Capítulo 37

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📍𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐          

(pode conter gatilho) +18


— É esse o cara? — Na sala do FP ouvia ele falar do homem que estava em dívida aqui, dois meses já que enrolava pra pagar.

— É ele mermo, preciso que tu vá lá pra cobrar do cara, se não pagar hoje tu já sabe o que tem que fazer. — Diz se levantando, arruma o radinho na cintura.

— Conseguiu alguma informação sobre aquele arrombado? — Encarava ainda a foto do homem que iria cobrar daqui a pouco no celular. Tinha falado ao FP que queria que alguém confirmasse a morte do engomadinho lá, não fiquei sabendo de mais nada, nenhum noticiário foi ar, o que me deixando pensando se morreu ou não.

— Tô indo resolver essa parada agora, fica tranquilo. 

— Suave. — Concordei com a cabeça vendo ele sair mas para de andar e olha pra minha cara analisando, nem entendo. 

— Depois disso tu tá liberado, vai pra casa e tenta dormir porque tua cara tá horrível. 

Eu ouvi isso mesmo?

— Tá de sacanagem? — Nega com a cabeça. 

— Tô indo lá. — É a única coisa que diz saindo pela porta, acaba trombando com o André que entrava pela mesma porta.

— E ai. — Ele fala mas não respondo, puxo o celular me olhando pelo reflexo da tela, virando o rosto pra um lado e outro passei a mão no queixo analisando.

Não tava tão ruim assim.

— Quero aparecer também. — Praticamente se joga na frente do celular.

— Sai porra. — Falo empurrando ele que quase cai no chão.

— Porra, porque tu é tão agressivo? — Fala levando a mão no peito. — Só queria aparecer na selfie também pô.

— Não fode, não tô tirando foto. — Guardo o celular.

— Hum... — Diz puxando o dele, observo o mesmo pegando o seu celular da cintura e levanta tirando foto de nós dois, ele sorri mas eu não.

— Ai Andrezinho, como tá minha cara? — Pergunto pro mesmo que me encara fechando levemente os olhos me analisando.

— Tá horrível, tu tá com olheira, parece meio seca também. — Acerto um tapa na sua mão quando tenta encostar na minha bochecha. — Tu tá dormindo direito? tá bebendo dois litros de água todo dia? — Minha mente aperta pensando em como eu realmente estava fodido.

A real é que eu não conseguia tirar a possibilidade da Luna ter parentesco com o Marcola da cabeça, isso parecia me consumir a cada dia que passa e pior que a garota não faz ideia de porra nenhuma.

única coisa que me aliviava era saber que o Marcola teve dois filhos e bom... A Luna não tinha irmãos.

— Que caralho... — Puxei uma cadeira e sentei apoiando os cotovelos no joelho, passei as duas mãos no rosto pensando nessa porra toda.

— Tu precisa de um skin care irmão. — Sinto a mão de André encostar no meu ombro num gesto de consolo, encaro ele e rapidamente tirando sua mão dali.

— Sei nem que porra é isso. — Digo me levantando. — E bora parar com esse papo e meter o pé logo.

— Pra aonde? acabei de chegar. — Fala.

— Foda-se, adianta. — Saio da sala na frente e logo em seguida vem também.

Geralmente eu ficava apenas na contabilidade, mas entendia quando o FP pedia pra que eu fosse quando era alguma cobrança específica e não os outros, já conhecia o procedimento e não enrolava muito pra resolver, enquanto os outros caras passavam quase a porra do dia inteiro comendo a ladainha dos outros.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora