a Isa e Amanda gritando pra eu levar todas, queria mesmo mas meu cartão tá quase no vermelho, depois de pagar o curso esse mês tô pedindo a Deus que apareça mais trabalhos pra eu ganhar meu dinheirinho.
Não gostava de pedir dinheiro a minha vó, sempre corri atrás do meu, desde novinha sempre busquei ter meu próprio dinheiro.
Acabo escolhendo duas, uma branca rendada e uma azul marinho que tinha até um elástico pra perna, vou em direção ao caixa pagar, minha vó esperava na porta da loja falando no telefone, observo o jeito que falava no celular e com certeza a coroa não tá normal, parecia estressada e desconfiada.

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DOSE DUPLA
FanfictionLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...