RHOE
Sheets are swaying from an old clothesline
Like a row of captured ghosts
over old dead grass
Was never much, but we have made the most
Welcome homeApertei a faixa da aljava contra o meu peitoral e depois passei os dedos pelas penas das flechas, que despontavam acima do meu ombro, escolhendo aquela que voaria mais rápido.
Me prendendo nos galhos das árvores ficava mais difícil atacar os animais não mágicos daquela floresta infinita. Floresta, inclusive, que eu percebi ser viva.
Eu não conseguia definir muito bem o começo do dia e da noite lá, mas a, o que eu acreditava ser, dois dias atrás, fui atacado por um bicho que nunca esperei encontrar na vida.
Olhe para mim. O animal, ser, bicho ou feérico me disse naquele momento, e eu soube automaticamente que tinha que ficar parado e fixar meu olhar na árvore mais próxima.
Nunca que eu procuraria o ser que estava ordenando que eu olhasse para ele. Meu sangue congelou quando um frio arrepiante e penetrante passou. Eu não conseguia ver nada, apenas um vago brilho no canto da visão e a floresta ficou em silêncio ao meu redor, como um ser vivo se escondendo da caça.
Toda a floresta parecia se encolher, murchar, congelar, quando aquele animal murmurou em minha mente.
Eu não conseguia vê-lo nem se quisesse, e não queria, mas podia senti-lo. E, bem no fundo da minha mente, a voz antiga e oca voltou a sussurrar:
Vou triturar seus ossos entre minhas garras, vou beber sua medula, vou me banquetear com a sua carne. Sou o que você teme, sou o que receia. Olhe para mim.
Olhe para mim.
Tentei engolir em seco, mas minha garganta havia se fechado. Mantive os olhos no tronco velho e retorcido da árvore na minha frente, nos mínimos detalhes dela que não fosse a massa fria que me rodeava diversas e diversas vezes.
Olhe para mim.
Quando o animal disse novamente, não consegui controlar o meu poder que estava rugindo dentro de mim para se libertar e me proteger desde que pisei naquele mundo.
A escuridão tinha emanado de mim como uma corrente viva, tão forte quanto em qualquer momento da minha vida em Terrasen. Tive medo do meu próprio poder nos primeiros momentos, me lembrando da situação do teatro em Forte da Fenda ou da última vez que tive um colapso, na cozinha do palácio.
Meu pai teve que me apagar para que eu não ferisse outras pessoas inocentes. Mas Rowan não estava ali, e também não haviam pessoas inocentes ao meu redor, apenas seres que queriam me transformar no seu café da manhã.
Meu medo de mim mesmo passou quando escutei aquela praga sibilar de dor na minha mente e murmurar um nome, com muito ódio e pavor:
Rhysand.
O que quer que aquilo significasse, foi a última coisa que o bicho disse antes de morrer. Esperava que não fosse uma maldição, pois provavelmente já estaria carregando uma depois de roubar os artefatos daquele chalé.
A escuridão continuou emanando de mim por um bom tempo, envolvendo as minhas asas, formando estrelas entre as árvores, virando uma massa densa e fria ao meu redor. Era como se a minha magia estivesse brincando na floresta depois de afastar as ameaças que queriam "beber a minha medula".
E foi depois disso que eu percebi que a floresta era viva. Mesmo sendo uma terra de ninguém, já que eu não via uma civilização desde que "pousei", ela parecia respeitar a minha magia. Como se a reconhecesse.
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DARK PARADISE; tog + acotar
FanficDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...