📍 𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 | 𝑺á𝒃𝒂𝒅𝒐 𝟐𝟏𝒉𝟎𝟖 𝒑𝒎.
Duas semana depois e eu já estava bem melhor que antes, ainda sentia uns incômodos no ombro mas nada que dormir com a Luna e um baseado não resolvesse, dormiu aqui dois dias mas teve que voltar por causa da vó.
Caralho, não entendo não, a garota tem vinte e dois anos, ganha o próprio dinheiro, é livre pra fazer suas escolhas. Já sabia o que sua vó pensava de mim por causa do passado com a filha, mas eu não sou igual o cara que se envolveu com a filha dela e se a Luna queria tá aqui então eu tava pouco me fudendo pra isso.
Só ia me afastar se a garota realmente quisesse.
Ou não.
Agora eu esperava Andrezinho passar aqui depois do mesmo dizer que queria trocar um papo comigo.
Mas papo reto? dias já só olhando pras paredes dessa casa, mó afim de tomar uma cerveja.
— Fala tu. — Andrezinho fala quando abro a porta depois dele ter me ligado não sei quantas vezes avisando que chegou.
— E ai. — Aperto sua mão e fecho a porta trancando.
— A gente vai pra onde? achei que tinha feito um jantar pra mim. — Leva as mãos no coração, nem enxergo esse cara.
— Vai sonhando, bora logo. — Saio de lá subindo na minha moto e ele na dele, logo dou partida e em minutos chego no local que eu queria.
Agora assim, era tudo que eu precisava. O pagode que rolava aqui na praça algumas vezes no mês já tinha começado, passei os olhos pelo local vendo que já tinha um bom fluxo de gente, de longe avistei o FP que quando bateu o olho em mim o cara simplesmente levantou e puxou a arma da cintura, dois tiros pra cima foi o suficiente pra chamar a atenção de geral.
— Como tu tá irmão? — Vou até ele apertando sua mão firmemente.
— Tô vivo. — Falei, observei suas pupilas um pouco dilatadas indicando que o cara já tinha cheirado alguma coisa, confirmo quando o mesmo tira do bolso um ziplock com cocaína me mostrando.
— Chegou hoje da Colômbia, tá afim? — Neguei com a cabeça.
— Pô, to suave. — Ele concorda e me afasto.
Cumprimento também alguns caras da mesa.
— E ai chefe. — Jacarezinho vem apertando minha mão.
Logo me sento e Andrezinho vem também sentando do meu lado, moleque parecia mais uma sombra.
— Não acredito que tu quer conversar aqui? — Falou e olhei pra ele não entendendo.
— Ué, tava afim de ver gente, desenrola ai — Falei abrindo uma cerveja e tomando.
— Nesse barulho?
— Ih porra, tá me estranhando? — Gasto ele.
— A vai se fuder. — Fala abrindo uma cerveja também.
— Fala tu, queria falar o que? — Pergunto e logo o cara estende a mão, não entendo mas logo ele puxa o celular do bolso atendendo uma ligação, nem dei atenção desviando o olhar. Sem falar nada o cara simplesmente sai de lá, ele não diz nada e eu também não pergunto.
— JP? — Ouço a voz feminina e olho pro lado vendo que era a Natália.
— Fala ae Natália. — Nem olho mais pra garota e tomo minha cerveja.
— Tem alguém aqui? — Aponta pro lugar do meu lado, apenas nego com a cabeça.
— Fiquei sabendo por alto do que aconteceu com você... não muita coisa, só que se machucou em algum lugar, como você tá? — Fala.
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DOSE DUPLA
أدب الهواةLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...