Capítulo 10

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LUNA DUARTE

...

— Meu deus Isa, eu tô morrendo de calor — Estávamos andando no centro a tarde toda hoje por que a Isa queria uma roupa nova, o que era totalmente desnecessário porque o que mais tinha era roupa.

— Amiga, hoje eu quero ir com um estilo diferente.

— Mas tu tem tanta roupa garota.

— To quase acabando, vem — Ela entrelaça seu braço no meu e saímos andando aquela rua que parecia ser infinita, só sei que já compramos tudo, de roupas até maquiagem, estava com fome e toda suada.

O cabelo preso a um coque, numa mão um panfleto que eu usava pra me abanar e na outra uma garrafa de água, esperando Isa comprar a última coisa da lista que tinha feito, finalmente íamos pra casa.

— Vamos — Vejo ela saindo com mais uma bolsa da loja.

— Finalmenteeee! — Levanto as mãos pro céu.

...

Quando dá o horário já começo a me arrumar, tomo um banho bem demorado lavando o cabelo pra tirar todo suor de hoje mais cedo, saio com ele enrolado na toalha e já começo a me vestir, o que ia demorar mesmo era a finalização dele, já tiro a toalha apertando pra tirar toda água, começo desembaraçando até sentir a escova passando livremente pelos fios quando escuto o celular tocar.

Oi amiga. — Atendo a ligação da Isa.

Você já tá pronta?

Terminando o cabelo, falta pouco.

Tô chegando ai.

Tá, vem. — Desligo o celular e já acelero o processo porque sei que a Isa é ansiosa pra caralho.

Pouco tempo depois ela chega e eu já tava pronta, usava um corset preto e uma mini saia com uma fita na cintura, nos pés uma havaianas branca porque hoje não tava afim de salto, as unhas estavam feitas então tava ótimo, já pego a bolsa preta de couro e passo meu hidratante e em seguida o perfume, desço correndo enquanto ela já chamava o uber.

— Vocês duas não tem jeito, tenham cuidado! — Minha vó passa por nós na sala.

— Não se preocupe Dona Marlene, tá comigo tá com Deus. — Isa diz.

— Meu deus, que pecado. — Digo baixo só pra Isa escutar.

Logo o uber chega e já entramos em direção ao baile, não demora muito pra que a gente chegue porque era pertinho, mas tinha umas duas ladeiras e não gostava de ir andando pra não soar toda.

Depois de pagar descemos do carro e assim que fecho a porta bato o olho em alguém que me fitava inteira do outro lado, era o JP, ele tava sumido e eu não o via há uns dias, não pude deixar de reparar o quão bonito era, mas não olho muito e logo viro de costa pra onde estava, o fluxo de pessoas passando tava até tranquilo, mas logo logo ia encher, não queria ficar no meio da multidão então decidimos ficar do outro lado onde tinha umas mesinhas pra sentar, lá pedimos uma cerveja e eu aproveitei também pra tirar uma foto do meu look, eu tava gostosa pra caralho.


JOÃO PEDRO

— Tá olhando o que? — FP diz ao meu lado enquanto puxa a fumaça do baseado.

— Nada. — Digo passando o olho por todo aquele lugar.

Ficamos um tempo em silêncio só degustando o baseado, olhando todo aquele fluxo de gente descendo e subindo pra todos os lados, o som tocando alto e as mulheres rebolando.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora