Capítulo 32

74 6 2
                                        

📍 𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 | 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂çã𝒐... 𝑷𝑻 𝟏/𝟐


— Eu tô cansada João Pedro, eu tenho casa, loja pra tomar conta, e dois filhos que não conseguem ficar dez minutos no mesmo ambiente que começam a brigar. — Minha mãe falava enquanto guardava alguma coisa no armário da cozinha.

Quinzes minutos já ela desabafando tudo que rolou esses dias enquanto eu só olhava pra cara da Juliana e Victor, esses dois parecem não ter noção.

— Eu já conversei com eles, e os dois vão caminhar na linha porque tá ligado que o bagulho vai ficar louco se não. — Encarei os dois sentados, parecia mais um tribunal e eu era o juiz.

Os dois não deram uma palavra, troquei uma prosa maneira com os três e espero ter resolvido, já ia sair porque deixei a Luna sozinha lá em casa quando ouço meu radinho tocar.

Bom dia flor do dia. — Reconheço a voz do André.

Fala logo o que tu quer. — Falo enquanto saia da casa da Vânia.

Não sei como a Luna te aguenta, teu humor é péssimo.

Adianta porra. — Falo já sem paciência.

FP pediu pra tu vir aqui na sala de contabilidade, ele quer falar contigo.

Marca dez que eu tô chegando. — Coloco de volta na cintura metendo o pé pra lá, nem mesmo comuniquei a Luna já que provavelmente ela ia dormir de novo naquele sofá, dorme pra caralho.



[...]


— Demora do caralho é essa? — Vinte minutos já nessa sala com o Andrezinho.

— Ele já tá vindo, relaxai ai. — Nego com a cabeça vendo o garoto girar com a cadeira olhando pro teto, não podia ser normal.

— E sobre aquele bagulho do marcola? descobriu alguma coisa? — Perguntei puxando o celular vendo a hora que marcava onze e meia.

— Ainda hoje tu vai ter a resposta, vou fazer umas cobranças hoje e me bater com esse contato. — Pisca pra mim.

— Não esquece. — Minha fala é abafada pelo barulho na porta e nós dois olhamos vendo o FP.

— Caralho, achei que não ia chegar hoje. — Aperto a sua mão.

— Tive um imprevisto. — Ele empurra Andrezinho da cadeira fazendo o garoto cair no chão, o mesmo se senta.

— Porra, sabe pedir pra levantar não? — Dou risada com esse cara.

— É o seguinte, recebi uma informação que pode complicar pra gente. — Começa a falar. — Aquele arrombado engomadinho, abriu o bico dizendo que conheceu uma mulher da comunidade que podia dar informações de onde ficava as bocas daqui, deram até quarenta e oito horas pra ele levar ela pra fora do complexo, assim eles podem levar ela direto pro depoimento.

— Caralho... — Andrezinho fala passando a mão no rosto.

— Eles sabem quem é a garota? — É a única coisa que eu falo.

— Eu não sei te dizer, só sei que muitos dos nossos estão achando que vai cair porque acha que a garota vai falar alguma coisa, eu não conheço muito bem ela mas se tu tá com ela então deve confiar, e eu confio em tu. — Ele me encarava. — A gente precisa agir rápido JP, não é só a DPF que vai querer subir essa porra, os inimigos também, o complexo da maré foi atacado esses dias, eles estão fazendo chacina, não estão pra brincadeira, não conseguiram derrubar o chefe de lá por sorte.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora