LYRIA
Wherever you go that's were I'll follow
Nobody's promised tomorrow
So I'ma love you every night
like it's the last night
If the world was ending
I'd wanna be next to youPara minha última tarefa, recebi uma armadura de couro illyriana completa, mas já usada, para dizer o mínimo — manchada, rasgada e fedida —, porém, apesar do fedor, mantive o queixo erguido conforme fui escoltada para o salão do trono.
Aquela definitivamente não era a minha armadura, que provavelmente ainda estaria em meu quarto na Cidade Escavada ou em Velaris, pois a minha própria tinha sifões para quando eu conjurava minhas asas. Sifões dourados, como as minhas chamas se manifestavam as vezes.
Era melhor assim, pois significava que, pelo menos, eu não teria que conjurar minhas asas para aquele desafio. Pelo menos isso eu poderia manter guardado para mim.
As portas se abriram, e o silêncio no salão me atingiu. Esperei as provocações e os gritos, esperei ver ouro reluzir conforme os espectadores faziam as apostas, mas, dessa vez, os feéricos apenas me encararam, os rostos conhecidos cruéis particularmente atentos.
Aquele desafio seria diferente da minha mãe, tinha de ser. Não faria sentido algum Clare me colocar para matar feéricos inocentes e, não sei, talvez Rhoe como o terceiro feérico, não quando ele com certeza não tinha um coração de feérico.
Eu estava torcendo, com todas as minhas forças, que aquela desgraçada fosse criativa nessa semana.
Não achei que fosse apenas preocupação estampada em seus rostos. Precisei engolir em seco quando alguns dos feéricos levaram os dedos aos lábios e depois estenderam as mãos para mim; era um gesto para os caídos, um adeus aos mortos honoráveis. Não havia malícia naquilo. A maioria daqueles feéricos eram ricos, vindos de famílias sangue puro que reinavam naquela montanha a gerações, a milênios, mas mesmo assim nenhum dinheiro, nenhum poder na corte antiga que se mantinha ali, os salvaria de Clare caso eu morresse hoje. Eles sabiam disso. Sabiam que eu era a sua salvação.
Eu tive quase que uma semana com Rhoe desde a minha última tarefa. Uma semana em que conversamos sobre as histórias de nossos mundos, que apresentamos um ao outro os jogos que brincávamos quando crianças, que o deixei "maluca" como ele gostava de dizer. Foi uma semana linda, pois sabíamos que o que acontecesse hoje separaria a ideia de um futuro e do fim da vida.
Segui pelo caminho que eles tinham liberado... direto até Clare. A usurpadora sorriu quando parei ao lado do trono. Winter estava ali ao seu lado, junto com Mor, Nestha, Cassian, Tyrion, Dakan e Elain.
Dakan estava miserável, mal conseguindo se postar de pé. Quando olhei para suas asas, cujos tecidos e nervos estavam regenerando, entendi o porque. Era torturante Clare obrigá-lo a ficar ali.
Azriel e Jane também estavam lá, obviamente ainda com os anéis negros em seus dedos, então me forcei a não notar suas presenças, não com tia Elain ali.
Mas Rhoe não estava em nenhum lugar, nem no altar dos tronos nem na multidão, eu conseguiria sentir o cheiro dele caso ele estivesse aqui.
Aquilo me deixou preocupada ... se Clare copiasse o último desafio de Amarantha...
— Duas tarefas você já deixou para trás — disse Clare, limpando um grão de poeira do vestido preto estrelado. Os cabelos castanhos claro brilhavam, numa escuridão reluzente que ameaçava engolir sua coroa prateada de Feyre na sua cabeça — E falta apenas uma. Imagino se será pior fracassar agora, quando você está tão perto de ser livre — ela fez um biquinho, e ambas esperamos as gargalhadas dos feéricos.
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DARK PARADISE; tog + acotar
FanficDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...