📍𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐
— Chato pra caralho. — Falei pra mim mesmo quando via a ligação do André pela quinta vez, porra não posso nem tomar um banho em paz.
Era domingo e depois de tomar aquele banho fui direto pro quarto só com a toalha enrolada na cintura separando a roupa que ia vestir hoje. Visto a cueca box branca em seguida a bermuda de tecido fino preta com o símbolo da nike, borrifo perfume por todo corpo antes de vestir a camisa de time preta e também depois de colocar, gostava de andar cheiroso.
— Tá de sacanagem... — Mais uma ligação, nem dava bola porque não tava com pressa, ainda ia passar na Luna pra pegar a garota.
Ignoro totalmente a ligação do Andrezinho e passo a mão na camisa, arrumo o cabelo com a mão mesmo porque já tava na régua, finalizo colocando a corda de ouro no pescoço, mó afim de lançar um pingente nela, era isso que tava faltando.
Arrumo a arma no cós da bermuda e o radinho, pego o celular e chave da moto saindo da minha casa depois de trancar tudo e metendo o pé pra casa da Luna.
[...]
Na rua chego acelerando fazer barulho mesmo que é pra garota saber que cheguei, puxo o celular pra mandar a mensagem mas guardo quando vejo a garota saindo com a cara nada boa.
— Caramba, precisa fazer esse barulho todo? — Fala quando chega perto, umideci os lábios vendo a mulher com a blusa transparente, conseguia ver perfeitamente o biquini branco que usava e o quanto descava no seu tom de pele.
— Bom dia. — Deixei um selinho rápido nela que apenas nega com a cabeça. — Tua vó tá ai? — Ela concorda.
— Falei pra ela que ia sair com você.
— Falou? — Até me surpreendi com essa.
— Uhum... — Encaro todo seu corpo, o short jeans que usava marcava suas pernas e a bunda redondinha que tinha, muito gostosa namoral. — Mas ela continua não gostando de você. — Falou simples.
— Foi o que eu pensei. — Falo.
— Aonde a gente vai mesmo? — Fala colocando o capacete.
— Sobe e bora que tu vai vê.
Depois da garota subir na moto meti o pé pro churrasco que ia ter aqui perto, assim que entro vejo alguns homens e mulheres daqui mesmo, as maria bandido que gostava de luxo e dinheiro que os cara maior proporcionava.
— Porra, finalmente chegou. — Ouvia rajadas de tiros pro alto assim que piso no local e a voz do FP vindo na minha direção junto ao guizera.
📍𝑳𝒖𝒏𝒂 𝑫𝒖𝒂𝒓𝒕𝒆
Observo os homens armados por todo local, quando ele falou que era pra colocar roupa de banho achei que íamos sei lá, numa praia, mas não, tô num lugar rodeada de traficantes armados e algumas mulheres.
João Pedro entrelaça sua mão na minha e eu sinto alívio com isso, me sentia segura com ele.
— E ai meu patrão. — Um homem se aproxima apertando a mão direita do JP já que com a esquerda ele segurava a minha.
— E ai Guizera.
— Pô, achei que fosse k.o esse papo de tu tá sossegado mas tô vendo que não. — O homem dá risada e João Pedro também, fico parada só olhando os dois.

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DOSE DUPLA
Fiksi PenggemarLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...