Capítulo 43

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📍𝑳𝒖𝒏𝒂 𝑫𝒖𝒂𝒓𝒕𝒆 | 𝑫𝒐𝒎𝒊𝒏𝒈𝒐, 𝟎𝟗𝒉𝟒𝟕 𝑨𝑴.


— Caralho, eu vou matar o João Pedro cara! — Falei indignada olhando a mensagem dele enquanto andava pela rua com a Isa depois dela ter me chamado pra fazer a unha do pé no salão da Vanessa.

— O que rolou? — Pergunta ainda andando.

— Tu acredita que ele marcou um almoço na casa da mãe dele HOJE. — Enfatizo. — E simplesmente esqueceu de me avisar? Caralho, a semana inteira cara, puta merda.

— Caralho!!! Que merda em? — Para próximo a um ambulante na rua. — Me dá uma água dessa ai moço. — Fala catando alguma coisa na bolsa.

Daqui a pouco são dez horas cara, tô na rua e nem uma roupa legal tenho pra ir, cabelo pra finalizar, sobrancelha pra fazer, minha unha da mão tá horrível, na moral sei nem o que faço contigo. — Seguro o celular gravando um áudio pra ele que logo visualiza.

Já estava desesperada e nervosa.

Primeiro fala direitinho que tu não tá falando com teus parceiro, e depois tu nem precisa de nada disso ai pô, tô indo pro corre, onze e meia passo ai se não tiver pronta vai rolar estresse.

— Mas que filho da p... — Não completo quando suspiro e fecho os olhos respirando fundo, ele conseguiu me irritar.

— Que isso? tá orando? — Isa fala dando risada mas nem falo nada, fiquei bolada de verdade.

A semana inteira pra me avisar, agora ele chega me dando menos de duas horas pra me arrumar, odeio fazer as coisas sobre pressão, sai tudo errado.

— Relaxa amiga, vai dá tudo certo, bora lá que eu te ajudo. — Ela entrelaça seu braço no meu e em seguida nós duas vamos pra minha casa.

Em pouco tempo tá nós duas em casa, chamei pela minha vó que nem respondeu então imaginei que devia tá na igreja que sempre ia aos domingos, tomei banho e lavei meu cabelo igual o flash enquanto Isa escolhia uma roupa pra mim, me ajudou também dando uma aparada nas minhas sobrancelhas, ela mandava muito bem deixando na régua, desde da escola que ela gostava de mexer com estética, mas a necessidade fez com o que ela seguisse um caminho diferente, já dava um ar diferente no rosto então não passei nada de maquiagem.

Peguei o vestido rosa simples que Isa tinha separado pra mim, já que não era nem uma festa vesti esse mesmo com minha sandália branca que eu usava pra ir pra todo lugar, no final deu certo e bati o olho no relógio vendo que já era onze e vinte, a qualquer momento o JP ia chegar então me apresso em espalhar o hidratante no corpo e jogar perfume também, agora sim, linda e cheirosa.

— Obrigada amiga! — Dei um abraço rápido na Isa que descia junto comigo.

— O que seriam de vocês sem mim. — Dá de ombros sorrindo. — Tá nervosa?

— Um pouco. — Juntei as mãos estralando os dedos. — Minha relação com a Vânia foi só sobre trabalho, tô um pouco receosa.

— Ela vai te amar garota, agora eu vou indo porque teu macho chegou. — A buzina da moto tocava como uma sinfonia em frente a minha casa, ele adorava fazer isso.

Acompanho ela até a porta a me despeço, passo o olho pela casa vendo se não esqueci de nada, então tranco tudo enquanto mando um mensagem pra minha vó avisando onde estaria.

— E ai. — É o que ele diz quando me aproximo.

— E ai. — Imito ele que faz uma cara.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora