xxxxxxxvi. CASTLE

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LYRIA

I'm headed straight to the castle
They wanna make me their queen
And there's an old man sitting on the throne
That's saying that I probably shouldn't be that mean

Não foi difícil invadir o castelo, algo que era muito curioso.

Claro, também não foi fácil se esgueirar pela passagem que Darius tinha criado para si próprio, ela sendo pequena até mesmo para o anão, mas depois que passamos por ela, as sombras de Rhoe nos envolveu por todo o caminho até dentro da parte de pedra do castelo, o que nos manteve escondidos dos guardas.

O macho estava preocupado, ansioso. Ter encontrado aquelas duas mulheres no Diabrete mexeu com ele. Eu conseguia sentir isso.

Porém, naqueles corredores iluminados por velas da parte de pedra do Castelo Vidro, no qual Rhoe estava guiando o caminho para onde seria o quarto de Rhiannon, pude jurar que vi Elena Havillard brilhando.

Ela estava ali, brilhando aquele seu azul fantasmagórico da cor dos seus olhos, em uma esquina que tínhamos dobrado a alguns segundos.

Rhoe tagarelava baixinho sobre alguma coisa que eu já não mais escutava desde que vi a fantasma. Ela estava ali, tinha conseguido voltar para aquele mundo.

Mas, mesmo depois de tudo, minha magia rugiu de fúria ao vê-la, pois fora ela quem me arrastará para aquilo. Tudo isso só estava acontecendo porque ela apareceu para mim e me chamou de Aelin Galathynius – da mesma maneira que aqueles homens no Diabrete acreditaram que eu era ela.

E eu não podia explicar aquilo para Rhoe, não sem que ele encontrasse uma maneira de apaziguar a minha raiva pela rainha morta daquele mundo. Por isso eu sai de fininho, o deixando caminhar sorrateiramente para frente.

Ele não olhou para trás, acreditando que eu o seguia.

Mas eu já estava longe, próxima àquela esquina que a encontrei, quando mãos humanas, três pares, fortes e calejadas me apertaram por trás, me contendo.

Merda, merda, merda.

Uma explosão de perguntas chegou aos meus ouvidos: quem é você? O que está fazendo aqui? Como entrou? Quais eram os seus planos?

Todas as perguntas seguidas por xingamentos, claro, típico dos humanos daquele mundo. Isso se eu pudesse comparar os guardas com os criminosos dos cortiços.

— Eu estou com ... — eu mesma me interrompi, pensando melhor. Se Sam tivesse manipulado os monarcas daquele mundo, manipulado os pais que eram amigos do rei de Adarlan, então falar que eu estava com Rhoe apenas me traria mais problemas.

Era justamente por isso que estávamos ali no meio da noite, invadindo o castelo como verdadeiros criminosos.

— Está com quem, garota? — oh se o guarda soubesse que eu não era uma garota, que eu era uma feérica, eu verdadeiramente teria problemas.

— Eu apenas vim ver a princesa Rhiannon — falei, erguendo a cabeça e rangendo os dentes para não rosnar perante a audácia daquele homem.

Os três guardas vestidos de armaduras de prata decoradas com o carmesim e dourado de Adarlan olharam uns para os outros por alguns segundos e caíram na gargalhada.

— A "princesa" Rhiannon — ele deu tanta ênfase na palavra "princesa" que era claro que Rhiannon não usava aquele título — Não está aqui, mas acho que alguém que a visitaria no meio da madrugada saberia disso, não?

Desgraçado. Humano desgraçado e audacioso.

Minha vontade era de queima-lo de dentro para fora, todos os três, e sair correndo dali. Afinal, naquele mundo, falar quem eu era, falar o meu sobrenome, não causaria efeito algum.

DARK PARADISE; tog + acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora