📍𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐
(pode conter gatilho) +18
— É esse o cara? — Na sala do FP ouvia ele falar do homem que estava em dívida aqui, dois meses já que enrolava pra pagar.
— É ele mermo, preciso que tu vá lá pra cobrar do cara, se não pagar hoje tu já sabe o que tem que fazer. — Diz se levantando, arruma o radinho na cintura.
— Conseguiu alguma informação sobre aquele arrombado? — Encarava ainda a foto do homem que iria cobrar daqui a pouco no celular. Tinha falado ao FP que queria que alguém confirmasse a morte do engomadinho lá, não fiquei sabendo de mais nada, nenhum noticiário foi ar, o que me deixando pensando se morreu ou não.
— Tô indo resolver essa parada agora, fica tranquilo.
— Suave. — Concordei com a cabeça vendo ele sair mas para de andar e olha pra minha cara analisando, nem entendo.
— Depois disso tu tá liberado, vai pra casa e tenta dormir porque tua cara tá horrível.
Eu ouvi isso mesmo?
— Tá de sacanagem? — Nega com a cabeça.
— Tô indo lá. — É a única coisa que diz saindo pela porta, acaba trombando com o André que entrava pela mesma porta.
— E ai. — Ele fala mas não respondo, puxo o celular me olhando pelo reflexo da tela, virando o rosto pra um lado e outro passei a mão no queixo analisando.
Não tava tão ruim assim.
— Quero aparecer também. — Praticamente se joga na frente do celular.
— Sai porra. — Falo empurrando ele que quase cai no chão.
— Porra, porque tu é tão agressivo? — Fala levando a mão no peito. — Só queria aparecer na selfie também pô.
— Não fode, não tô tirando foto. — Guardo o celular.
— Hum... — Diz puxando o dele, observo o mesmo pegando o seu celular da cintura e levanta tirando foto de nós dois, ele sorri mas eu não.
— Ai Andrezinho, como tá minha cara? — Pergunto pro mesmo que me encara fechando levemente os olhos me analisando.
— Tá horrível, tu tá com olheira, parece meio seca também. — Acerto um tapa na sua mão quando tenta encostar na minha bochecha. — Tu tá dormindo direito? tá bebendo dois litros de água todo dia? — Minha mente aperta pensando em como eu realmente estava fodido.
A real é que eu não conseguia tirar a possibilidade da Luna ter parentesco com o Marcola da cabeça, isso parecia me consumir a cada dia que passa e pior que a garota não faz ideia de porra nenhuma.
única coisa que me aliviava era saber que o Marcola teve dois filhos e bom... A Luna não tinha irmãos.
— Que caralho... — Puxei uma cadeira e sentei apoiando os cotovelos no joelho, passei as duas mãos no rosto pensando nessa porra toda.
— Tu precisa de um skin care irmão. — Sinto a mão de André encostar no meu ombro num gesto de consolo, encaro ele e rapidamente tirando sua mão dali.
— Sei nem que porra é isso. — Digo me levantando. — E bora parar com esse papo e meter o pé logo.
— Pra aonde? acabei de chegar. — Fala.
— Foda-se, adianta. — Saio da sala na frente e logo em seguida vem também.
Geralmente eu ficava apenas na contabilidade, mas entendia quando o FP pedia pra que eu fosse quando era alguma cobrança específica e não os outros, já conhecia o procedimento e não enrolava muito pra resolver, enquanto os outros caras passavam quase a porra do dia inteiro comendo a ladainha dos outros.

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DOSE DUPLA
FanfictionLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...