📍 𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 | 𝑺𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒂 𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂, 𝟗𝒉𝟐𝟕 𝒑𝒎.
Depois de um final de semana inteiro com a Luna, após aquela festa só deixei a garota ir pra casa no domingo á noite, caminhava com o corpo quase parando de tão cansado que tava, a mulher sugou minhas energias literalmente.
Agora entrava na sala do FP depois do cara me chamar pelo radinho.
— E ai. — Sou recebido com um aperto de mão.
— O que tá pegando? — Falo sentando em uma das cadeiras da sala.
— O que tá pegando é que os cana tá na tua cola, tua foto tá estampada em todo lugar do rio como procurado, eles tão te caçando.
— E? — Nem entendo o cara, já foi preso duas vezes e parecia ainda ter medo de rodar de novo.
— E? Porra tu tá de sacanagem? — Altera a voz. — Tu não pode cair JP. — Nega com a cabeça.
Papo reto, eu só temia cair numa prisão pela minha família, queria nem imaginar o que eles tentariam se soubesse que eles estavam exposto aqui e sem mim.
— Eu tô ligado. — Falo pensando.
— Uns anos atrás eu passava pela mesma situação... — Coçou o queixo parecendo pensar em alguma coisa.
— O que aconteceu? — Pergunto.
— Eu rodei, e teu pai me tirou de lá. — Engoli em seco. — Ele confiou esse morro á mim e eu confio a tu, sei que tu consegue administrar isso aqui como ninguém, tá no teu sangue. — Se levanta. — Por isso tu não pode rodar, logo mais vou precisar ficar longe e preciso que tu tome conta daqui.
— Do que tu tá falando? — Encaro ele parado na minha frente.
— Não tem nada certo ainda, tô fechando um negócio grande lá fora, é complicado mas isso vai exigir minha atenção por lá, enquanto eu tiver fora preciso de alguém confiável pra ficar de frente e tomar conta de tudo por aqui, e esse alguém é tu.
— Onde? — Pergunto entendendo tudo.
— Colômbia.
— Porra... — Passei a mão no rosto pensando em como tudo ia complicar agora.
— Tu não pode dá mole porra, se tu rodar aqui vai ficar desprotegido e vão tentar subir pra tomar.
Olhei ao redor sentindo o peso da responsabilidade cair sobre mim como uma tonelada. Agora, além de lidar com a minha própria situação, eu tinha que garantir que o morro continuasse funcionando sem problemas enquanto FP estivesse fora.
— Demorô, fica tranquilo pô. — Falei firme.
— Tem mais um bagulho pra tu saber, chegou aqui pra nós que aquele playboy tá no hospital ainda, disseram que o estado era delicado. — Lembro do homem que atirei.
— Caralho, se fosse eu já tinha morrido. — Bufo.
— A hora dele vai chegar. — Pega o caderno de contabilidades.
— Se não chegar, eu mesmo levo.
Depois de trocar um papo tenso com ele, nós dois começamos a contabilizar toda a droga que tinha chegado essa madrugada, abastecemos tudo.
Acionei alguns homens que logo chegaram, sobre a mesa de madeira abria os pacotes de cocaína, desfiz o lacre de um dos pacotes com calma despejando na balança digital, o display mostrou o peso exato enquanto um separava, o outro colocava no pino, no final eu faria o balanceamento de quanto a gente ia faturar.

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DOSE DUPLA
FanfictionLuna é uma jovem que cresceu no Complexo da Pedreira, no Rio de Janeiro. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela se vê dividida entre dois homens que representam mundos opostos: um sendo da lei e o outro não. À medida que Luna mergulha em um t...