xxxxxxxiv. A SONG OF ADARLAN

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LYRIA

Oh daughter, your proud heart
Is fierce to behold
But remember we reap what we sow
When the sky grows dark
And the air turns cold
Arise, my child
Be brave
The flowers may wilt
The sun may fade
But time can't take courage away

Quando Rhoe atravessou para dentro da galeria, o seu cheiro mudando todo o funcionamento do meu sistema, achei que ele tinha vindo para cumprir com o que prometera na noite passada, para finalmente aliviar aquele desejo que percorria o meu corpo.

O que eu não esperava era vê-lo tão desesperado, com as feições tão fora de si.

E então eu estava despencando entre os mundos, agarrada a ele.

O portão de Wyrd se fechava atrás de nós, enquanto o sangue que ainda escorria da minha mão nos unia. Era como se eu pudesse sentir a minha magia traçando aquele portal.

Conforme se fechava, todos os mundos se sobrepunham.

E nós dois caíamos por eles.

Um após o outro após o outro. Mundos de água, mundos de gelo, mundos de escuridão.

Nos passamos através de todos, mais rápido que uma estrela cadente, mais rápido que a luz.

Nos precisávamos ir para Terrasen.

Precisávamos achar a casa de Rhoe ...

Mundos de luzes, mundos de torres que se estendiam até o céu, mundos de silêncio.

Tantos.

Havia tantos mundos, todos milagrosos, todos tão preciosos e perfeitos que, mesmo enquanto caía entre eles, meu coração se partia ao vê-los.

Meus pais nem sonhavam com essa possibilidade, de conhecer outros mundos ... eles não tiveram a chance.

Mas eu tinha e tinha também a chance de salvar Prythian.

Mergulhamos por mundo após mundo após mundo.

Rápido demais.

Mas não conseguia reduzir a velocidade. Não conseguia parar.

Dando cambalhotas, girando no próprio eixo, nos passávamos por eles, um após o outro após o outro após o outro após o outro.

Olhei para Rhoe, desesperada. Aquilo seria normal? Foi assim que ele se sentiu?

Mas não tinha como perguntar, não quando eu apenas tinha um vislumbre daqueles olhos violetas enquanto caímos, enquanto eu o apertava com mais força.

Rhoe rugiu, uma faísca de seu ser piscando pelo céu, quando quase nos separamos. Ele me segurou em seus braços como se eu fosse um tesouro depois disso.

Eu conseguia sentir um fio entre nós, um fio que ficou mais forte. Mais tenso. Puxando.

Rápido demais. Precisava reduzir a velocidade...

Mergulhei para dentro de mim mesma, daquela minha magia que parecia nos guiar naquele caminho, agarrando qualquer tipo de poder para reduzir a velocidade.

O mundo de montanhas cobertas de neve sob estrelas reluzentes ficou para trás, muito para trás.

Passamos por um mundo onde uma grande cidade fora construída ao longo da curva de um rio. As construções eram impossivelmente altas e brilhavam com luzes. Nesse mundo um macho alado, não um illyriano, mas algo como um anjo negro, sobrevoava os céus tingidos de vermelho.

DARK PARADISE; tog + acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora