DARK PARADISE ───── seu preço é inominável.
Um plano, uma vingança.
Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado.
Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...
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RHOE
I used to be the type of kid that would always think the sky is falling Why am I so differently wired? Am I a martian? What kind of twisted experiment am I involved in? Cause I don't belong in this world
𝐋evantei com um pulo.
A sensação de estar caindo daquela sacada, o toque das mãos macias daquela garota loira, o barulho da cidade sobre os meus pés e a visão daquele céu maravilhoso ainda estavam vividos na minha mente.
Parei por alguns segundos, só para ter certeza de que nunca me esqueceria desse sonho. Foi um sonho insano, mas um dos melhores que já tive. Rapidamente peguei uma caderneta com capa de couro que ficava entre o colchão e a cama, um lápis surgiu na minha mão quando eu o conjurei, e comecei a desenhar todos os detalhes que eu lembrava: a vista maravilhosa, o céu estrelado, a população alegre e a mão daquela menina misteriosa.
Estava tão focado na minha própria mente que acabei nem sentindo o peso que agora puxava as minhas costas para baixo. Uma dor estranhamente confortável subia a minha coluna e, ao levantar, bati alguma coisa na haste da cama.
O que diabos estava preso ali?
Por um segundo voltei a pensar no sonho que tive, das asas surgindo atrás de mim e me envolvendo enquanto eu tentava voar na escuridão.
Não. Não podiam ser asas. Até porque era só um sonho, não era?
Disparei em direção ao espelho que tinha encostado no canto de meu quarto. Quando eu era mais novo, não gostava muito de espelhos, me sentia extremamente inseguro sempre que parava para observar os meus traços físicos, algo que sempre acabava me levando a pensar em todos os comentários que já fizeram sobre o fato deu ser totalmente diferente dos Ashryver Whitethorn Galathynius. Contudo, o tempo foi passando e eu comecei a utilizar essas características diferentes ao meu favor: sempre me destacando em relação a minha família ou também para me camuflar na multidão, além do mais, diferente não significa menos bonito e eu comprova isso todas sextas feiras à noite.
Todavia, parecia que o universo estava me dando mais um presente de aniversário, ou talvez seria uma pegadinha de 19 anos, pois ao olhar para o meu reflexo, vi gigantescas asas saindo das minhas costas, pretas e escamosas, pendendo no chão por conta de seu peso.
Quis gritar, não sabia o que diabos era aquilo e estava entrando em pânico. Era um dia extremamente importante e intenso para a minha família e eu estava parecendo um morcego ambulante.
Escutei passos vindo do corredor. Meu quarto ficava no ponto mais alto de uma torre que dividia com Nehemia, então provavelmente a pessoa entraria aqui.
