xxx. WRITER IN THE DARK

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RHOE


I still feel you, now and then
Slow like pseudo-ephedrine
When you see me, will u say I've changed?



Eu esperei que todos saíssem das carruagens, principalmente Nehemia que já pulou se transformando em uma raposa platinada e correu na direção das florestas do Palácio Branco, fazendo com que uma tropa de guardas a seguissem desesperados, para que eu pudesse ir para o meu quarto.

O problema era que ainda haveria muito movimento pelos corredores antes que todos resolvessem dormir, e então eu poderia conversar com o Livro escondido nos meus aposentos. Eu não queria ser surpreendido por ninguém naquela noite.

Então enquanto os meus pais se trancavam nos próprios quartos, Aedion reunia os guardas e os outros estivessem fazendo sabe-se lá o que, resolvi ir para o pátio de treinamento.

Eu tinha praticamente aprendido a engatinhar nesse lugar, meus pais e meu tio Fenrys se desdobraram para que eu me tornasse um verdadeiro espadachim digno de canções de guerra; algo que antes parecia uma besteira, mas agora poderia ser uma realidade.

Nunca levei realmente a sério essas aulas, preferia muito mais ficar com os meus tutores na biblioteca aprendendo sobre diplomacia e história, porém eu fui tão forçado a elas que acabei pegando gosto pela coisa.

Eu estava enferrujado agora, claro, depois de passar alguns meses não ligando para nada e me debruçando sobre festas e vinhos, mas eu precisaria fazer com que os calos nas minhas mãos voltassem a valer a pena, que todos dissessem o quão habilidoso eu era com o manejo de espadas.

Não só como glória pessoal, mas por que não se pode contar apenas com a sua magia em uma verdadeiro conflito. Em uma guerra de verdade, a magia é a primeira coisa a ruir.

Entretanto quando cheguei naquele cômodo tão familiar, com uma cúpula aberta a luz das estrelas e diversos tipos de armas espalhados pelos armários e pelo tatame, percebi que não estava sozinho.

Se o barulho de aço se chocando contra aço não fosse prova o suficiente, então a visão de um duelo intenso era o martelo de um juíz.

Sam e Asterin se moviam graciosamente no ringue, os dois predadores se combatendo.

Eu não julgava os guardas que tinham saído da posição de sentido para assistir a luta, nem por eles estarem fazendo apostas entra si. Mas eu respeitava as guardas de Asterin por não saírem do lugar, colocando confiança e respeito na sua líder.

A herdeira das bruxas tinha uma aliança composta por mais doze fêmeas que a seguia desesperadamente. Todas elas foram forjadas para serem perfeitas e brutais combatentes, mas com o principal objetivo de protegeram a coroa Crochan na cabeça de Manon.

Rhiannon sempre me disse que a mãe insistia para que ela também proclamasse uma aliança de treze bruxas para si, já que para a Rainha das Bruxas o número 13 era perfeito para essa escolha. Contudo Rhiannon não era uma combatente, então tinha escolhido uma bruxa dos desertos e uma humana de Forte da Fenda para ser a sua aliança, as três se alto proclamaram O Trio, mas a herdeira de Dorian sempre teve a mim e a Dorian Westfall no encalço, então estava mais para quinteto.

Agora, Asterin realmente seguiu a sério essa história de aliança, e até nas montanhas mais distantes desse continente se escuta falar sobre as Treze terem renascido nelas.

O único porém era que Asterin também não tinha escolhido doze bruxas exatamente: uma delas, uma ruiva com um leve sorriso desafiador nos lábios, que acompanhava Asterin apenas com os olhos enquanto o seu corpo se mantinha fixo, era completamente humana.

DARK PARADISE; tog + acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora