Capítulo 46 [+18]

20 3 1
                                    

📍𝑱𝒐ã𝒐 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐

(𝑴𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒅𝒊𝒂 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝑱𝑷)


— Como assim? Hoje? — Andrezinho me segue pela sala de contabilidade.

— Porra, eu já repeti mais de dez vezes, tu tá surdo caralho? — Falo já puto.

— Mas era só daqui um mês, caralho hoje chega carga fora as cobranças que tem pra fazer ainda, vai ser corrido pra caralho. — Fala o que eu já sei.

O bagulho é que o FP antecipou a porra da viagem pra hoje, de madrugada o cara já ia está bem longe daqui, ele ficou de passar aqui daqui a pouco pra me passar tudo já que agora eu iria comandar enquanto ele estivesse ausente.

— Tu vai comigo receber a carga lá no galpão, manda o Jacarezinho mais dois fazer as cobranças hoje. — Falo terminando de conferir o caderno vendo tudo que iria chegar hoje.

— Demorô. — Fala e ainda fica lá olhando pra minha cara.

— Tá esperando o que porra? — Falo e logo o cara sai bufando, tá de sacanagem, vários bagulho pra resolver e fica de corpo mole.

Já era mais de uma da tarde, tive tempo nem de almoçar hoje, desde cedo nessa correria, bagulho ia ficar sinistro depois que eu assumisse aqui, responsabilidade do caralho.

Sentei na cadeira passando a mão no rosto já me sentindo cansado pra caralho, puxo o celular confirmando que era uma e meia, abro o Whatsapp e como sempre as mensagens chegam de vários caras e algumas mulheres que nem tinha salvo, sei nem como caralho conseguem o meu número, provavelmente na porra dos grupos que esses pau no cu sempre me colocam, desço até a conversa da Luna vendo que a garota não tinha mandando nenhuma mensagem hoje, simplesmente sumiu, deslizo pro lado e clico em fixar.

Ficava puto que a conversa sempre descia por causa das outras mensagens.

— E ai, tudo certo pra hoje? — FP entra pela porta, bloqueio o celular e olho pra ele.

— Tranquilo pô.

— Quero trocar um papo contigo. — Fala se sentando também.

— Desenrola. — Falo.

— Tu sabe como funciona as coisas por aqui, se qualquer coisa sair do controle, tu tem carta branca pra agir do teu jeito. — Concordo com a cabeça. — Não esquece de manter sempre a cabeça fria e no lugar.

— Pode ir na paz pô, vou manter isso aqui seguro. — Falo levantando e logo ele também.

— Eu sei disso, tu é igualzinho ao teu pai. — Ele vem apertando minha mão firmemente. — Tudo certo pra receber a carga hoje? 

— Suave, o André vai comigo pra resolver esse bagulho.

— Se tudo der certo, volto com uma maior ainda. — Fala mexendo numa gaveta tirando alguns bagulhos. — Vou passar o resto da tarde por aqui, vai lá aproveitar teus últimos momentos antes de assumir. — Fala sorrindo.

— Demorô. — Nego com a cabeça rindo também, ia aproveitar pra almoçar já que não tive tempo pra porra nenhuma.

Depois de sair da sala, cumprimento alguns vigias em volta da boca, pego a moto e meto o pé pro restaurante da dona Nete.

Chegando no local que tinha até pouca gente, vou até o balcão e já faço o pedido sentindo o cheiro de comida boa pelo lugar, espero em pé mesmo já que não ia comer aqui e sim levar, passo o olho pelo local quando vejo as duas garotas na mesa, eram as duas amigas da Luna.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora