LYRIA
Tell me I was the chosen one
Show me that this world is bigger than us
Then sent me back where I came fromSer feérico significava imortalidade e rápida regeneração, mas não nos evita de sentir dor.
E era apenas dor que eu estava sentindo naquele momento.
Minha consciência ia e vinha desde que me arrastaram para fora do meu sonho com Nyx, e mesmo enquanto eu estava na total escuridão todas as regiões do meu corpo doíam demais.
Eu ainda não tinha noção do estado do meu corpo depois de sair daquela luta com o valg, eu só sabia que tudo doía e que eu provavelmente estava pegando fogo, ou a minha pele estava.
Isso porque todas as vezes que eu recobrava a minha consciência, todos no lugar que eu estava se mobilizavam para me trocar de banheira, para uma água assustadoramente gelada que rapidamente começava a ferver e a queimar a minha pele, então me mudavam para outra e outra e outra até a dor me fazer desmaiar.
E eu pensando que tinha conseguido controlar a minha magia para incendiar o valg ... eu devia ter sido queimada com ele.
Eu devia ter deixado que ele me matasse.
Mas eu tinha uma leve impressão de que ele não me mataria. E esse destino eu não queria.
O quarto estava escuro e abafado quando eu abri os meus olhos novamente, sentindo como se estivesse sendo pisoteada por uma dezena de cavalos selvagens.
Minha pele estava limpa, sem nenhuma marca de sangue ou fuligem, o que significava que alguém provavelmente havia me lavado. E provavelmente trouxeram uma curandeira, já que agora finas linhas brancas estavam distribuídas pelo meu corpo, principalmente onde mais doía.
Todavia, o que mais importava agora era que a água não começou a ferver quando eu abri os olhos. Esperava que eu tivesse gastado todo o meu poder nessas últimas horas para que eu pudesse sentir o frio da brisa que estava balançando as cortinas - mas isso era uma esperança boba de criança, pois eu conseguia sentir por debaixo da minha pele, nas minhas veias, esse fogo vivo e mortal esperando para ser liberado.
Só de pensar nisso me senti tonta e me levantei com um súbito da banheira, esparramando mais água para o chão que já estava completamente sujo e encharcado, e acordando as figuras que cochilavam nas poltronas.
— Graças a Mãe — escutei a voz da minha mãe, como se estivesse distante mas logo na minha frente, enquanto ela enrolava uma toalha no meu corpo nu e dolorido. Feyre beijou o topo da minha cabeça e me ajudou a sair da banheiro, meus pés sensíveis tocando a água gelada empoçada no chão.
Rhysand, com uma expressão cansada e as roupas finas completamente encharcadas - como se não tivesse saído dali em nenhum momento -, correu para ajudar a minha mãe e rapidamente me envolveu em um abraço.
— Por favor nunca mais faça isso, por favor — ele murmurava enquanto me abraçava, o que me fez perceber que eles não sabiam o que realmente tinha acontecido. Não tinha como eles saberem, não quando garanti que aquele esconderijo tivesse sido queimado até virar cinzas.
Será que eles acreditavam que eu apenas tive uma crise e afundei no Arco Íris? O comerciante azul de Velaris, a última pessoa que eu conversei antes de descer naquela passagem secreta, acreditava que eu tinha deixado a feira porque não estava me sentindo bem, e tinha ido procurar o meu pai. Não posso imaginar o desespero que Rhysand deve ter sentido quando meus primos chegaram nele a minha procura e eu não estava lá. Não posso imaginar o que deve ter passado na sua cabeça, logo depois de três assassinatos na cidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DARK PARADISE; tog + acotar
FanfictionDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...