Capítulo 34

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📍𝑳𝒖𝒏𝒂 𝑫𝒖𝒂𝒓𝒕𝒆


— Ficou ótimo Luna, eu amei. Muito obrigada! — A mulher fala quando mostro pra ela o resultado da nova identidade visual da sua loja de calçados, fui recomendada pela Vânia que sempre falava muito bem do meu trabalho pras outras lojas, bem que dizem que o melhor marketing é o boca a boca.

— Que bom que gostou. — Falei sorrindo pra ela.

— Com certeza vou te contratar mais vezes, em breve vou precisar de um pac de posts pra postar durante a semana. — Fala deslizando o dedo na tela do Ipad.

— Tô a sua disposição, só entrar em contato. — Depois de conversar mais um pouco com ela, sai de lá vibrante. Além do dinheiro que recebi ela ainda me deu um par de sandálias lindas, eu amava trabalhar com isso porque sempre ganhava mimos das lojas.

Já estava quase concluindo meu curso, faltava pouco de dois meses, eu mandava muito bem no que eu fazia mas ainda não tinha nenhum certificado, esse seria o primeiro de muitos. Quero fazer mais além de participar de workshops e eventos.

Agora caminhando nesse sol de rachar eu ia em direção ao restaurante da dona Nete, melhor comida aqui do complexo, a mulher era braba na cozinha. Marquei com a Isa pra comer aqui, também chamei a Amanda que nem pode vir por que teve que almoçar com os pais.

— Porra finalmente, tava quase desmaiando de fome aqui. — Isa fala assim que entro no local, logo sentei na cadeira ficando frente á frente com ela.

— Foi mal amiga, já pediu? — Tiro a mochila das costa colocando no chão.

— Tive que pedir né, prefiro o self service que eu encho mais meu prato, mas tu demorou pra caralho então tive que pedir. — Sorri com a cara que fez. — Mas e ai, como foi lá? — Levo a mão no cabelo fazendo um coque, porra que calor é esse?

— Foi tranquilo, ela amou e disse que ia precisar mais vezes. — Logo a mulher chega com dois pratos na bandeja, muito bem colorido com as verduras. — Obrigada, trás uma coca também por favor? — Ela concorda. — Vai trabalhar ainda hoje? — Não perco tempo e começo a comer, logo a mulher também trás uma coca geladinha, eu mesma abro servindo nós duas.

— Não sei não, tô por aqui já com esse trampo — Leva a mão na cabeça. — Não sei lidar com público amiga, eu tento mas não consigo. É cada pergunta idiota tipo "É esse preço que tá aqui mesmo?" Caralho, se tá lá é porque é né. — Prendo o riso vendo ela imitar uma vozinha.

— Relaxa amiga, quando eu ficar rica vou tirar nós duas daqui. — Dou um gole na coca geladinha. — Tô levantando uma grana pra comprar minha câmera. — Falo.

— Se tivesse aceitado o dinheiro que a Amanda te ofereceu ano passado, tu já tinha concluído esse curso e de quebra estaria com todos os materiais. — Paro de comer olhando pra ela.

— Isa você me conhece, eu não quero nada de ninguém, não quero que sintam pena de mim, eu tenho disposição o suficiente pra trabalhar. Além disso, conquistar é melhor que ganhar. — Pisco pra ela.

— Eu sei, mas a vida é injusta. — Fala levantando as sobrancelhas.

— É, mas não precisa ser fácil, só precisa ser possível. Eu sei que muita gente me olha como a garotinha que cresceu sem pai e mãe. E de verdade, eu não quero a dó de ninguém, eu me acho fodona e sei que pra todo propósito existe um processo, e eu tô vivendo o meu. — Dou de ombros.

— Você é foda pra caralho! — Ela fala e nós duas sorrimos. — Tenho orgulho de você amiga.

— E eu de você, um brinde á nós! — Levantei o copo de vidro em mãos fingindo ser uma taça de espumante e ela faz a mesma coisa, nós duas rimos quando batemos o copo um no outro e depois tomamos nosso refrigerante.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora