Capítulo 14

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LUNA DUARTE

Hoje o dia tava quente pra caralho, recebi uma mensagem da Isa quando tava saindo do curso, pra encontrar ela aqui no centro, deslizo as conversas vendo que não tinha recebido nenhuma mensagem do Mateus desde a última noite, logo ignoro porque estava quase sem bateria, bloqueio o celular e vou em direção ao lugar que Isa estava, não demora pra que eu consiga ver ela do outro lado da rua acenando.

— Caralho, que calor é esse? — Digo levantando a blusa na metade da barriga.

— Amiga, fiquei sabendo de uma loja e te chamei aqui pra ir comigo.

— De novo? Não compramos um dia desses? — Bufo.

— Eu sei, mas eu vi as fotos no Instagram e puta que pariu, tem um conjuntinho muito lindo que eu quero pra agora! — Ela diz empolgada.

— Você vai comigo ou não?

— Como se eu tivesse escolha. — Ela logo abre o sorriso e entrelaça seu braço no meu, vamos caminhando até a tal loja que não era tão longe.

...

— Boa tarde, posso te ajudar? — Uma mulher simpática logo vem nos atender.

— Oi, eu queria saber se esse conjuntinho ainda está disponível? — Isa pega o celular mostrando a foto do conjunto que tinha tirado print.

— Só um minuto.

— Juliana! Confere pra mim se o macaquito rosa ainda tá disponível. — Ela grita enquanto eu e Isa esperamos.

— Tamanho M. — Isa diz sorrindo.

— TAMANHO M. — A mulher grita de novo, na hora o celular da mesma toca e ela atende pedindo licença. — Só um minuto. — Diz saindo.

— Mãe, só tem no TAM P — A garota vem até o balcão.

— Puta merda... — Isa diz quando olha a garota dos pés a cabeça, conhecia bem ela e podia jurar que seu lado bissexual estava gritando agora, só olho pra cara dela negando com a cabeça enquanto a mesma babava na garota á nossa frente.

— Semana que vem tá chegando outra remessa, se quiser separo pra você. — A garota diz olhando pra Isa.

— Você não pode me passar seu número? Assim posso olhar as novidades sempre que tu postar. — Arregalo os olhos na hora não acreditando que tinha metido esse k.o.

— Claro, anota aí... +21 994...

— Seu nome é...? — Fico só calada observando as duas que trocavam olhares a todo momento.

— Juliana, e o seu?

— Isabelle, mas pode chamar de Isa.

— Foi um prazer Isa. — Ela sorri gentilmente e as duas ainda se olhavam como se eu não estivesse lá, a outra mulher volta na hora quebrando o silêncio.

— Me desculpe, eu tive que atender! — Ela diz enquanto passava para trás do balcão.

— Não se preocupe, voltarei outra vez. — Percebo o quanto ainda fitava a garota e acabo pegando no seu braço arrastando ela dali.

— Então vamos né, tô morrendo de fome. — Digo puxando seu braço.

— Vamos, até mais Juliana. — Ela diz ainda babando.

— Tchau Isa. — A garota sorri.

— Caralho, que mulher gata da porra meu Deus! — Diz enquanto andamos pela rua.

— Tu ficou babando na garota.

— Como não babar? ela é tão perfeita e eu tô apaixonada.

— Logo logo você esquece, tu é uma piranha, agora vamos almoçar que tô morrendo de fome de verdade. — Falo.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora