xxxxxvii. FOLLOW YOU

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RHOE

My head is hurting me, and my
heart feels like a ghost
I need to feel something 'cause
I'm still so far from home
Cross your heart and hope to die
Promise me you'll never leave my side

— O que você quis dizer com isso? — com todos aqueles olhares imortais e curiosos em minha direção, acredito que as minhas palavras saíram mais duras do que deveriam.

Como eu poderia ter enganado os escudos?

Pequeno Grão- Senhor. Aquele apelido que o Livro me dera surgiu em minha mente, como um farol brilhoso, mas o afastei.

— Acredito que Clare deva ter tirado toda a linhagem sanguínea de Feyre dos escudos, o que é muito inteligente porque deixa apenas ela e Lyria para controlar magicamente a Corte Noturna — Winter começou a explicar, limpando sua mão suja de sangue e suor na armadura.

— Isso é possível? — Mitra perguntou olhando para Seraphia, como se a feérica da Corte Estival tivesse todas as respostas.

— Ela é a Grã-Senhora, poderia reformular todos os escudos para que apenas uma formiga tivesse acesso caso desejasse — foi a resposta da feérica que costumava dizer tudo com palavras envoltas ao mel, mas que agora estava seca.

— E eu, nem meus outros primos, temos relação sanguínea nenhuma com Rhys — Winter voltou a explicar — A barreira me conhecia, até gostava de mim, mas não queria me aceitar.

A barreira era algo ... vivo? Capaz de gostar de alguém?

E que escolha péssima gostar de Winter, principalmente agora que ela estava me olhando com aqueles olhos turquesa mortais.

— Ela estava quase disparando os alarmes, avisando Clare e convocando os exércitos de segurança ... quando reconheceu a presença de Rhoe.

Os escudos, a barreira, daquela cidade haviam me reconhecido, mas por que?

Isso me fez lembrar de que aquela floresta na qual eu tinha caído, o Meio, também me reconhecerá. Quando eu despontei a minha escuridão sobre ela, todos os seres ali pareceram me respeitar um pouco mais, se mantendo distantes, enquanto a própria floresta se abria para mim.

— Talvez seja uma armadilha, já que Rhoe é um illyriano, um mestiço no caso — Mitra começou, guardando a foice - que parecia ser feita de um gelo letal - em sua bainha.

— Qual seria o sentido disso? — Arion se pronunciou pela primeira vez desde que Winter havia declarado que fora graças a mim que a barreira nos permitiu passar — Tem alguma chance de algum dos seus pais serem um bastardo, garoto? Os antigos Grão Senhores, antes de Rhys e Feyre, eram parceiros mas o casamento deles não era o dos melhores.

Meu olhar disparou para o de Winter inconscientemente.

Ambos de nós sabíamos que aquilo que era impossível, que não tinha como eu ter relação sanguínea nenhuma com Rhysand, o pai de Lyria.

Mesmo que diversas vezes eu tenha sido chamado assim.

Winter arqueou as sobrancelhas para mim, um sinal de que não me delataria, mas que o meu disfarce estava começando a cair.

Eu já tinha chegado até ali com aqueles três feéricos, já tinha descoberto que eles não eram apenas traficantes marítimos ou donos de estalagens, na verdade os três tinham um coração tão bom que se dispuseram a salvar uma cidade inteira desconhecida de uma rainha tirana.

Eles mereciam saber da verdade.

— Isso é impossível — comecei respirando fundo, meus olhos fixos nos de Winter, já que ela era a única que sabia de quase toda a verdade — Pois eu não sou desse mundo.

DARK PARADISE; tog + acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora