Capítulo 41

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📍 𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 | 𝑺𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒂 𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂, 𝟗𝒉𝟐𝟕 𝒑𝒎.


Depois de um final de semana inteiro com a Luna, após aquela festa só deixei a garota ir pra casa no domingo á noite, caminhava com o corpo quase parando de tão cansado que tava, a mulher sugou minhas energias literalmente.

Agora entrava na sala do FP depois do cara me chamar pelo radinho.

— E ai. — Sou recebido com um aperto de mão.

— O que tá pegando? — Falo sentando em uma das cadeiras da sala.

— O que tá pegando é que os cana tá na tua cola, tua foto tá estampada em todo lugar do rio como procurado, eles tão te caçando.

— E? — Nem entendo o cara, já foi preso duas vezes e parecia ainda ter medo de rodar de novo.

— E? Porra tu tá de sacanagem? — Altera a voz. — Tu não pode cair JP. — Nega com a cabeça.

Papo reto, eu só temia cair numa prisão pela minha família, queria nem imaginar o que eles tentariam se soubesse que eles estavam exposto aqui e sem mim.

— Eu tô ligado. — Falo pensando.

— Uns anos atrás eu passava pela mesma situação... — Coçou o queixo parecendo pensar em alguma coisa.

— O que aconteceu? — Pergunto.

— Eu rodei, e teu pai me tirou de lá. — Engoli em seco. — Ele confiou esse morro á mim e eu confio a tu, sei que tu consegue administrar isso aqui como ninguém, tá no teu sangue. — Se levanta. — Por isso tu não pode rodar, logo mais vou precisar ficar longe e preciso que tu tome conta daqui.

— Do que tu tá falando? — Encaro ele parado na minha frente.

— Não tem nada certo ainda, tô fechando um negócio grande lá fora, é complicado mas isso vai exigir minha atenção por lá, enquanto eu tiver fora preciso de alguém confiável pra ficar de frente e tomar conta de tudo por aqui, e esse alguém é tu. 

— Onde? — Pergunto entendendo tudo.

— Colômbia. 

— Porra... — Passei a mão no rosto pensando em como tudo ia complicar agora.

— Tu não pode dá mole porra, se tu rodar aqui vai ficar desprotegido e vão tentar subir pra tomar.

Olhei ao redor sentindo o peso da responsabilidade cair sobre mim como uma tonelada. Agora, além de lidar com a minha própria situação, eu tinha que garantir que o morro continuasse funcionando sem problemas enquanto FP estivesse fora. 

— Demorô, fica tranquilo pô. — Falei firme.

— Tem mais um bagulho pra tu saber, chegou aqui pra nós que aquele playboy tá no hospital ainda, disseram que o estado era delicado. — Lembro do homem que atirei. 

— Caralho, se fosse eu já tinha morrido. — Bufo.

— A hora dele vai chegar. — Pega o caderno de contabilidades. 

— Se não chegar, eu mesmo levo.

Depois de trocar um papo tenso com ele, nós dois começamos a contabilizar toda a droga que tinha chegado essa madrugada, abastecemos tudo.

Acionei alguns homens que logo chegaram, sobre a mesa de madeira abria os pacotes de cocaína, desfiz o lacre de um dos pacotes com calma despejando na balança digital, o display mostrou o peso exato enquanto um separava, o outro colocava no pino, no final eu faria o balanceamento de quanto a gente ia faturar. 

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora