Capítulo 27

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📍𝑳𝒖𝒏𝒂 𝑫𝒖𝒂𝒓𝒕𝒆 | 12h37 pm.


Eu não sei que porra eu tinha na cabeça quando falei aquilo pro JP, fazia dias que não sabia nada dele, também nem queria apaguei o número e decidi que nunca mais quero olhar pra cara dele, não depois dele invadir minha casa e me ameaçar daquele jeito.

Tinha acabado de chegar do curso, tirei a farda jogando em cima da cama, logo em seguida a calça também, peguei o celular vendo algumas mensagens, vou cantarolando indo pro banho, hoje o dia parecia tá em paz.

Depois de um banho demorado, vesti uma roupa fresquinha e partiu almoçar, meu estômago revirava só com o cheiro da comida.

Como você conseguiu esse número? — Ouvia minha vó no telefone enquanto descia as escadas, parei no caminho só pra tentar ouvir com quem ela falava.

Não ligue de volta. — Foi a única coisa que ouvi.

Pude ver seu semblante mudar quando apareci no seu campo de visão, ultimamente tenho a impressão que ela sempre estava me escondendo algo, isso me irritava.

— Oi querida.— Ela diz assim que me ver.

— Oi, quem era? — Pergunto.

— Ligaram errado, vamos almoçar? — Sai andando naturalmente em direção a cozinha.

— Tem certeza? — Digo pegando um prato e colocando meu arroz.

— Sim. — Fala.

É claro que não acredito, mas decido ignorar porque agora ia matar quem tava me matando, termino de fazer meu prato de pedreiro e sento pra comer.

— Você recebeu alguém aqui esses dias? — Pergunta enquanto também se sentava.

— Não, porquê? — Dou uma garfada na comida levando a boca, puta que pariu muito bom, eu amo panqueca de frango.

— Nada, a vizinha disse que ouviu uma gritaria esses dias, não me importei, imaginei que fosse você e as meninas. — Lembro na hora do JP.

— É, foi isso mesmo, elas vieram aqui essa semana. — Minto.

As câmeras da rua não pode ouvir nada, que já corre pra fazer fofoca, eu em.

— Vamos ao shopping mais tarde? Preciso comprar um... — Não deixo ela terminar de falar.

— Vamos. — Concordei na hora porque precisava comprar uma bolsa nova.



[...]


— Não era só uma bolsa? — Minha vó pergunta depois de eu entrar na quinta loja, não consigo resistir a uma roupa nova, meu bolso chora.

— Tô aproveitando os preços vó. — Digo analisando uma roupa na vitrine.

Aproveito que ela saiu olhando outras roupas pela loja e vou em direção a sessão das lingeries precisava dá uma renovada urgentemente, tiro uma foto de algumas mandando no grupo das meninas, posso ouvir a Isa e Amanda gritando pra eu levar todas, queria mesmo mas meu cartão tá quase no vermelho, depois de pagar o curso esse mês tô pedindo a Deus que apareça mais trabalhos pra eu ganhar meu dinheirinho.

Não gostava de pedir dinheiro a minha vó, sempre corri atrás do meu, desde novinha sempre busquei ter meu próprio dinheiro.

Acabo escolhendo duas, uma branca rendada e uma azul marinho que tinha até um elástico pra perna, vou em direção ao caixa pagar, minha vó esperava na porta da loja falando no telefone, observo o jeito que falava no celular e com certeza a coroa não tá normal, parecia estressada e desconfiada.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora